A Comunidades Indígenas no RN
Por: nicolee.s • 2/4/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 769 Palavras (4 Páginas) • 444 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
COMUNIDADES INDÍGENAS NO RN
1. Quais e onde estão localizadas as comunidades indígenas no RN?
De acordo com o Censo de 2010 do IBGE, o Rio Grande do Norte possui a menor população indígena do Brasil, com 2.597 índios dispersados em dez municípios do Estado. Dentre elas pode-se destacar as comunidades:
- AMARELÃO: localizados em João Câmara, são cerca de dois mil habitantes e mais de 200 famílias que ocupam cerca de cinco mil hectares.
- ELEOTÉRIO: vivem em uma área chamada de Catu (na língua Tupi significa “bom”, “bonito”) na região dos municípios de Canguaretama/Goianinha, seu povoado é formado por aproximadamente duzentas unidades familiares, com uma população que ultrapassa oitocentas pessoas.
- CABOCLO: vivem próximo a Riacho no município de Assu, compõe-se de 150 pessoas que vivem em terras alheias.
- BANGUÊ: composta por 180 pessoas que vivem à margem da Lagoa do Piató (13 Km de extensão) no município de Assu.
- SAGI: localiza-se em uma praia de mesmo nome, no município de Baía Formosa, litoral do Rio Grande do Norte, fronteira com a Paraíba. Composta por aproximadamente 540 pessoas.
2. Quais as influências da cultura indígena no nosso cotidiano?
Os indígenas deixaram profundas influências no âmbito dos caracteres emocionais, nas festas populares do Brasil, na música, no artesanato e uso de objetos caseiros diversos como a rede de descanso. Exerceram uma forte influência no folclore do interior brasileiro, povoado de seres fantásticos como o curupira, o saci-pererê, o boitatá e a iara, entre outros. Na culinária brasileira, a mandioca, a erva-mate, o açaí, a jabuticaba, inúmeros pescados e outros frutos da terra, além de pratos como os pirões, entraram na alimentação brasileira por influência indígena.
3. Destaque os principais conflitos vivenciados por essas comunidades e evidencie as contradições históricas.
As comunidades citadas anteriormente vivem problemas parecidos, como educação precária e ausência de demarcação de terras, de atendimento médico e transporte público. Para chegar às comunidades de Assu, por exemplo, é preciso percorrer 20 Km e atravessar a lagoa Piató de barco, dificuldades provocadas pela falta de transporte público.
Nas comunidades indígenas é frequente a disputa por terras entre índios e empresários, criando conflitos nas aldeias, aumentando a violência e os ataques contra os nativos. Na comunidade do Amarelão, por exemplo, eles conseguiram recuperar junto ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terras – MST, o assentamento Santa Teresinha, área vizinha do Amarelão.
Historicamente, o conflito que mais se destacou foi “A Guerra dos Bárbaros” que foi a resistência dos nativos frente aos pastoris que objetivaram a colonização de terras. Tal conflito ocorreu com a estratégia de desocupação das terras pela eliminação dos nativos que resistissem aos interesses dos colonizadores.
4. Com base na sua pesquisa, comente criticamente sobre: porque “não existe” (nos mapas oficiais) indígenas no RN?
Oficialmente o Rio Grande do Norte não tem índios desde 1872, mas o último censo do IBGE colocou isso em xeque. A sondagem contou com mais de três mil índios vivendo em território potiguar, embora já bastante descaracterizada, é bem maior do que mostrou a estatística. Segundo pesquisas feitas pela professora Julie Cavignac, esses mais de três mil índios estão vivendo nas cidades. São pessoas com costumes totalmente urbanos e que se identificaram como indígenas a partir do conhecimento próprio sobre deus descendentes. Em decorrência disso, justifica-se o fato dos mapas oficiais não apresentarem registros de comunidades indígenas no estado, já que parte dessas pessoas não vive nas comunidades.
...