A Urbanização e Subdesenvolvimento
Por: fi93 • 31/3/2021 • Resenha • 698 Palavras (3 Páginas) • 141 Visualizações
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FRANK, Andrew Gunder et al. Urbanização e subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Zahar Editores.
O crescimento da população urbana é evidente em crescimento sem um lapso como havia-se como hipótese, tendo migrações rural-urbano no âmbito latino-americano para perceber as relações estruturais das vidas afetada, onde a urbanização precede a indústria com diferenças cruciais da industrialização brasileira e latina com a europeia. Ademais, os serviços mediante a indústria, sua estrutura ocupacional e social se adaptou à mão de obra, e não ao contrário, com pouca racionalidade.
Mecanismos estruturais:
1. Sobrevivência das estruturas produtivas comerciais tradicionais: pequenas e medias empresas numa produção quase artesanal que se tornaram regra e baixa produtividade estruturalmente aceitável.
2. Expansão da população ocupada na prestação de serviços: urbanização gerou crescimento no setor de serviços, aumento da classe média e aumento de trabalhadores mesmo sem qualificação sem racionalizar-se no aspecto industrial.
3. Manutenção dos padrões familiares tradicionais: familismo como sobrevivência ao meio urbano, sujeitos individualizados relacionados a si.
4. Aparecimento de uma população marginal: proliferação de barriadas, misérias, favelas e grupos periféricos, moradias precárias e, uma vez segregados, criam sua própria estrutura social
Há de se comentar a importância da perspectiva sistêmica diante dos divergentes valores que precisam ser integrados nos países em subdesenvolvimento como um pluralismo das diferenças para gerar mecanismos de melhor inserção social, pois “é o caso das sociedades tradicionais em transição. A longo prazo o processo é disruptivo se não existe uma forte capacidade criadora. Enquanto isso, porém, se pode navegar à deriva da história por um tempo maior ou menor” P. 106. Por isso, o que importa são duas coisas: “primeiro, que a referida crença, na medida em que exagera os fatores de equilíbrio, pode subestimar o significado de muitas mudanças, considerando-as apenas como perturbações e, segundo ponto – mais importante para nosso problema -, com essa crença tende-se a não perceber a realidade de que em algum momento dado podem funcionar sociedades, de alguma complexidade, com tensões internas de valores e fins”. P. 106.
Portanto, aspectos latentes e manifestos da transformação urbana: apesar de apresentar aspectos modernos, houve resistência de práticas tradicionais; a sociedade familial era permeável e sua porosidade “teve que tolerar a infiltração de numerosos ingredientes modernos” p. 107.
“O prolongamento da sociedade tradicional não é senão outra face da insuficiência dinâmica do desenvolvimento econômico”. P. 108.
GORELIK, André. A produção da “cidade latino-americanas”. Tempo social – USP. 2005.
Destaca-se as individualidades das cidades latinas “assim, devemos constatar, ao mesmo tempo e de modo inverso, que a cidade latino americana existe, mas de outra forma: não como uma ontologia, mas como uma construção cultural”. P. 112.
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