Exercícios de reflexão - Rochas

ESTUDO DO SOLO E DOS MATERIAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL – ESMCC

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO E REFLEXÃO

1. Em que condições temos a formação de feldspatóides?

A formação dos feldspatóides – grupo de minerais alumino-silicatos alcalinos que apresentam idêntica composição química aos feldspatos, porém, em um teor de sílica menor e com maior riqueza de metais alcalinos – ocorrem com o resfriamento do magma, que é o responsável por possibilitar a cristalização de diferentes minerais, cujo conjunto constitui as rochas ígneas.

Inicialmente cristalizam-se grande parte dos silicatos, obedecendo a uma seqüência determinada pela temperatura e composição do magma, conhecida como Série de Bowen, este, mostrou que os silicatos comuns das rochas ígneas se cristalizam segundo uma ordem, em duas séries distintas: uma série de reação contínua e uma série de reação descontínua.

Acompanhando a série de Bowen, há um aumento da complexidade das estruturas à medida que a temperatura decresce, isto é, aumenta o número de oxigênios compartilhados entre os tetraedros de sílica. Dentre os silicatos presentes na Série de Bowen estão os feldspatos e os feldspatóides, que como citado anteriormente são extremamente semelhantes aos feldspatos e só se formam quando não há, no magma, sílica suficiente para formar feldspatos.

[pic 1][pic 2]

1. Qual a relação entre tamanho dos grãos minerais e a profundidade de consolidação do magma?

A relação existente entre o tamanho dos grãos minerais e a profundidade de consolidação do magma pode ser entendida devido ao fato de que quanto mais rápido for o resfriamento/consolidação do magma – caso que ocorre quando o magma sai diretamente do vulcão e têm contato direto com a atmosfera – menor será o tempo disponível para a formação de cristais, o que acarretará na formação de grãos minerais menores na rocha extrusiva.

Caso ocorra o inverso, ou seja, o magma se esfrie lentamente – no fundo da terra, onde há uma maior profundidade e possibilidade de perda de calor mais vagarosamente –, é indiscutível que haverá maior disponibilidade de tempo para a formação de seus cristais, que certamente serão maiores.

Abaixo, é possível notar um claro exemplo desta relação existente entre tamanho x profundidade.

[pic 3]

Figura 2 - Diferenciação entre duas rochas

A rocha à esquerda, diorito, se esfriou muito mais lentamente que o andesito (à direita), o que acarretou na formação de cristais muito maiores no diorito, embora ambos tenham se formado a partir dos mesmos minerais.

1. Por que os granitos tendem a ser mais claros? A que grupo de silicatos os minerais mais comuns do granito pertencem?

O granito é uma rocha ígnea formada pelo magma em estado de fusão a grandes profundidades no interior da terra, onde ocorre seu resfriamento e a sua solidificação.

 O quartzo transparente, o feldspato e a biotita escura são os principais minerais formadores dos granitos. A coloração destas rochas é dada principalmente pela cor dos feldspatos e por isso o granito tende a ser claro.

Os minerais mais comuns a quais esta rocha é pertencente são todos do grupo dos silicatos: feldspatos, feldspatóides, quartzo, olivinas, piroxênios, anfibólios e micas.

Abaixo, um exemplo de granito rico em feldspato potássico:

[pic 4][pic 5]

5. Por que os basaltos tendem a ser mais escuros? A que grupo de silicatos os minerais mais comuns do basalto pertencem?

[pic 6] O basalto – rocha ígnea vulcânica, cristalizada a partir de um magma na superfície ou próximo à superfície da Terra e que por resfriar rapidamente, apresenta minerais que não são possíveis de observar a olho nu – é uma rocha escura porque é formada por minerais ricos em ferro e magnésio. Os minerais mais comuns a quais esta rocha é pertencente são: feldspatos, olivina, anfibólio e piroxênio.