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Considerações Acerca do Imperialismo

Por:   •  22/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  487 Palavras (2 Páginas)  •  163 Visualizações

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Considerações acerca do Imperialismo

Irma de Alvarenga Lage

Graduanda em Geografia pela UFOP

O imperialismo contemporâneo surgiu em decorrência do desenvolvimento do sistema capitalista como ação deliberada de intervenção econômica e politica por parte de um ou um conjunto de Estados objetivando a continuidade do poder além das fronteiras. “Abrir os mercados” e apoderar-se das reservas naturais do globo eram as reais motivações, como é sabido hoje em dia. (AMIN, 2005).

 A ação imperialista constitui-se numa forma de imposição política e econômica das grandes potencias no cenário internacional, pela disputa pela hegemonia.  O capital monetário, a capacidade produtiva e a força militar são os pilares em que se apoia a hegemonia no imperialismo capitalista atual, aliada ao processo de globalização e suas ações. O maior exemplo desse aspecto é sem dúvida os Estados Unidos.

Os Estados Unidos saíram da segunda guerra mundial com enormes vantagens. O país se encontrava então em posição privilegiada para exercer sua hegemonia econômica: concentrava mais da metade da produção industrial do mundo de então e possuía a exclusividade das novas tecnologias que iriam moldar o desenvolvimento da segunda metade do século. Além disso, tinha a exclusividade da arma nuclear– a nova “arma absoluta”. (AMIN, 2005)

Enquanto grandes potencias se impõem cada vez mais na disputa pela supremacia mundial, as demais nações lutam para se imporem diante do imperialismo, para sobreviverem a ele. Talvez uma maneira de se fazer isso seja a utilização de seus próprios mecanismos, como a concorrência nos produtos de alta tecnologia, como podemos observar entre os países europeus e Japão em relação aos Estados Unidos, como também a concorrência de países como a China na fabricação de produtos de consumo diversos, ou mesmo a grande capacidade produtiva de culturas agrícolas na América Latina, por exemplo. Ou seja, são fatores decorrentes da dinâmica e dos processos internos de cada país. Os conflitos internos determinam as políticas (econômicas e outras) que se impõem aos Estados. Por isso mesmo, eles têm grande peso sobre as estratégias que os Estados desenvolvem nos campos da realidade mundializada. (AMIN, 2005).

Há de se considerar ainda no âmbito da autonomia de um país nas relações internacionais frente ao imperialismo, a questão da segurança estratégica e as relações econômicas. A interconexão entre recursos de poder militar e vitalidade econômica das nações sempre foi considerada muito importante pelos estudiosos (SATO, 2000).

Desde o surgimento do imperialismo até os dias atuais, o cenário mundial, a agenda internacional sofreu mudanças e reconfiguração. O sistema que antes era bi polarizado, com a hegemonia dos Estados Unidos e União Soviética, nos dias de hoje se apresenta multipolarizado, com Estados Unidos, Japão e União Europeia disputando a hegemonia.

Chegamos a duas conclusões: A primeira é que da mesma forma que as potencias imperialistas lutam pela supremacia no sistema internacional, as nações globais precisam lutar pela autonomia e soberania, garantindo seu espaço no mundo. A segunda é que o imperialismo não é tão sólido e inabalável quanto possa parecer.

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