A GEOGRAFIA E VIOLÊNCIA URBANA
Por: Aislane Braga • 11/11/2017 • Resenha • 1.220 Palavras (5 Páginas) • 615 Visualizações
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FACULDADE ANHANGUERA DE JOINVILLE
Resumo do Artigo: GEOGRAFIA E VIOLENCIA URBANA
Por: Arlete Moysés Rodrigues
Alunas: Aislane Braga Nogueira
Curso: Pedagogia
Matrícula: 2485777321
Joinville
2017
Este tema traz uma reflexão acerca da importância do pensar na sociedade e no espaço, tendo extrema importância, pois depende de análise e múltiplos elementos.
A indagação é: Como geografizar a violência urbana para compreender sua complexidade, sem cair no senso comum, nas informações da mídia?
Para entender analisaremos alguns matizes:
- Apresentar dados sobre a violência, em geral, nas cidades. Dados esses, apresentados cotidianamente em nossos meios de comunicação.
- Mostrar a concentração da violência contra a pessoa em determinados segmentos sociais, em tipos característicos, revelando eu esta é sempre noticiada nos diversos meios de comunicação.
- Apresentar as violências contra as propriedades pessoais.
Devido ao estilo de vida, ninguém conhece ninguém e com a grande aglomeração nas cidades os impactos são ainda maiores. Com isso, vivemos com medo devido, aos ataques à integridade física e à propriedade pessoal, pelo uso da força e da coação.
Um dos caminhos para a compreensão da violência urbana é mapear os tipos de violência contra as pessoas, contra propriedade pessoal e violência contra os meios de produção. Sabendo-se que há violência da exclusão social que se concentra em áreas de maior pobreza, podendo migrar para áreas onde o nível de renda é elevado. Já a violência contra a propriedade pessoal concentra-se nas áreas mais equipadas das cidades e por onde circulam os que detêm propriedade.
Para se compreender o crescimento das cidades, pode-se analisar a ampliação do espaço territorial dos migrantes, ou seja, uma das dimensões da territorialidade que ocorre pela expansão dos limites da cidade, verificando a expansão do perímetro urbano, com a ocupação de áreas rurais, por loteamentos irregulares, por alteração da legislação e na construção dos conjuntos habitacionais .
Diante desta análise, é vital considerar a violência da falta da urbanidade para os eu foram instalados em áreas de infraestrutura urbana e equipamentos de consumo coletivo, na maioria das vezes, pelo próprio Estado. E ainda, desmistificar que a violência é somente atribuída ao efeito migratório e à pessoas desempregadas e aos incapacitados.
Não se pode deixar de citar que se trata de violência a mudança das atividades cotidianas, pois cria-se um novo modo de vida sem a participação societária. E retira-los ou modificar o meio em que eles vivem, em prol de um progresso, onde estes não são inseridos.
Sendo assim, ao tratar do crescimento nas cidades, temos que pensar na população que ocupa o espaço urbano e na composição das classes sociais. Geografizar o crescimento nas cidades implica analisar o crescimento vegetativo e migratório da população e das alterações de padrão do uso do solo.
Outro aspecto de violência que muitas vezes não é explicitada é informar que a população é problema, quando na realidade, ela é riqueza. Quando se afirma que o problema são os pobres, que tem baixos salários e não podem pagar para ter acesso ás diversas mercadorias do modo de produção em que vivemos. A eles é atribuída a responsabilidade pela pobreza em que vivem. Não sendo analisada a violência que estes são submetidos ao serem instigados diariamente a comprarem e/ou usufruir do conforto que a cidade /o urbano parece oferecer. Negando-os aos acessos dos benefícios do progresso que ajudam a construir. Como diz Bertrand Russel, “enquanto a economia é a ciência que explica como os indivíduos fazem escolhas, a sociologia é aquela que explica que eles não têm nenhuma escolha a fazer”.
Assim, o desafio para compreender a violência urbana á analisar a falta de acesso da população aos denominados benefícios urbana, mas principalmente, ao desenvolvimento de sua capacidade de pensar. Para isso, deve-se analisar todo o contexto, como por exemplo: onde essas pessoas vivem e como vivem, se estes lugares se coincidem com os espaços que foram ocupados pelos pobres: favelas, cortiços, conjuntos habitacionais distantes e sem infraestruturas. Compreender a violência contra a pessoa é, também, compreender que a ausência de pensamento leva ao aumento da violência domestica e pessoal e contra a propriedade pessoal.
Outro tipo de violência é a racionalidade econômica, pois trata “gente” como objeto de consumo e não como seres iguais. Essa violência conte também a ideia de classificar quem não pode comprar como responsável pela sua falta de recursos financeiros. Se compreendermos o ser humano como portador da capacidade humana de pensar, teríamos formas de encontrar soluções ou, pelo menos, minimizar a violência urbana.
Com todas as transformações culturais da modernidade no urbano, a relação de padrão de vida refere-se a produção, mas, principalmente ao consumo de mercadorias. Porem, qualidade de vida implica na participação do conjunto, mas também em ter saúde, ar e agua puros, alimentos saudáveis. Assim, contrapõem-se ideias de desenvolvimento, no seu sentido mais amplo e no seu sentido de progresso material.
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