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Resumo de Filosofia - Período Pré-Socrático

Por:   •  12/7/2019  •  Resenha  •  1.895 Palavras (8 Páginas)  •  313 Visualizações

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Pré-Socráticos

  • Destaca-se dentre os objetivos desses primeiros filósofos a construção de uma cosmologia, isto é, uma explicação racional e sistemática das características no universo, substituindo assim a cosmogonia, que é a explicação sobre a origem do universo baseada em mitos.
  • Por isso trataram de descobrir a substancia primordial (a arché) existente para todos os seres.

Pré-Socráticos - Tales de Mileto

  • É considerado o pai da filosofia.
  • Tales buscou uma substância que fosse constante em todas as coisas, que fosse o princípio unificador de todos os seres.
  • Então ele conclui que a água é a substância primordial, a origem de todas as coisas, porque para ele somente a água permanece basicamente a mesma em todas as transformações dos corpos (sólido, líquido e gasoso) e também ele observou no Egito através das cheias do rio Nilo que a água faz brotar plantas, ela traz vida.

Pré-Socráticos - Heráclito de Éfeso

  • É um representante do pensamento dialético (raciocinar de um direção a outra)
  • Acredita que o mundo era algo dinâmico, tudo em permanente transformação, sendo que sua filosofia é conhecida como mobilista.
  • Para ele a vida era um fluxo constante, impulsionado pela luta de forças contrárias, a ordem e a desordem, o bem e o mal, o belo e o feio...; ele acreditava que a luta é a mãe, rainha e princípio de todas as coisas, que é através da luta de forças opostas que o mundo se modifica e evolui.
  • Para ele o fogo é a substância essencial.

Pré-Socráticos - Parmênides de Eléia

  • Defendia a existência de dois caminhos para a compreensão da realidade.
  • O primeiro é o da filosofia, da razão da essência.
  • O segundo é o da crendice, da opinião pessoal, da aparência enganosa que ele considerava “via de Heráclito”.
  • Parmênides é o primeiro filósofo a formular os princípios lógicos de identidade e de não contradição, desenvolvidos depois por Aristóteles.
  • Ele concluiu que o ser é eterno, único, imóvel e ilimitado, essa seria a verdade pura, a via a ser buscada pela ciência e pela filosofia, enquanto quando a verdade é pensada pela caminho da aparência, tudo se confunde em função da movimentação e do devir (vir-a-ser).
  • Assim na concepção de Parmênides, Heráclito teria percorrido o caminho das aparências ilusórias, e essa via devia ser evitada.
  • Parmênides negou-se reconhecer como verdadeiro os testemunhos ilusórios dos sentidos e a constatar a existência do ser no mundo, os seres múltiplos e mutáveis.
  • Mas o filósofo sabia que é no mundo das ilusões, das aparências e das sensações que os homens vivem seu cotidiano, então o mundo da ilusão não é uma ilusão de mundo, mas uma manifestação da realidade que cabe à razão interpretar, explicar e compreender até que alcance a essência dessa realidade.
  • Então para Parmênides o esforço de toda a sabedoria é tornar pensável o caos e introduzir uma ordem nele.

Socráticos

  • Nesse novo período, o foco agora é no próprio homem e nas relações políticas do homem com a sociedade.

Socráticos – Sofistas

  • Sofistas eram professores viajantes, que vendiam ensinamentos de filosofia, davam aula de eloquência e sagacidade mental, ensinando a arte da argumentação, habilidade de retórica e o conhecimento de doutrinas contrárias.
  • O momento histórico vivido na Grécia favoreceu o desenvolvimento da atividade dos sofistas, pois eram época de várias discussões e lutas políticas nas assembleias democráticas.
  • As características do ensinamento dos sofistas favoreceu o surgimento de uma corrente chamada relativismo.
  • Com o passar do tempo o termo sofista foi associado a impostor, devido sobretudo a Platão, então considerou que a arte do sofistas, era apenas uma arte de manipular raciocínios, de produzir o fato, de iludir os ouvintes.
  • No entanto, mas recentemente novas abordagens procuravam mostrar que o relativismo das teses deles fundamentaram-se numa concepção flexível sobre o homem, a sociedade e a compreensão do real, eles falavam que não existiram valores ou verdades absolutas
  • Protágoras de Abdera: é considerado o primeiro sofistas, sua doutrina baseava-se na seguinte frase “o homem é a medida de todas as coisas”, conforme essa concepção, todas as coisas são relativas às disposições do homem, a verdade seria relativa a determinada pessoa, grupo social ou cultura.
  • Górgias de Leontini: ele aprofundou o subjetivismo relativista de Protágoras a ponte de defender o ceticismo absoluto, ele afirmava que:
  • Nada existia.
  • Se existia, não poderia ser conhecido.
  • Mesmo que fosse conhecido, não poderia ser comunidade a ninguém.

Socráticos – Sócrates

  • Diferente dos sofistas ele não vendia seus ensinamentos, ele o desenvolvia em praças públicas conversando com jovens, e também Sócrates opunha-se ao relativismo em relação à questão da moralidade e ao uso da retórica para atingir interesses particulares.
  • Para Sócrates a essência do homem é a sua alma, sendo que a alma era sede da razão, o nosso eu consciente, que inclui a consciência intelectual e a consciência moral.
  • OBS: A ironia feia por Sócrates não tem o mesmo significado que tem hoje (sarcástico ou zombaria) ela significa interrogação.
  • Sócrates interrogava seus interlocutores, ele atava de modo implacável as respostas deles, seu objetivo era retirar de seus discípulos o orgulho, a arrogância e a presunção do saber, pois a primeira virtude do sábio é adquirir consciência da própria ignorância.
  • A ironia socrática tinha portanto caráter, purificador pois levava os discípulos a confessarem suas próprias contradições e ignorâncias, pois antes achavam que só tinha certeza.
  • Depois de libertados do orgulho de acharem que sabem tudo, os discípulos poderiam começar a reconstruir ideias, essa fase é chamada maiêutica, que é o parto das ideias.

Socráticos – Platão

  • Um dos aspectos mais importantes da filosofia de Platão é a sua teoria das ideias.
  • Segundo ele o processo de conhecimento ocorre a partir da passagem do mundo das sombras e aparências para o mundo das ideias e essências.
  • A primeira etapa desse processo é dominada pelas impressões ou sensações vindas dos sentidos que são responsáveis pela opinião, e segundo ele a opinião não tem fundamentação, ou seja, é um falso conhecimento.
  • O conhecimento para ser autêntico deve ultrapassar a esfera das impressões sensoriais (o plano das opiniões) e penetrar na esfera racional da sabedoria.
  • Para atingir esse mundo o homem não pode ter apenas “amor às opiniões”, precisa possuir um “amor ao saber”
  • Portanto a opinião nasce da percepção das aparências e da diversidade das coisas, já o conhecimento nasce quando alcança a ideia, que rompe com as aparências e a diversidade ilusória.
  • O método para realizar a passagem do mundo das sombras para o mundo das ideias é a dialética, que consiste na afirmação de uma tese seguida de uma discussão e negação da tese, com objetivo de purificá-la dos erros e equívocos.
  • Somente quando saímos do mundo sensível e atingimos o mundo racional das ideias é que alcançamos o ser absoluto, eterno e imutável, já o mundo sensível apresenta seres incompletos e imperfeitos.
  • A teoria das ideias de Platão tenta conciliar o ser eterno e imutável de Parmênides e a concepção do ser plural e móvel de Heráclito, pois o ser eterno e universal habita o mundo da luz racional, da essência e da realidade pura e os seres individuais e mutáveis moram no mundo das sombras e sensações, das aparências e ilusões
  • Para Platão o corpo está dividido em 3, cabeça onde fica a alma e a razão, o peito onde ficam os bons sentimentos e o baixo ventre onde ficam os sentimento perniciosos.
  • A sociedade também está divida nessas mesmas três partes, a cabeça é representada pelo governo (reis filósofos), o peito serve para proteção, que são os soldados e o baixo ventre é onde ficam os artesões, pois eles representam a ganância.
  • A teoria da estética de Platão afirma que os poetas, os pintores e os artistas em geral são imitadores, e por intermédio dessa imitação não alcançam o conhecimento das ideias como verdadeiras causas de todas as coisas.
  • Durante a juventude Platão alimentou o ideal da participação política de Atenas, mas essa ideia acabou principalmente demais da morte de Sócrates, então para ele somente os filósofos, eterno amantes da verdade, teriam condições de libertar-se da caverna das ilusões e atingir o mundo luminoso da realidade e da sabedoria, essa teoria dos reis filósofos está presente no livro A república de Platão.

Socráticos – Aristóteles

  • Ele rejeita a teoria das ideias de Platão, pois para Aristóteles a observação da realidade nos leva à constatação da existência de inúmeros seres individuais, concretos, mutáveis e que são captados pelos nossos sentidos.
  • Partindo da realidade sensória, a ciências deve buscar as estruturas essenciais de cada ser, ou seja, a partir da existência do ser é que atingimos sua essência.
  • Para Aristóteles a obtenção do conhecimento se dá através da indução, que é uma operação mental que vai do particular para o geral, ele permite o ser humano atingir conclusões científicas e partir do trabalho metódico com os dados sensíveis.
  • Em todo o ser devemos distinguir duas coisas: ato e potência.
  • Ato: manifestação atual do ser, aquilo que já existe.
  • Potência: as possibilidades do ser, aquilo que ele ainda não é, mas pode vir a ser
  • Também devemos distinguir em todos os seres existentes:
  • Substância: aquilo que é estrutural e essencial do ser.
  • Acidente: aquilo que é atribuído circunstancial e não essencial do ser.
  • A passagem da potência para ato não se dá ao acaso, ela é causada.
  • Causa material: do que é feito? – refere-se à matéria de que é feita a coisa.
  • Casa formal: o que é? – refere-se à forma, à natureza específica.
  • Causa eficiente: quem fez? – refere-se ao agente que produziu diretamente a coisa.
  • Causa final: por que fez? – refere-se ao objetivo, à intenção, à finalidade ou à razão do ser de uma coisa.
  • Aristóteles considera o homem como o ser racional e considera a atividade racional o ato de pensar, portanto para ser feliz o homem deve viver de acordo com sua essência, de acordo com a sua razão, a sua consciência reflexiva e a razão o conduzirá à prática da virtude.
  • Para Aristóteles a virtude representa o meio-termo que é a justa medida de equilíbrio entre o excesso e falta de um atributo qualquer.
  • Segundo Aristóteles, o homem é naturalmente um animal político destinado a viver em sociedade

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