Dimensões estratégicas do desenvolvimento brasileiro
Por: Catharine Augusto • 9/10/2015 • Resenha • 1.911 Palavras (8 Páginas) • 147 Visualizações
1. SISTEMA MUNDIAL
As duas guerras mundiais do século XX com uma face hegemônica em todos os países envolvidos sofreram consequências na redistribuição do poder e riqueza, tiveram os Estados Unidos, depois de 30 anos, emergindo com um projeto de hegemonia dentro do sistema capitalista gerida por instituições internacionais como FMI e BIRD. Entretanto, esse projeto se apoiou em uma bipolarização geopolítica e ideologia do mundo entre EUA e União Soviética, e também na Unificação Europeia. Esse período durou até 1970, quando os EUA sofreram vários revezes políticos do Irã e no Afeganistão, na África e na América Central, no campo econômico, a pressão do seu balanço de pagamento. Com uma crise da alta dos preços do petróleo, falou-se sobre uma crise da hegemonia americana.
Os EUA fizeram uma parceria com asiática com a China impossibilitou uma maior liberdade de ação agressiva pra levar a frente a estratégia anticomunista e antissoviética – a “Segunda Guerra Fria” – que culminou no fim da URSS. A nova estratégia Americana na década de 80 promoveu uma reversão da crise. Como consequência deixou a imagem de uma hegemonia benevolente e passou a adotar características imperialistas. Baseado na sua capacidade de controle e intervenção militar em todas as regiões do mundo, e na capacidade de condicionar toda a economia mundial por meio de sua moeda e de suas finanças. Essa hegemonia não será mantida sem guerras ou sem conflitos, com o mundo cada vez mais competitivo, as demais potências criarão blocos e coalizões capazes de resistir, equilibrar e, algum dia, superar o poder global americano. Cabe lembrar que a vitoria de 1991, foi também da Alemanha e China e representou uma perda da frança, da Grã Bretanha e do próprio Japão.
Com esse novo tipo de poder imperial, criada a partir da parceria entre americanos e chineses, contribuiu pra tornar a Ásia num exemplo perfeito do capitalismo, e com isso podemos observar a crescente corrida imperialista, cujo espaço preferencial será a África. De todo modo, a forças imperiais devem se fortalecer para permanecer na sua supremacia.
1.2. PÓS-GUERRA FRIA
Efeitos em várias regiões:
Europa que detém o software do sistema atual aumentou numero de sócios e extensão territorial, por outro, a União Europeia não dispõe de um poder central unificado e homogêneo. E, além disso, está cada vez mais dividida entre os diferentes projetos para a Europa – da França, Grã-Bretanha e Alemanha, que são os lideres.
No leste e sudeste asiático é a área de maior competição intensa e explicita pela hegemonia regional, envolvendo China, Japão e Coreia, e também, Rússia e Estados Unidos. China é quem lidera essa corrida. Com um território amplo e uma fronteira marítima extensa, pode ser uma fonte de insegurança ou numa dupla fonte de expansão. Porém, sem poder naval, é impossível que consiga se impor ao controle norte-americano.
Se os EUA refizerem relações com a Rússia, estarão promovendo também uma mudança equilíbrio de poder no Oriente Médio e na Ásia Central. Primeiro reconhecendo Irã como potência militar, realinhando alianças com Israel e Arábia Saudita.
2. AMERICA DO SUL
Nunca existiu na America do Sul uma disputa hegemônica entre Estados e economias nacionais, e nenhum disputou a hegemonia continental com as grandes potencias. Por muito tempo se constituiu como zona de experimentação do imperialismo de livre-comércio da Grã-Bretanha e alinhados as políticas externa dos Estados Unidos, num projeto de globalização liberal. As consequências foram sucessivas crises cambiais em México, Argentina e Brasil. A resistência veio a partir do Brasil e Argentina, que se opuseram. Com o fracasso das políticas liberais, os EUA mantiveram sua supremacia militar, mas perderam sua liderança ideológica no continente. No fim, a maioria dos governos sul-americanos fez um “giro à esquerda”.
O que se passou a observar é que o Brasil se tornou uma peça importante no tabuleiro geopolítico do continente, tendo alcançado a America Central e o Caribe. A economia cresceu nos últimos anos e pôs fim ao bloqueio econômico com Cuba. Além disso, tem sido ativo e pacífico nos conflitos de fronteira. Porém, apesar de tudo, tampouco o Brasil tem ou adquiriu capacidade de projetar seu poder militar além de suas próprias fronteiras.
Além disso, China transformou-se no maior parceiro comercial do Brasil, dobrou sua participação nas importações na America do Sul e movimentou a economia. Ou seja, se tornou um “centro cíclico principal”. Seus interesses são basicamente os recursos naturais e minerais do continente.
Durante algum tempo os governos sul-americanos tiveram posições criticas ao neoliberalismo e promoveram uma integração regional, chamado de MERCOSUL, liderado por Brasil e Argentina. Houve a crise de 2008, mas a America do Sul rapidamente saiu dela e retomou ao crescimento, com a vantagem do crescimento da economia chinesa e das demais economias asiáticas.
A posição geográfica do Brasil coloca-o a necessidade de uma participação ativa em duas áreas: na America do Sul e no Atlântico sul. E sua fronteira oriental ai além. Nesse sentido, seu papel seu papel como rota comercial, via Cabo da Esperançam o atlântico sul serve de ponte estratégica entre America e África. O território Brasileiro caracteriza-se por possuir muitos recursos e minerais, raros e comuns, mais o maior explorado é o petróleo e gás. Seus desafios são: 1) a proteção da costa atlântica e da sua plataforma marítima 2) ocupação de seu território interior 3) completa integração com a Bacia do Prata 4) plena ocupação e integração amazônica.
2.1 REGIÕES E RECURSOS
A Amazônia, o litoral Pacifico, Atlântico sul e a Bacia do Prata são as principais áreas de interesses políticos.
A infraestrutura para a integração entre a Bacia do Prata e a Bacia do Orinoco, e para as demais, possibilitaria um maior desenvolvimento da America do Sul.
A Amazônia possuiu uma integração com o Pacífico e o Atlântico, possibilitando uma maior influencia do Brasil para outras áreas. O Brasil deve ser o líder e o principal interessado nesse processo, devido ao seu peso político e a sua condição geográfica, controlando a desembocadura do Amazonas. A Bacia do Prata é a área mais industrializada da América do Sul. Pela sua posição geográfica vulnerável ao assedio externo por conta da proximidade com o Atlântico. Alem disso, se apresenta como a maior hidrovia da America do Sul Por isso, demanda segurança e
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