Verdade e Poder / II Nietzsche, a Genealogia do Poder
Por: TollBear • 24/10/2023 • Resenha • 365 Palavras (2 Páginas) • 59 Visualizações
Não é possível existir verdade sem poder, pois ambos são conceitos constitutivos. O poder é aquele que produz o saber, o agrupamento de conhecimentos e crenças que qualifica a verdade, entre eles há uma conexão de dependência. Para Foucault o indivíduo não deve apegar-se em conceitos usados no presente como verdades absolutas, pois não podem ser empregues de maneira útil em qualquer momento na linha temporal. Forma assim o argumento base para a tese de que a verdade é mutável onde altera-se de acordo com as conjunturas, tais como o espaço e o tempo; ela é construída por um fenômeno denominado poder. O Autor pondera o poder algo que além de opressor também é criador de saberes e verdades, e onipresente no sujeito, é a imposição de uma vontade sobre terceiros, que não caracteriza uma posse, mas uma prática social interpessoal. E o que segue-se a isso é a criação da verdade, apresentando as particularidades do meio social onde se originou. É fundamental também referir o peso que suas ideias tiveram para a pós-modernidade, principalmente no contexto do fim das visões de mundo totalizantes e da fragmentação do poder. Por sua vez, no capítulo II Nietzsche, a Genealogia do Poder nos entrega o entendimento, talvez a origem não seja o lugar da verdade, talvez o grande ponto não é buscar uma origem, mas entender as relações de força em torno do objeto pesquisado ao longo do tempo. Essa busca por uma origem, passa também, dentro de uma perspectiva nietzscheana onde tem a ver com uma descrição minuciosa dos acontecimentos de forma linear. A descrição linear dos acontecimentos, não necessariamente não é o grande ponto, isso poque a história pode se configurar dentro de uma linearidade ou ela poder seus acontecimentos reconfigurados. Isso porque justamente quando se cria uma escola nova, filosófica. A interpretação da história como um todo, ela acontece de uma maneira retroativa, do presente para o passado, não do passado para o presente. Ela se faz na retórica do passado para o presente, até chegar no presente. E, portanto, essa descrição minuciosa e linear, seria justamente uma descrição objetiva, e o presente explicado por ela teria como resultado o peso de todo passado
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