Conflitos Mundiais
Pesquisas Acadêmicas: Conflitos Mundiais. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: TaahSantos • 2/6/2014 • 1.011 Palavras (5 Páginas) • 448 Visualizações
Colômbia, Equador e Venezuela
Em 1º de março de 2008, tropas da Colômbia atacaram um acampamento do movimento guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em uma região de fronteira, mas dentro do território do Equador. Durante o ataque, mataram um dos principais líderes das FARC, Raúl Reyes, e mais 16 guerrilheiros.
Em um primeiro momento, o presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou estar informado do ataque. Logo depois, contudo, declarou que o exército colombiano havia entrado no Equador sem sua autorização, rompeu relações diplomáticas com a Colômbia e enviou mais de 3 mil soldados à fronteira.
A mudança de comportamento de Correa aparentemente ocorreu sob influência do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Este já se encontrava em crise com o governo colombiano, desde que havia sido afastado das negociações que a Colômbia mantinha com as FARC, com o intuito de firmar um acordo humanitário para libertação dos reféns mantidos há anos pelos guerrilheiros. Ao ser informado da morte dos guerrilheiros, Chávez proferiu severas críticas ao presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, e mobilizou dez batalhões do exército na fronteira com esse país.
A crise se acirrou no dia 4 de março, quando a Colômbia anunciou ter descoberto, nos computadores dos guerrilheiros mortos, provas de que o Equador e a Venezuela mantêm vínculos estreitos com as FARC. Segundo o diretor da Polícia da Colômbia, Óscar Naranjo, os documentos provariam: (a) que a Venezuela, além de fornecer armas às FARC, já contribuíra com cerca de 300 milhões de dólares para ajudar os guerrilheiros; e (b) que o ministro da Segurança Interna e Externa do Equador, Gustavo Larrea, havia demonstrado interesse em oficializar as relações com as FARC.
Em meio a um clima de acusações e de iminência de guerra entre os países, Álvaro Uribe declarou que não enviaria tropas às fronteiras do Equador e da Venezuela, mas que apresentaria as provas encontradas à Organização dos Estados Americanos (OEA) e à ONU, reiterando que os documentos encontrados com os guerrilheiros "violam a normalidade internacional na sua proibição aos países de proteger terroristas".
Em julho de 2009, o Exército colombiano apreendeu uma série de lança-foguetes produzidos na Suécia em um dos acampamentos das FARC. Consultada, a Suécia confirmou que os números de série das armas correspondem a um lote vendido pela empresa Saab Bofors Dynamics ao Exército da Venezuela. O fato, que fere todos os acordos internacionais, provocou uma nova crise entre os países.
Rússia e Geórgia
A guerra entre a Rússia e a Geórgia, em agosto de 2008, ocorreu em função do projeto separatista da Ossétia do Sul e da Abkházia, mas está relacionada a problemas que datam da dissolução da União Soviética.
Antes do colapso do regime socialista, a região da Ossétia do Sul havia declarado autonomia em relação à República Socialista Soviética da Geórgia, aproximando-se da Rússia, que dominava a União Soviética. Com a dissolução da URSS, em 1991, a Geórgia tornou-se uma república independente. A Ossétia do Sul procurou seguir pelo mesmo caminho, proclamando sua independência em relação à Geórgia.
Disso resultou uma guerra entre a Geórgia e a Ossétia do Sul que se estendeu até 1992. A Rússia intermediou a paz entre as duas. A atuação russa, porém, estava condicionada por seus próprios interesses: transformar em área de influência russa tanto a Ossétia do Sul quanto a própria Geórgia.
A Geórgia, contudo, caminhava no sentido contrário às ambições russas, particularmente a partir de 2004, com a eleição do presidente Mikhail Saakashvili, que tentou levar o país à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), além de se aproximar dos Estados Unidos, de modo a escapar ao poderio russo.
Em 2008, a Ossétia do Sul retomou suas pretensões separatistas. Ao mesmo tempo, a tentativa georgiana de entrar para a Otan fez com que a Rússia apoiasse
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