A Geografia Urbana
Por: Gabriel Santos • 16/3/2022 • Pesquisas Acadêmicas • 944 Palavras (4 Páginas) • 139 Visualizações
Introdução
Este trabalho tem como objetivo principal discutir o processo de descentralização e a
formação de novas centralidades e núcleos secundários, na cidade de Ituiutaba- MG, (figura
1) cidade situada no interior de Minas Gerais na região conhecida como pontal do Triângulo
Mineiro. Para concretizar tal discussão vale ressaltar o que é o espaço geográfico e entender
que nesse espaço geográfico principalmente o espaço urbano é palco de diversos processos
socioespaciais.
Portanto para SANTOS (1985, p. 49),
Espaço geográfico é um produto social em
permanente processo de transformação. O espaço
impõe sua própria realidade; por isso a sociedade não
pode operar fora dele. Consequentemente, para
estudar o espaço, cumpre apreender sua relação com
a sociedade, pois é esta que dita a compreensão dos
efeitos dos processos (tempo e mudança) e especifica
as noções de forma, função e estrutura, elementos
fundamentais para a nossa compreensão da produção
do espaço (SANTOS, 1985, p. 49).
Figura 1 – localização de Ituiutaba MG
Fonte: Parreira (2018)
Neste contexto de intensas mudanças e processos de transformação principalmente do
espaço urbano, que é reflexo da sociedade sobre o espaço geográfico que, por sua vez, reflete
características dessas transformações e dos processos socioespaciais. Segundo Corrêa (1995,
p. 121), no âmbito da metrópole moderna, um produto da economia de mercado e da
sociedade estratificada, a reprodução social e de capitais destacam-se entre os processos
sociais nela concretizados e que originam sua organização espacial diversificada.
Portanto vale ressaltar que para muitos estudiosos, tais processos espaciais são:
centralização, descentralização, coesão, segregação, invasão-sucessão e inércia. Esse
trabalho em especifico tem como objetivo, exemplificar os processos de descentralização que
ocorre na rua Capitão Jeronimo Martins, no bairro Alcides Junqueira - Ituiutaba, MG, (figura
2) que por sua vez, originou na área de estudo núcleos secundários que por muitos autores e
estudiosos são chamados de subcentros ou novas centralidades.
Figura 2 – Delimitação da área de estudo
Fonte: Google Earth Pro, 2022
Desenvolvimento
Segundo Reis (2007) o processo de descentralização tem duas fases, a primeira é definida por
ocorrer do início do século XX até a década de 1970, já a segunda fase ocorre da década de
1970 até os dias atuais. A primeira fase caracteriza-se pelo surgimento de núcleos secundários
que, podem variar quantitativamente e qualitativamente, mas esses núcleos secundários não
comprometem a supremacia do centro da cidade. A segunda fase caracteriza-se pelo
surgimento de novas expressões da centralidade intraurbana que dotados de uma
importância quantitativa e qualitativa maior ou equivalente ao do centro da cidade.
Portanto essa segunda fase definida da década de 1970 até os dias atuais, que por sua vez se
caracteriza por ser responsável por definir os chamados núcleos secundários ou novas
centralidades assim defendidas por muitos autores. Para Reis (2007) essa segunda fase é
caracterizada pela divisão da organização do espaço da cidade em diversas áreas de coesão,
e a formação de um centro de comércio e serviços especializados que cortam áreas de
residenciais de elevado status social e grande concentração populacional; pela seletividade
do comércio e dos serviços em termos sociais e econômicos, sendo orientados para a
população de alta renda; pela expansão das atividades, que antes se restringia ao centro
principal da cidade, para outras áreas da cidade; e pela instalação de grandes equipamentos
planejados como shopping centers e hipermercados.
É importante ressaltar que os processos de descentralização da área de estudo se deram
devido a vários fatores dentre eles se destacam a necessidade empresas visarem diminuir ou
eliminar as deseconomias geradas pela centralização da área central, pelo aumento da
mobilidade e do consumo, pelo crescimento da cidade entre outros fatores que concretizam
o processo de descentralização das atividades de comércio e serviços. Segundo (Corrêa, 1995,
p.45) esse processo de descentralização,
[...] é mais recente que o de centralização. Aparece
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