A WEBSERIE DESENVOLVIMENTO URBANO
Por: Leonardo Cabral • 28/11/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 1.320 Palavras (6 Páginas) • 381 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
TEXTO SOBRE A WEBSERIE DESENVOLVIMENTO URBANO
LEONARDO ANTONIO SOUSA CABRAL
ANA NATALIA ROCHA
FORTALEZA
MAIO/2017
TEXTO BASEADO NOS DOIS EPISODIOS DA WEBSERIE DESENVOLVIMENTO URBANO, COM BASE NO LIVRO O ESPAÇO URBANO DE ROBERTO LOBATO CORREIA
O crescimento urbano se deu na metade do século XX, onde houve uma explosão demográfica na cidade, onde houve um crescimento desorganizado, onde há aí um nascimento de cidades com áreas de riscos, com exclusão e precariedade. Observamos o surgimento de cidades que nascem na irregularidade, onde a legislação urbana não dialoga com a cidade informal. De acordo com o texto, temos aí os chamados grupos sociais excluídos, onde a população não possui renda suficiente para se manter em áreas boas de moradias, onde migram para áreas de riscos, ou seja, áreas de invasão.
Vemos que o direito da cidade nem sempre vem com igualdades, mas sim com privilégios de um lado, e a desvalorização do outro, ou seja, o lado rico e o lado pobre. O direito a cidade envolve o direito da infraestrutura, a mobilidade, os serviços como a saúde e comércio. Mas vemos segregações, como exemplo disso são as cidades dormitórios, onde são excluídos e onde não vemos a cidade. Percebemos então uma segregação brutal, como vemos em condomínios fechados de alto luxo de um lado, e a periferia, onde há aí o lado pobre e de baixa renda. “A partir de então, e de modo contínuo, o capital industrial e financeiro iria simultaneamente refragmentar e articular a superfície terrestre, estabelecendo instáveis diferenças sócio-espaciais, passíveis de apreensão em diversas escalas, essas diferenças sócio-espaciais constituem simultaneamente reflexo, meio e condição para o funcionamento e reprodução do sistema capitalista.”
Com a grande urbanização houve uma desvalorização dos espaços públicos, as praças, as ruas, a morte dos pequenos comerciantes dando lugar a grandes obras, onde ocorre a expulsão do patrimônio público. A busca por novas terras para que possam desenvolver algo que ofereça lucros, foi um dos problemas que envolve a desvalorização dos patrimônios públicos. “Mecanismos vinculados à competição por localizações rentáveis, e às economias de aglomeração, entre outros, são responsáveis pela diferenciação sócio-espacial.”
Antes havia uma separação no campo, devido a baixa densidade demográfica, já a cidade possibilitou a agregação, as possibilidades de novos trabalhos, novas interações sociais, diversas oportunidades de crescimento individual e coletivo, uma cidade integrada, ou seja, uma cidade de proximidades.
De acordo com o Estatuto da cidade, o plano diretor que vai falar sobre o uso e ocupação do solo da cidade, onde irá haver um diferenciação de áreas, com áreas de comércios, áreas de habitação, escolas e serviços em gerais. De acordo com o texto, esses espaços fragmentados, eles são articulados entre si, pois entre eles ocorres relações espaciais: fluxo de pessoas e veículos, circulação de investimentos, de pessoas, de mercadorias e etc.
No caso da reorganização do estado de São Paulo, houve um adensamento e verticalização com capacidade de suporte da infraestrutura sobretudo transporte coletivo, onde aí vai se notar uma segregação, maior adensamento populacional e grandes edificações, ou seja, um avanço do planejamento.
Cada cidade tem suas características, suas diferenciações espaciais, sua rede de cidade e sua complexibilidade, ou seja, vários planos diretores para diferentes cidades. De acordo com o texto as diferenças sócio – espaciais vem da acumulação de vivencias, inúmeras formas e interação espacial, e esse acumulo é devido ao resultado de processos e praticas espaciais.
Como exemplo temos a Amazônia, onde a área é rural e onde há vários rios, então um desenvolvimento do transporte de barcos seria bem mais interessante do que o maior desenvolvimento do transporte de trens e etc. Portanto implantar um plano diretor do estado de São Paulo na Amazônia seria totalmente incompatível, pois a mobilidade urbana tem que estar de acordo com cada região.
Portanto, também não podemos nos esquecer do desenvolvimento de forma sustentável, onde a população por falta de área habitável regular para morar, se dirigem a áreas de riscos, na beira do rio por exemplo, onde não coloca somente a população em risco, mas também os rios, devido a poluição e ao assoreamento dos rios.
O segundo episódio da série Desenvolvimento Urbano chamado crescimento das cidades e periferização mostra como as cidades brasileiras o tempo todo se modofica, e em grande maioria crescem de forma espraiada, ou seja, horizontalmente em área e população mais rarefeita. Onde é um tipo de cidade cara e onde não há controle urbano e social nas periferias.
Já a cidade compacta seria um lugar onde há uma mistura maior de serviços e habitação, o que os urbanistas chama de mix de uso, de forma que as pessoas não precisam utilizar automóveis para ir de casa até um supermercado, por exemplo. As cidades são dinâmicas e estão sempre em evolução.
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