Resenha - O Mito

Resenha: Texto adaptado da obra Convite à Filosofia, Unidade 1, A Filosofia, Capitulo 3 Campos de Investigação da Filosofia da autoria de Marilena Chauí, Editora Ática, São Paulo, 2000

O texto relata em seu primeiro tópico o que é mito, é uma narrativa sobre as origens das coisas, para os gregos é encarado como uma verdade inquestionável que foi transmitida pelos deuses para que um mensageiro passe a história de lugar em lugar.

O segundo tópico já vem expondo como o mito pode narrar histórias das origens de diferentes coisas que existem no mundo, um exemplo o fogo, um titã Prometeu tirou uma fagulha do fogo dos deuses e deu ao homem, essa seria a sua origem, o mito narra como pode se iniciar várias coisas por meio de lutas, alianças e relações sexuais. Também é explicada a cosmogonia e teogonia, cosmogonia, portanto seria a narrativa do nascimento e como é organizado o mundo, já a teogonia narra à origem desses deuses, a partir de seus pais e antepassados. A filosofia é uma cosmologia, pois acredita em uma explicação racional sobre a origem das coisas, não considera forças divinas.

Terceiro tópico é uma comparação entre as diferenças de filosofia e mito, o mito ele narra as coisas como de fosse em um passado distante tudo tem uma origem ligada aos deuses, o mito não se importava em ter uma história que seria incompreensível ou até mesmo que entrasse em contradição visto que o narrador do mito tinha uma autoridade religiosa. A filosofia por sua vez busca compreender como são as coisas, tende a explicar de uma forma que seja realista não admite contradições e forças divinas em suas teorias busca ser mais coerente e racional para alcançar uma razão em que todos os seres humanos têm.

No surgimento da filosofia a autora sita no texto as condições históricas que levou ao povo grego uma interpretação diferente do mundo. As viagens marítimas podendo ser a mais importante das causas, pois quando começaram a sair de suas fronteiras e chegar a novas terras e lugares que se diziam habitados por deuses, determinados lugares onde diziam ter monstros, os gregos viram que também havia pessoas normais como eles, essas viagens foram desmistificando os mitos, ao começarem a medir o tempo por meio de calendário também foram percebendo o tempo como algo normal e não como uma força divina, quando inventaram a moeda e foram dando os devidos valores para suas mercadorias começaram a fazer uma generalização das coisas, a vida urbana colaborou para que diminuísse o prestígio das famílias aristocratas por quem o mito era criado, a política deixava o ser humano mais independente, capaz de opinar, demostrar sua visão de mundo, poder expor suas ideias e também escolher o que seria o melhor para si próprio, os humanos passaram a pensar com mais racionalidade, procurava os motivos de fazer ou não alguma coisa.

O texto conta com algumas interpretações, na metáfora escrita por Platão “O Mito da Caverna”, nele existe a referencia do filosofo no mundo, que consegue enxergar uma a luz do saber e ainda que tenha essa percepção volta para os que ainda não conseguem ver, com a intenção de leva-los para uma ascensão na sabedoria mesmo que seja difícil ou que muitos não queiram participar sempre haverá em alguns uma curiosidade que o levará a seguir também um caminho de descobertas. Na interpretação do mito “A Caixa de Pandora” é mostrado como os mitos podem ser alterados, isso por que cada uma pessoa contava a narrativa de um  jeito e os deixavam com alguns detalhes diferentes, os mitos era uma forma que os gregos tinham de compreender o mundo, e a metáfora representa a visão de como era a mulher, desejada e temida pelo mal que poderia causar.

A razão começa explicando os vários sentidos dessa palavra, e que leva a identificá-las como razão objetiva e razão subjetiva, a razão objetiva propõem que a natureza siga uma lógica e que a própria razão humana se incorpora nesta lógica, a razão subjetiva seria a racionalidade do homem perante a natureza quando propõe conhecer usando suas faculdades mentais.

O seguinte tópico define a razão como a capacidade que temos de pensar e se expressar de uma maneira que outras pessoas entendem, mostra como ela se opõe a outras quatros atitudes mentais sendo elas o conhecimento ilusório, às emoções, à crença e ao êxtase místico.

Segundo o texto a razão acontece seguindo suas próprias regras, tudo o que acontece terá uma causa que seja de acordo com essas regras o exemplo citado pela autora é de que se acontecer uma guerra consequentemente também haverá mortes.

As caracteristicas da razão o que elas não possui um conteúdo determinado, tem validade universal, pois onde houver alguns acontecimentos eles seguirão essa racionalidade, e que também é necessária tanto no pensamento quanto nos fatos ocorridos. É colocada no texto uma comparação com povos que agem de outras maneiras, que tem outras culturas, nem por isso deixam de ter essa razão, e sim que apenas tem outro modo de ver a realidade.