Utilitarismo ético
Trabalho Universitário: Utilitarismo ético. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: otavio5555 • 9/3/2015 • 559 Palavras (3 Páginas) • 1.114 Visualizações
UTILITARISMO ÉTICO: O utilitarismo ético nasceu na Inglaterra do século XIX, onde florescia o capitalismo industrial, que prometia, pelo avanço da tecnologia, a era do conforto e do bem-estar – mesmo que, de fato, as discrepâncias entre riqueza e pobreza estivessem longe de ser superadas. O criador do utilitarismo foi Jeremy Bentham, já influenciado por outros pensadores. Segundo o "princípio de utilidade", tomado como critério para avaliar o ato moral, o bem é o que possibilita a felicidade e reduz a dor e o sofrimento. Além disso, porém, deve beneficiar o maior número de pessoas.
Diz Bentham: A natureza colocou o gênero humano sob o domínio de dois senhores soberanos: a dor e o prazer. Somente a eles compete apontar o que devemos fazer, bem como determinar o que na realidade faremos. Ao trono desses dois senhores está vinculado, por uma parte, a norma que distingue o que é reto do que é errado, e, por outra, a cadeia das causas e dos efeitos. Os dois senhores de que falamos nos governam em tudo o que fazemos, em tudo o que dizemos, em tudo o que pensamos, sendo que qualquer tentativa que façamos para sacudir esse senhorio outra coisa não faz senão demonstrá-lo e confirmá-lo. O princípio da utilidade [ou da máxima felicidade] reconhece esta sujeição e a coloca como fundamento desse sistema, cujo objetivo consiste em construir o edifício da felicidade através da razão e da lei. (...) Por princípio de utilidade entende-se aquele princípio que aprova ou desaprova qualquer ação, segundo a tendência que tem a aumentar ou a diminuir a felicidade da pessoa cujo interesse está em jogo (...). Digo qualquer ação, com o que tenciono dizer que isto vale não somente para qualquer ação de um indivíduo particular, mas também de qualquer ato ou medida de governo.
O termo "utilitarismo" não foi criado por Bentham, mas por John Stuart Mill (1806-1873), o divulgador mais famoso dessa concepção. Pode-se dizer que se trata da forma atualizada do hedonismo grego, na medida em que destaca a busca do prazer, só que com ênfase no caráter social.
Assim diz Stuart Mill: O credo que aceita como fundamento da moral o Útil ou Princípio da Máxima Felicidade considera que uma ação é correta na medida em que tende a promover a felicidade, e errada quando tende a gerar o oposto da felicidade. Por felicidade entende-se o prazer e a ausência da dor; por infelicidade, dor ou privação do prazer. Para proporcionar uma visão mais clara do padrão moral estabelecido por essa teoria, é preciso dizer muito mais; em particular, o que as ideias de dor e prazer incluem e até que ponto essa questão fica em aberto.
O utilitarismo, embora tenha sido muito aceito no século XIX, suscitou inúmeras controvérsias, sobretudo diante do critério para decidir quais são os prazeres superiores, quais devem ser desprezados e como conciliar o interesse pessoal e o coletivo. O utilitarismo ético é consequencialista, porque defende que o valor moral de uma ação depende das consequências e não dos motivos que levaram à ação. O motivo ou a intenção não são decisivos porque se referem ao caráter do agente e não à ação em si mesma. Para o utilitarista, não há ações intrinsecamente boas. Apenas as consequências delas podem ser consideradas boas ou más. Também não há deveres morais absolutos que devam
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