Entrevista Ricardo Felício dos Santos
Por: Matheus Marques • 20/5/2016 • Resenha • 436 Palavras (2 Páginas) • 230 Visualizações
RESENHA ENTREVISTA PROFESSOR RICARDO
A princípio para um telespectador mais desavisado uma entrevista no programa do Jô tende a ser muito leve e descontraída, talvez até em certas situações no decorrer possa parecer que não houve tempo suficiente para expor uma coisa séria, mas acredito que o tema realmente deva ser levado com mais tranquilidade e até um ar a principio de deboche, o aquecimento global.
O professor da USP – Ricardo Felício – continua seguindo essa linha do programa e trata as informações com muita naturalidade, com a base de quem é especializado na área climática e estuda diariamente. Seu embasamento tem argumentos muito bons e consistentes, apesar das noticias que se recebe diariamente da mídia, enviada pelos poderosos do IPCC e ONU terem um poder de persuasão muito grande.
Quatro pontos podem ser os mais fundantes para compactuar com o que o professor expõe, partindo da premissa de que outros fatores influenciam na dinâmica climática muito mais que uma simples ação antrópica: a primeira é feita baseada no fator financeiro, onde se percebe que a grande maioria dos cientistas catastrofistas são patrocinados por governos e empresas de grande porte que tem a ganhar com a hipótese do aquecimento. A segunda observação é o poder que o sol tem em toda a dinâmica da terra, principalmente essa área atmosfera/clima; se o sol está regular, existe uma tendência de estabilidade, mas se ele está em algum dos seus ciclos de grande atividade é pertinente à observação de anomalias climáticas. Um terceiro fator que foi firmado com absoluta ênfase foi o conhecimento dos ciclos que o planeta passou durante toda a sua história e continuará a sofrer – ciclo de Milankovitch (obliquidade, precessão e excentricidade), interferência gravitacional dos planetas gigantes gasosos, o poder de interação do sistema Terra/Lua, os ciclos básicos da lua.
Outro fator de divergências no mundo cientifico, é o aumento do nível dos oceanos e degelo das calotas polares. Segundo o professor, as linhas costeiras não estão sendo invadidas pelas águas – não todas – o mesmo processo de invasão em determinado lugar, faz com que em outro a linha de praia aumente, ora se o aquecimento é global e a linha de água é uma só, deveria todo o planeta sofrer uma diminuição das praias, mas é o oposto.
Apesar de ser um leigo ainda no assunto, sempre assumi o compromisso de estudar a fundo, por puro entretenimento sobre o clima, é uma paixão. Posso inferir que tenho um ceticismo em tudo que me é apresentado, acredito que quando se tem mais dúvidas do que certezas, o trabalho em pesquisas pode fluir melhor e com maior credibilidade.
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