Secretaria de Educação reduz tempos de aula de Sociologia e Filosofia

Texto I: Secretaria de Educação reduz tempos de aula de Sociologia e Filosofia

Os alunos do ensino médio da rede pública estadual continuarão a receber aulas de reforço das disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa no ano letivo de 2013. O anúncio foi feito pelo subsecretário de Gestão Escolar da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), Antonio Neto, nesta quarta-feira (14/11), durante audiência pública da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Durante o evento foi discutida a redução da carga horária das disciplinas de Filosofia e Sociologia, para darem lugar às aulas de reforço. Segundo Neto, a opção de reduzir um tempo de aula das matérias se deu após um diagnóstico feito pela pasta que mostrava uma necessidade urgente de reforço em Língua Portuguesa e Matemática. Atualmente os alunos estão tendo apenas um tempo semanal de aulas de Filosofia e Sociologia. (http://www.alerj.rj.gov.br/)

Questão 1: O decisão acima ocorrida em 2013 e ainda em vigor, tem sido foco de inúmeros questionamentos. Com base nas discussões realizadas no curso, discuta:

a) Essa decisão confirma a existência de uma “hierarquia” de disciplinas no interior das escolas? Justifique sua resposta. (1,0)

Sim, pois sociologia e filosofia são disciplinas consideradas menos importantes que outras como, português e matemática, por isso seria perda de tempo estudá-las, servindo apenas para completar o currículo escolar, desvalorizando sua importância como difusor do saber crítico, para reflexão sobre valores, diversidade e situações da sociedade.

b) Relacione essa decisão à proposição de Bourdieu de que a escola é um espaço de manutenção das relações sociais. (1,0)

Para Bourdieu, o individuo é moldado para sociedade pela cultura escolar e por outros organismos, Baseado em uma visão capitalista, valorizando disciplinas rentáveis financeiramente, desprezando conhecimentos linguísticos para formação do ser, a partir da apropriação do saber crítico, pensando apenas em suas necessidades financeiras, dessa forma ele deixa de ampliar o seu capital cultural .

Texto II: Aluno é impedido de frequentar aulas com guias de Candomblé

Um estudante de 12 anos foi impedido de entrar na escola pública em que estudava por usar guias (colares) de candomblé no último dia 25 de agosto. O caso aconteceu na escola municipal Francisco Campos, no Rio de Janeiro, e foi divulgada nesta terça (2).

Segundo sua família, o menino já era vítima de preconceito há algum tempo -- ele decidiu adotar a religião há cerca de dois meses. Há um mês, a diretora já impedia a entrada do aluno na escola conforme relato da mãe. Após o acontecido, ele trocou de escola. Após a denúncia, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, prometeu se encontrar pessoalmente com a mãe do garoto e o estudante para um pedido formal de desculpas.

Questão 2: A escola como espaço de interação de diferentes atores sociais é um local de predominância da diversidade cultural. Considerando as discussões do curso e o texto II:

a) Discuta se o fato acima é um exemplo de boa convivência com a diversidade cultural. Justifique sua resposta. (1,0)

Não. A diretora adotou uma postura etnocêntrica, pois não respeitou a cultura e a religião do aluno, sendo uma instituição laica a escola deveria dar exemplos de diversidade, reconhecendo e valorizando a identidade cultural do aluno, sem menosprezar ou se impor sobre ele.

b) De que modo, a situação vivenciada na escola é um reflexo das relações