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EVOLUÇÃO E AS FASES DO DESENVOLVIMENTO TÉCNICO DA PRODUÇÃO DE ENERGIA NO BRASIL E NO MUNDO: GÁS NATURAL

Por:   •  18/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.094 Palavras (9 Páginas)  •  787 Visualizações

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EVOLUÇÃO E AS FASES DO DESENVOLVIMENTO TÉCNICO DA PRODUÇÃO DE ENERGIA NO BRASIL E NO MUNDO: GÁS NATURAL

INTRODUÇÃO:

        A decomposição da matéria orgânica soterrada em grandes quantidades há milhares de anos gera o Gás Natural, que pode ser encontrado no subsolo de vários locais do mundo. Esse gás, menos poluente que os outros tipos de combustíveis, é uma combinação de hidrocarbonetos, principalmente o metano (CH 4). Também é incolor, inodoro e mais leve que o ar.

        Ele pode ser utilizado como fonte de energia para diversas aplicações, desde domésticas (como o gás para seu fogão) até como combustível em termoelétricas para geração de energia elétrica. Transportado por meio de gasodutos, esse gás vem se tornando uma fonte de energia cada vez mais importante, pois além de ser uma energia mais limpa, também é de fácil utilização.

        Neste trabalho apresentamos seu histórico, sua cadeia produtiva, dados em relação a produção, consumo e reversas provadas mundiais e brasileiras, pontos positivos e negativos e também sua relação com as crises energéticas já ocorridas.

DESENVOLVIMENTO:

  1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA E CONTEXTO ATUAL:

2. PRODUÇÃO E CONSUMO:

O Gás Natural é um combustível fóssil não-renovável, resultado da decomposição de matéria orgânica durante milhares de anos. Sua composição é uma combinação de hidrocarbonetos gasosos em condições normais (pressão e temperatura). Ele é encontrado, normalmente, em reservatórios profundos no subsolo. É inodoro, incolor, de queima mais limpa que os outros combustíveis e mais leve que o ar. É odorizado para identificar possíveis vazamentos. O elemento predominante é o gás metano, mas também podem ser encontrados o etano, propano, butano, gás carbônico, nitrogênio, água, ácido clorídrico e metanol, além de outros. A porcentagem de cada elemento na composição final depende de algumas variáveis naturais, como: o processo de formação e as condições de acumulação no reservatório.

Há duas formas de o gás natural ser encontrado na natureza: Gás Natural associado – se encontra, na natureza, dissolvido em óleo, para ser distribuído precisa ser separado – e o Gás Natural não-associado – se encontra, na natureza, livre de óleo ou com pouca quantidade do mesmo.

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Imagem: gás natural na natureza. (Fonte: Bahiagás)

        A produção do gás envolve seis etapas:

  1. Exploração: possibilidade de encontrar ou não o gás natural;
  2. Explotação: instalação da infraestrutura para a operação do poço e para as atividades de perfuração, completação e recompletação de poços (colocação das cabeças de vedação, válvulas, comandos remotos e demais acessórios);
  3. Produção: se retira o gás natural do subterrâneo por meio de poços terrestres ou como o Brasil, por meio de plataformas no mar (pré-sal/junto com o petróleo)
  4. Processamento: são retiradas as frações pesadas e realizado a compressão do gás para a terra ou estação de tratamento;
  5. Transporte e armazenamento – o qual não é realizado no Brasil, mais comum em países com clima frio, formando um estoque para o inverno;
  6. Distribuição: entrega do gás ao consumidor final.

        O transporte necessita de uma rede de gasodutos com capacidades e pressões variáveis. O ramal principal, que transporta o gás do poço às instalações de distribuição, é construído para o transporte de grandes volumes a uma elevada pressão. Os ramais secundários, que levam o gás ao consumidor final, são menores, mais pulverizados e, em grande maioria, subterrâneos. Para grandes consumidores, há uma estação intermediária chamada ‘city gate’.

        Quando não é possível construir o gasoduto, o gás natural passa por um processo de liquefação, atingindo 160º abaixo de zero, processo que reduz seu volume em 600 vezes, facilitando o transporte, por meio dos navios metaneiros, até os terminais de regaseificação.

[pic 2]

Imagem: Navio Metaneiro. (Fonte: Petrobras.)

        O gás natural pode ser usado como combustível para indústrias e termoelétricas, nos motores de veículos e, também, como consumo doméstico. Segundo dados do relatório estatístico anual preparado pela companhia de gás e petróleo BP, foram produzidos 2468,20 bilhões m³, aumentou 1,6% da produção em 2014, abaixo da sua média de 2,5%. Somente os Estados Unidos teve uma produção acima da média (6,1%), enquanto a União Europeia teve uma queda de 9,8% em sua produção. Foram consumidos 2325, 36 bilhões m³, causando o crescimento de  0,4%, também abaixo da sua média de 2,4%. Os Estados Unidos teve um aumento de 2,9%, sendo o maior consumidor de gás natural do mundo (2.081 milhões m³/dia), seguido pela Rússia 1.121 milhões, China com 508 (+8.6%) e Irã com 466 milhões m³/dia (+6,8%). O mapa abaixo mostra o consumo mundial per capita de gás natural em 2014, equivalente a toneladas de óleo.

[pic 3]

Mapa: Consumo mundial de gás natural. (Fonte: BP.)

        O Brasil, segundo dados do Boletim Mensal de Acompanhamento da Indústria de Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, em 2015, teve uma produção média de 96,24 milhões de m³/dia, sendo 73,25 retirado do mar e 70,19 gás associado, com o Rio de Janeiro sendo o estado que mais produziu (com uma média de 38,53 milhões de m³/dia). Teve uma demanda média de 98,63 milhões de m³/dia, com o setor de energia elétrica apresentando uma demanda de 45,9 milhões de m³/dia.  

[pic 4]

Imagem: Esquemático do Balanço de Gás Natural no Brasil em 2013/4/5. (Fonte: Boletim Mensal da Indústria do Gás Natural.)

        A Bolívia, em 2015, teve uma produção média de 61,01 milhões de m³/dia. Sendo que 31,33 milhões de m³/dia exportou para o Brasil, e 15,89 para a Argentina. Enquanto os Estados Unidos produziu 2.566,8 milhões de m³/dia, e exportou 0,5 para o Brasil.

3. POTENCIAL MUNDIAL E BRASILEIRO:

         Segundo dados do relatório estatístico anual da BP, as reservas de gás natural no mundo, em 2014, chegaram a 187.1 trilhões de metros cúbicos (tcm), sendo o Irã o país dono da maior reserva mundial com 34,0 tcm. Seguido pela Rússia com 32,6 tcm. O Brasil possui uma reversa de 430.284 milhões de metros cúbicos.

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