AS CONFERÊNCIAS CLIMÁTICAS

CONFERÊNCIAS CLIMÁTICAS

A constante preocupação dos estudiosos do clima levaram as autoridades de Estado, em determinado momento, a discutir o combate às mudanças climáticas que vinham ocorrendo ao longo dos anos.

A primeira delas foi a de Estocolmo, que leva esse nome pela tradição de ser nomeada em homenagem ao local onde foi realizada. Contou com 113 países participantes e, à época, as pautas a serem debatidas eram bastante amplas, englobando além de mudanças climáticas e poluição, o combate à pobreza. Nessa conferência ficaram estabelecidos 26 princípios relacionados à proteção do meio ambiente, além de 109 recomendações de ação.

Sete anos depois, em 1979, a Organização Meteorológica Mundial reuniu em Genebra, também na Suíça, a Conferência Mundial do Clima, que reuniu cientistas e especialistas de 53 nações e 24 organizações internacionais, a fim de debaterem sobre agricultura, recursos hídricos, energia, biologia e economia. Em 1990 foi realizada uma segunda conferência, que teve por objetivo reavaliar as decisões que foram tomadas na primeira, bem como novas pesquisas sobre o aquecimento global.

Mas foi em 1992, no Rio de Janeiro, que o primeiro grande passo para a criação de um tratado internacional vinculativo foi dado. A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, que ficou conhecida como ECO-92, contou com a participação de 172 países, e deu início ao processo de criação da UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima).

Através da UNFCCC, foi criada uma plataforma que definiu as diretrizes a serem seguidas para a elaboração de acordos internacionais, definindo o papel de cada país de acordo com sua classificação, no controle do aquecimento global. A grande diferença é que ao invés de criar recomendações, os países assumiram o compromisso de colaborar com as mudanças.

Em 1997, o Protocolo de Kyoto é assinado. Este foi o primeiro acordo que definiu as metas e os objetivos específicos para reduzir a emissão de gases estuda. Além disso, o protocolo definiu o compromisso de 37 países industrializados, considerados responsáveis pela poluição da atmosfera no século anterior. A estrutura do protocolo compreendeu basicamente: i) criação do compromisso legal para os países; ii) metas específicas para cada país; iii) diminuição da emissão de gases estuda apenas para países desenvolvidos. Para que este protocolo entrasse em vigor era necessário que os países que o ratificaram representassem juntos 55% das emissões de gases estufas no mundo, o que ocorreu após a Rússia o ratificar em 2005.

Em 2002 O Rio de Janeiro volta a ser palco de reuniões com a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, que ficou conhecida no Brasil como a Rio+10, que deu origem a uma declaração que endossa e atualiza as resoluções anteriores, e trata de desenvolvimento sustentável de forma mais abrangente e menos restrita ao aquecimento global. Todavia esta foi enfraquecida de certa maneira com o boicote do presidente dos EUA George W. Bush.

Por fim, em 2012 foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento Sustentável, que ficou conhecida como Rio+20 e foi considerado um dos maiores eventos já realizados pela ONU. Os principais temas abordados foram desenvolvimento sustentável, economia verde, inclusão social e pobreza.

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