As Linguagens Imagéticas
Por: Sarah Oliveira • 29/7/2017 • Trabalho acadêmico • 623 Palavras (3 Páginas) • 222 Visualizações
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Universidade do Estado da Bahia – UNEB
Departamento de Educação – Campus XI
Curso: Licenciatura em Geografia
Componente Curricular: Teorias Regionais
Professor: Renato Léda
Alunos: Ana Carla de Carvalho Matos, Ermínia Coelho Figueredo, Graciene dos Santos Bispo, Leiriane de Souza Queiroz, Vanderlito Carneiro A. Lima e Sarah Oliveira de A. Barreto
SÍNTESE
No seu texto As regiões naturais da Baía, Abreu propõe uma divisão da Bahia de acordo com as suas características naturais, pensamento este que deve ter sido influenciado pela ideia de Herbertson, que propôs [...] “dividir o mundo em grandes regiões naturais”. (Herbertson, 1905, p. 302, apud Contel, 2015, p. 449)
Porém, o autor não se limitou a considerar somente os aspectos naturais (relevo, clima, vegetação etc), ressaltou que a definição da geografia de uma região vai além da simples descrição de rios ou cidades, mas sim a paisagem natural e cultural que resulta da junção dos acidentes físicos, da natureza do solo, do clima e da atividade humana.
Abreu definiu região como sendo um conjunto de fatos que lhe dão uma feição especial, permitindo que o homem tire desse conjunto, consequências uteis para a coletividade. A visão do autor sobre região está relacionada com a ideia de Vidal de La Blache que põe o homem como um ser dependente das condições naturais, que é a característica física que vai determinar o gênero de vida desse indivíduo.
A ideia do determinismo na relação homem x meio fica evidente também no texto Estudos de geografia da Bahia, quando seus autores Santos e Tricart conceituam a região geográfica como um conjunto do meio físico e dos seus aspectos de utilização do homem. A região geográfica deve apresentar uma certa homogeneidade e condições de aproveitamento dos recursos naturais pelo homem da mesma essência.
Para os autores definir o conceito de região, sugere uma relação determinista entre as condições físicas e os fatos humanos. Reforçam que as inter-relações entre o meio físico e o homem são tão estreitas que o homem parece uma emanação do meio físico, e cita como exemplo o homem que vive no sertão, que até mesmo o termo sertanejo (como é conhecido) deriva do ambiente que habitado.
No entanto, o texto destaca que com o desenvolvimento técnico, o homem introduz modificações as condições naturais e torna-se menos dependente delas. Com a introdução das novas técnicas, as condições naturais não mais determina o gênero de vida do homem, e sim, torna-se um “leque” de possibilidades.
Seguindo essa nova perspectiva, Santos e Tricart diz:
Uma divisão regional não deve visar somente à apreensão dos aspectos mais conservadores dos fatos humanos, mas também das possibilidades de aproveitamento dos potenciais que permitam uma modificação das condições de vida, portanto, da fisionomia da própria região. (SANTOS e TRICART, 1959, p. 13)
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