Sagrado e o profano
Por: gustavolourenco • 1/3/2016 • Relatório de pesquisa • 416 Palavras (2 Páginas) • 871 Visualizações
O Sagrado e o Profano segundo Luiz Felipe Pondé e a relação com o cotidiano e o espaço público
Luiz Felipe Pondé faz uma reflexão sobre quais são as particularidades daquele que é considerado tempo sagrado em oposição ao tempo profano. De que forma esse tempo sagrado consegue se assemelhar com Deus através de experiências que simulam as ações e inações divinas. Ponde faz um resumo das ideias fundamentais do que ele chama de “quatro cavaleiros do ateísmo moderno”:
Freud: Deus é um pai não castrado (ideia de um pai poderoso)
Marx: Deus é uma projeção dos seres humanos para ficar alienado e não tomar decisões na vida
Nietzsche: Deus é um produto do ressentimento humano (ideia de Deus para enfrentar que no universo não significamos nada)
Darwin: universo é um teatro de um escândalo total, tempo é visto como duração gigantesca. Duração de uns pelos outros por nada.
Para ele, o sagrado é sempre aquilo que é, tem o ser em si e não depende dos outros. Em uma comparação entre Deus e o homem, Pondé aponta que para Deus o tempo não passa, sendo Deus o que é, o tempo todo. “Toda vez que o sagrado se manifesta, ele altera a relação do ser humano com o tempo e o espaço”.
O Tempo profano, não significa nada, a não ser o acumulo de horas e células que vão envelhecendo em você, por exemplo o ano novo, onde todos fazem planos, do ponto de vista profano, não mudou, irá mudar nada. Deus não ritualiza os acontecimentos, cada um é único, com significados e intenções distintas, portanto não há como fazer o tempo se renovar, pois o tempo acontece no momento histórico.
O rito profano encontra a sua lógica no momento em que se realiza e se satisfaz em sua intensidade emocional (uma partida de futebol, um capítulo de novela, um concerto) sem outro projeto a não ser aquele da própria realização e sem nenhuma ligação com o mito, mas, só com alguns valores.
Além dos ritos para a renovação do tempo, o homem religioso manifesta sua adoração aos deuses através da própria estrutura das casas, edifícios, templos eisso se estende para a cidade, a estrutura desta é também uma manifestação decomo o homem organiza sua vida em sociedade a partir de princípios religiosos, aigreja no centro da cidade, marcando o lugar do culto ao divino, é um entre os vários aspectos que podem ser citados. É impossível pensarmos numa sociedade, cuja origem não tenha sido o antagonismo entre o sagrado e o profano.
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