A BACIA DO URUGUAI
Por: lucimaraferrazza • 5/3/2018 • Trabalho acadêmico • 3.208 Palavras (13 Páginas) • 406 Visualizações
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP UNIVERSIDADE
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
POLO: IJUI
CURSO: GEOGRAFIA - LICENCIATURA
DISCPLINAS NORTEADORAS – Geomorfologia, Estudos das Águas
Continentais e Oceânicas, Biogeografia, Didática da Geografia no
Ensino Médio, Avaliação de Currículo, Planejamento e Gestão
Ambiental e Estágio Curricular Obrigatório
LUCIMARA REGINA FERRAZZA
RA: 1600348712
A BACIA DO RIO URUGUAI
NOME DO TUTOR: Zey Welington G. Souza
CATUIPE / RS
2017
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Introdução:
Quais são as diferenças entre o ensino de Geografia e uma Geografia educadora?
A distância entre estas pode ser enorme, se o ensino de Geografia significar meramente a exposição de um programa de conteúdos invariavelmente já estabelecidos, acompanhados pela avaliação de sua assimilação por parte dos alunos.
Os conteúdos pragmáticos não devem ser esquecidos, ao contrário, eles devem ser redescobertos: enxergar de um outro modo o próprio bairro, as questões que o envolvem, as famílias desempregadas e o que pode haver em comum entre o meu bairro e os guetos dos Estados Unidos e da Europa. O que posso levar da compreensão do mundo , com tantos conflitos raciais e de controle de fronteiras para a compreensão do meu bairro? O que levarei da escola para minha trajetória de mundo?
Por isso, não é mais possível que a escola, e em especial a nossa disciplina de Geografia signifique ainda informações e memorizações sem sentido, mas sim oriente o aluno, futuro acadêmico, a acessar as informações, analisá-las, interpretá-las, ampliando sua relação com o saber.
O conhecimento não se faz mais somente em sala de aula, mas é fruto da aproximação do ambiente escolar com sua subjetividade, numa educação que proporcione o caminho da autonomia que engloba e estimula o pensamento, a criatividade, a trajetória de ler o local e perceber o global, num contexto da experiência dum aluno/indivíduo integrado ao todo.
A geografia talvez seja a disciplina que mais possa realizar trabalhos de campo, com inúmeras possibilidades na área da educação, explorando seus conceitos de lugar, paisagem, território, territorialidade, podem ser trabalhados em escala tanto local quanto global,desafiando e despertando o interesse dos alunos pela vida, compreendendo o cotidiano, desenvolvendo e aplicando competências, aprendendo a fazer cidadania.[pic 3]
Numa prática como o passeio pela bacia hidrográfica do Rio Uruguai, as diferenciações das paisagens, os conceitos de urbanização, as matas nativas, as matas exóticas, os diferentes contextos ambientais, econômicos e culturais no qual estas áreas e os rios que compõem a bacia estão inseridos possibilitou aos alunos da turma 131 um entendimento multidimensional. O espaço geográfico em questão começou a ser retransformado a partir dos desafios propostos , dos lugares a serem identificados e da cautela que se deve ter em transformas estes conhecimentos em textos sistematizados. Eles conhecem o mundo através das próprias descobertas e dos desafios e não somente através do ponto de vista dos professores.
O papel do educador é mediar o processo de aprendizagem, procurando estimular os alunos a buscar novos significados, observar o que está contido na paisagem, até então indiferente a eles. Esta leitura deve passar pela descrição, quando eles estabelecem relações com o local, conhecendo a história, e as justificativas do que está sendo visto, para então elaborar seus próprios conceitos.
É primordial lançar desafios, mais que buscar respostas específicas ás perguntas, desconstruindo verdades até então inquestionáveis e substituindo-as por conhecimentos científicos construídos por eles, ao estudar um determinado espaço com seus costumes, valores, identidades, desenvolvendo responsabilidades a favor da vida e do espaço vivido.
Passo 1: Localização de área[pic 4]
A bacia do Uruguai atravessa os estados de santa cataria e rio grande do sul e os territórios uruguaio e argentino , com uma extensão de 385 mil km² de área predominante de planaltos, onde se evidencia seu potencial elétrico e a irrigação local.
A bacia é formada pelo Rio Uruguai e seus afluentes desaguando no estuário do Rio da Prata, já fora do território brasileiro, abrange 384 municípios como Lajes, Chapecó, Uruguaiana, são Borja, Bajé, e aqui, a nossa cidade vizinha de Ijuí.
O Rio Uruguai forma-se pela junção dos rios Canoas e Pelotas, na divisa entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Seus formadores têm suas nascentes na Serra Geral em cotas aproximadas de 1.800m e apresenta uma direção geral leste-oeste, até receber, pela margem direita, o rio Peperi-Guaçú, quando começa a seguir para sudoeste, servindo de fronteira entre o Brasil e Argentina, até receber o Rio Quaraí, afluente da margem esquerda que atua como fronteira entre o Brasil e o Uruguai. A partir da desembocadura do Quaraí, o Uruguai segue para o sul até a localidade de Nueva Palmira, onde lança suas águas no Rio da Prata.
Os Principais afluentes da Bacia do Uruguai: Margem esquerda: Rio do Peixe, Rio Chapecó, Rio Peperi-Guaçú. Margem Direita: Rio Inhandava, Rio Apuaê, Rio Passo Fundo, Rio da Várzea, Rio Ijuí, Rio Ibicuí, Rio Quaraí, Rio Negro. [pic 5]
Degradação - Embora drenando águas puras de importante região agroindustrial, permanece um tanto ignorada pelo sistema de fiscalização ambiental, apresentando avançado estado de degradação.
Houve a quase extinção das reservas naturais de matas, resultando na exposição dos recursos hídricos à ação dos fenômenos climáticos. As enxurradas subseqüentes geraram erosão e assoreamento dos leitos. Características da bacia do Rio Uruguai:[pic 6]
1)Possuir uma baixa capacidade de armazenamento. Esta característica lhe é atribuída devido à geomorfologia predominante: relevo acidentado no trecho alto da Bacia, seguido de um trecho mais plano na região da Campanha Gaúcha, com solo pouco profundo, o que faz com que o rio Uruguai escoe em leito rochoso. Esta característica implica em um regime de vazões que acompanha o regime de chuvas: quando da ocorrência de períodos de precipitações intensas, estas geram inundações nas áreas ribeirinhas; e da mesma forma, quando ocorrem períodos de estiagens, as vazões são bruscamente reduzidas, até mesmo comprometendo a garantia de atendimento das demandas. Como o regime de chuvas na Bacia é bastante variado, as vazões seguem este regime, o que dificulta o planejamento da utilização da água na Bacia;
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