DOMINAÇÃO E REPRODUÇÃO NA ESCOLA: VISÃO DE PIERRE BOURDIEU
Por: shushusinho • 15/11/2015 • Resenha • 372 Palavras (2 Páginas) • 2.432 Visualizações
RESENHA TEXTO 1
Bordieu é bastante influenciado por Max Weber e Durkheim. “Dedicou-se à pesquisa das sociedades contemporâneas e das relações sociais que mantêm os diferentes grupos sociais tendo o sistema de ensino como instituição que permite a reprodução da cultura dominante.” (STIVAL E FORTUNATO, p. 1) O sistema de ensino tem como função servir como um instrumento de legitimação de desigualdade sociais. A escola é conservadora e mantém a dominação dos dominantes diante das classes populares. Ela é um instrumento de reforço das desigualdades e reprodutora cultural. O acesso desigual à cultura é de acordo com a origem da classe.
Alain, filósofo idealista, acreditava que não há pensamento a não ser na escola. Bordieu se opões a esse pensamento, onde a reflexão é deposta de todo fundamento histórico. Ele rompe com as explicações que são fundamentadas em aptidões naturais e individuais, para isso, faz uma crítica ao mito do dom quando desvenda as condições sociais e culturais que tornaram possível o desenvolver desse mito.
Além disso ele acaba com os organismos que permitem a transformação das diferenças iniciais no sistema de ensino em desigualdades escolares. É analisado a relação do sistema escola com a representação deles. Ele nota a representação desigual das classes sociais no sistema superior. A cultura considerada legítima, aquela das classes privilegiadas é investigada, pois são validadas nos exames escolares e diplomas concedidos. Ele afirma que o sistema escolar impõe fronteiras sociais comparáveis com as que separavam a grande nobreza da pequena nobreza e dos plebeus.
A violência simbólica, aquela praticada contra a cultura popular e que interioriza a cultura de um grupo com um maior poder econômico ou político, retira a
identidade pessoal e torna possível a dominação na sociedade. “Para que essa reprodução esteja totalmente assegurada, não basta que sejam reproduzidas apenas as relações fatuais de trabalho e relações de classe que os homens estabelecem entre si, precisam também ser reproduzidas as representações simbólicas, ou seja, as idéias que os homens fazem dessas relações.” (STIVAL E FORTUNATO, p. 3)
Para Bordieu a escola não é neutra, justa e não promove a igualdade de oportunidades, não passa conhecimentos da mesma forma. Ao tratar igualmente em direitos e deveres as diferentes classes, acaba privilegiando os que são privilegiados devido a sua herança cultural.
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