Resenha Sobre a Obra Apologia de Socrates
Por: gabrielleet • 24/3/2016 • Resenha • 4.132 Palavras (17 Páginas) • 1.299 Visualizações
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APOLOGIA DE SÓCRATES
Trabalho apresentado ao Professor Caio Freire
da disciplina de Introdução à filosofia
do primeiro semestre - Curso de Ciências
econômicas, período noturno.
Faculdade de Economia
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO p.3
2- SUA MISSÃO E SEU JULGAMENTO p.4
3- ANÁLISE DA VOTAÇÃO p.10
4- SUA DESPEDIDA DO TRIBUNAL p.13
5- CONCLUSÃO p.15
6- BIBLIOGRAFIA p.17
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1-INTRODUÇÃO
Neste presente trabalho falarei sobre a apologia de Sócrates, que é uma obra literária, escrita por seu discípulo Platão, que narra o julgamento ao qual Sócrates é submetido, também sobre as acusações que ele recebe e a sua defesa contra tais acusações.
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2- SUA MISSÃO E SEU JULGAMENTO
Desde certo momento em sua vida, Sócrates passou a se dedicar a sua missão, missão essa que lhe teria sido confiada pelo deus de Delfos, dialogar com as pessoas. Mas não uma simples conversa, e sim um diálogo na qual Sócrates submetia o seu interlocutor a ter que justificar o que defendia em suas palavras, expondo seus conhecimentos e suas habilidades ao máximo, e com esse tipo de diálogo interrogativo, Sócrates conseguia saber as opiniões referentes às habilidades que as pessoas possuíam, para em seguida interrogá-las a respeito dos significados das palavras e do conhecimento do que foi abordado.
Diante de um tribunal popular, formados pela população ateniense, Sócrates é acusado pelo poeta Meleto, pelo orador e político Ânito e por Lição, de corromper os jovens, não reconhecer os deuses do estado e introduzir novas divindades.
No julgamento, quando começa construir a sua defesa, Sócrates, apesar de possuir uma retórica sensacional, diz que em nenhum momento irá tentar usar sua habilidade para que as pessoas do tribunal acreditem em uma falsa ideologia, onde a verdade não seria exposta para todos. O seu maior objetivo naquele momento era deixar clara a veracidade dos fatos e rebater as acusações sobre as falsas afirmações feitas por Meleto, Ânito e Lição. Para isso Sócrates adverte que não utilizará de um discurso mais refinado, aprimorado em verbos e nomes, e sim que, no tribunal, serão escutadas apenas as expressões espontâneas nas quais tem conhecimento e, mesmo sabendo que sua defesa apresentará a mesma linguagem que usa habitualmente nas praças, bancas ou em qualquer outro lugar onde há pessoas o escutando, ou seja, uma linguagem comum, de fácil compreensão as pessoas leigas e que perante aos juízes e a
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um tribunal possa ser considerada simplória demais, ele a fará da mesma maneira, pois tem confiança na justiça das suas palavras.
Ainda na introdução de seu discurso, Sócrates divide seus acusadores em duas classes. Uns que há anos já o acusavam, e outros que há pouco tempo passaram a acusá-lo.
Sócrates explicita que os acusadores recentes não o preocupam da mesma maneira que os mais antigos, pois os que, segundo ele, há muitos anos nada dizem de verdadeiros ao seu respeito, são formados por pessoas responsáveis pela educação de crianças e jovens, que por ainda não possuírem uma capacidade crítica suficiente ao ponto de investigar o que lhes foram dito, acabam crendo que existe certo Sócrates que investiga os fenômenos celestes e tudo o que há debaixo da terra, e por procurar saber mais dessas matérias, não crê nos deuses, pois está sempre questionado alguns fatos.
Após essa classificação de seus acusadores, é recapitulada a ação na qual supostamente teria levado Sócrates a parar em um tribunal para ser julgado. Ao ler a acusação apontada por Meleto: ‘’Sócrates é réu de pesquisar indiscretamente o que há sob a terra e nos céus, de fazer que prevaleça a razão mais fraca e de ensinar aos outros o mesmo comportamento. É mais ou menos isso a acusação (...)’’, é possível observar uma ponta de ironia da parte de Sócrates, pois ele acredita que não existe nenhum fundamento para que o tenham trazido ali para ser julgado por tal crime, e também pelo fato dele crer que não havia cometido crime nenhum.
Para se defender dessa suposta acusação, Sócrates apresenta o motivo por qual faz essas investigações. Relatou que certa vez quando Querefonte, seu amigo de infância, indo a Delfos arriscou-se a uma consulta ao oráculo, e após isso o contou que
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perguntara se havia algum homem mais sábio que Sócrates, recebeu como resposta que não havia ninguém mais sábio.
Quando Sócrates soube disso, se colocou em uma reflexão, onde procurava saber o que o deus queria dizer, e também se havia algum sentido oculto naquela revelação. Pode se dizer que de início ele teve todo esse espanto por ele próprio não se considerar uma pessoa muito sábia, nem pouco sábia, assim não aceitando o que o oráculo o tinha revelado.
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