DIAGNÓSTICO DAS PRÁTICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

DIAGNÓSTICO DAS PRÁTICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL, APÓS A IMPLATAÇÃO DO CURRICULO MÍNIMO E UNIFICADO NO NOROESTE FLUMINENSE

RAPHAEL DE ANDRADE RIBEIRO

LINHA DE PESQUISA: EPISTEMOLOGIA DO COTIDIANO E PRÁTICAS INSTITUINTES

PALAVRAS CHAVE: PRÁTICAS DOCENTES, INTERDISCIPLINALIDADE, CURRICULO MÍNIMO, EDUCAÇÃO AMBIENTAL.

RESUMO: A Educação Ambiental assume, como um tema transversal dentro Parâmetros Curriculares Nacionais, uma identidade múltipla onde se aborda reflexões evolvendo temáticas sociais, econômicas, políticas e ecológicas da realidade de cada aluno. Tendo como base a atual vertente que a Educação do Estado do Rio de Janeiro tomou com a adoção, em 2012, do Currículo Mínimo e Unificado, observa-se que a autonomia pedagógica dos docentes da Rede Pública foi limitada. A adoção do Currículo Mínimo trouxe aos professores novos desafios a serem vencidos no que diz respeito às perspectivas da Educação Ambiental . Este projeto de pesquisa tem como objetivo diagnosticar a situação das práticas e dificuldades encontradas pelos docentes e gestores na efetivação da Educação Ambiental no Ensino Médio do Noroeste Fluminense, após a adoção do Currículo Mínimo pela Rede. Vale informar que toda a pesquisa será respaldada nas argumentações descritas nas habilidades e competências do Currículo Mínimo da Rede Pública de Educação e também nos documentos emitidos pela SEEDUC.

INTRODUÇÃO

1.1O Problema

Até o ano de 2011 os docentes da Rede Pública de Ensino do Estado do Rio de Janeiro não possuíam uma padronização na estrutura curricular para ministrar suas disciplinas. Havia uma lacuna permitindo ao docente lecionar, diante de sua ética e profissionalismo, o que lhe fosse viável para a formação do senso crítico seus alunos. Cabe ressaltar que essa abertura na docência dos conteúdos, permitia ao docente uma maior valorização do trabalho com o presente momento da vida do aluno.

Em 2012, um Currículo Mínimo Unificado foi inserido na Rede Estadual, estabelecendo um padrão do mínimo a ser lecionado durante o ano letivo em todas as Unidades Escolares, ou seja, houve uma limitação pedagógica do docente.

Diversos docentes ao lecionarem, seguem apenas a contextualização do Currículo Mínimo, deixando a margem das salas de aulas outros assuntos que colaboram para a formação cidadã dos alunos.

Sendo a Educação Ambiental um tema transversal de tamanha importância para a sociedade, como suas vertentes então sendo discutidas nas Unidades Escolares, após a introdução do Currículo Mínimo e Unificado na Rede Pública de Educação do Estado do Rio de Janeiro?

1. Justificativa

Numa abordagem crítica ligada à ética e ao bom senso, tem-se como objetivo expor exemplos, analisar teorias e discutir impasses pertinentes ao tema do trabalho. De uma forma geral, o atual estudo tem sua relevância ligada a pluralidade de situações verídicas que fazem parte da realidade vivida em nossa sociedade.

Ao pensarmos em Educação Ambiental, percebemos que esta é uma metodologia que precisa estar em sincronismo com a sociedade, notando assim que seus enfoques social, econômico, artístico, politico e cultural estão inseridos no meio ambiente. Enquanto prática educativa, esta considera a realidade de cada lugar e tem comprometimento com metodologias que visam libertar o homem para um meio social mais justo, solidário e igualitário. Sendo a Educação Ambiental um tema transversal de tamanha magnitude para a sociedade, surge a indagação de como suas vertentes então sendo discutidas nas Unidades Escolares, após a introdução do Currículo Mínimo e Unificado na Rede Pública de Educação do Estado do Rio de Janeiro.

1.3Objetivos:

Objetivo Geral:

• O presente projeto de pesquisa tem como objetivo diagnosticar a situação das práticas e dificuldades encontradas pelos docentes e gestores na efetivação da Educação Ambiental no Ensino Médio do Noroeste Fluminense, após a adoção do Currículo Mínimo pela Rede.

Objetivos Específicos:

• Pesquisar a documentação que permitiu a inserção da Educação Ambiental na Educação Brasileira;
• Apurar, por meio de intervenções, as práticas docentes relacionadas à Educação que as Unidades Escolares adotaram, após a padronização dos conteúdos bimestrais por meio do Currículo Mínimo na Rede.
• Aferir se a prática docente condiz com o proposto no Projeto Político Pedagógico de cada Unidade Escolar;
• Analisar o parecer dos coordenadores, gestores e docentes das Unidades Escolares do Noroeste Fluminense sobre a Educação Ambiental;
• Avaliar as metodologias e abordagens utilizadas nos projetos de Educação Ambiental no Ensino Médio;
• Levantar as principais dificuldades enfrentadas pelos educadores em debater a Educação Ambiental em sala de aula;

1. Revisão Bibliográfica

No dia 14 de fevereiro de 2011, foi implantando na Rede um documento com o objetivo de padronizar o ensino em todo o Estado do Rio de Janeiro.

Na atualidade, na Rede Estadual de Ensino, os docentes enfrentam desafios em relação à limitação de sua autonomia pedagógica. Intitulado como Currículo Mínimo, este inicialmente foi desenvolvido apenas para os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio regular, marginalizando o Curso Normal. Conforme a Secretaria de Estado e Educação o Currículo Mínimo é uma documentação que padroniza do ensino em todas as escolas do estado, apontando as competências e habilidades e conteúdos básicos que precisar estar inseridos nos planejamentos bimestrais e nas aulas.

Para a SEEDUC-RJ, o currículo mínimo tem por finalidade:

Orientar, de forma clara e objetiva, os itens que não podem faltar no processo de ensino aprendizagem, em cada disciplina, ano de escolaridade e bimestre. Com isso, pode-se garantir uma essência básica comum a todos e que esteja alinhada com as atuais necessidades de ensino, identificadas não apenas nas legislações vigentes, Diretrizes e Parâmetros Curriculares Nacionais, mas também nas matrizes de referência dos principais exames nacionais e estaduais (RIO DE JANEIRO, 2011a, p. 03).