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Seminário Maior Arquidiocesano Imaculado Coração de Maria

Por:   •  19/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  538 Palavras (3 Páginas)  •  149 Visualizações

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Seminário Maior Arquidiocesano Imaculado Coração de Maria

Curso: 2º de Filosofia

Disciplina: Filosofia Politica

Prof.: Marcelo Antunes

Daniel Pereira da Silva

Texto: Críton

-Argumentos de Críton-

Críton na intenção de salvar o seu amigo Sócrates de uma morte injusta, vai ainda cedo ao seu encontro, ao vê-lo dormindo serenamente indaga-se, porque alguém a ponto de ser morto dormia tão tranquilamente, e evita então acorda-lo para não priva-lo de desfrutar de momentos tão especiais para seu amigo Sócrates. “Em verdade, Sócrates, admirei teu caráter desde que te conheci, mas jamais tanto quanto agora, ao ver-te suportar esta desgraça com tanta serenidade”. Sócrates responde à ele que, em sua idade não teria que temer a morte. “Ah! Sócrates, quantos, na tua idade em tal situação, se revoltam contra ela!” (1º) Críton não se conforma, porque até as pessoas mais velhas se revoltam contra a própria morte, e no entanto Sócrates a encarava com tamanha serenidade.

Críton então dá mais peso a sua argumentação e diz a Sócrates: “De minha parte, além da desventura de ser privado para sempre de ti , de um amigo de cuja perda ninguém conseguiria suavizar-me o sofrimento, receio que muitos que não nos conhecem julguem que, tendo eu a possibilidade de salvar-te pagando o que fosse necessário, optei por deixar-te morrer e te abandonei”.(2º) Críton usa de um argumento falacioso partindo para os sentimentos do velho Sócrates, na intenção de fazê-lo desistir e fugir com ele.

Críton finaliza a sua argumentação alegando que se Sócrates fugir será bem recebido no estrangeiro, caso não queira fugir estaria cometendo um erro, entregando a si próprio, quando podia se salvar; estaria a trair os filhos, deixando-os abandonados e à mercê do destino; e estaria também a trair os amigos, pelos quais não consentia em fugir, levando-os a ser fruto de difamações por supostamente não estarem dispostos a ajudar. (3º) Críton mais uma vez usa dos sentimentos de forma falaciosa para tentar salvar o seu amigo Sócrates.

- Argumentos de Sócrates-

Sócrates contra-argumenta seu amigo Críton, afirmando que, não se deve seguir a voz do povo, mas a vós dos mais racionais pois eram os únicos que deveriam ter conhecimento do que estava acontecendo. (1º) Para Sócrates, a voz da massa não tem valor, só a da razão, sendo a única que se deve considerar.

Sócrates continua a sua contra-argumentação alegando que não se deve responder à injustiça com a injustiça, nem fazer mal a nenhum homem, seja o que for que ele nos tenha feito. “Portanto, também não devemos cometer injustiças contra os que as cometem contra nós, mesmo que este povo julgue isto justo, sendo que concordas que isto não pode ser feito de forma alguma”. (2º) Sócrates faz um longo percurso para convencer Críton de que não se deve pagar o mal com o mal.

Sócrates conclui então a sua contra-argumentação, dando voz às leis: “… que se temos razão, é injusto o que pretendes empreender contra nós, a leis. Contra nós que te permitimos nascer, te sustentamos, educamos e, finalmente, como a todos os cidadãos, te demos acesso a todos os bens de que dispomos”. (3º) Sócrates tinha sido fiel e defensor das leis durante toda a sua vida, caso fugisse estaria a condena-las e jogaria por terra tudo o que tinha pregado sobre a justiça.

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