FICHAMENTO GEOGRAFIA ECONÔMICA
Por: PNeves27 • 30/7/2017 • Ensaio • 1.646 Palavras (7 Páginas) • 288 Visualizações
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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO TOCANTINS/CAMETÁ
NÚCLEO UNIVERISTÁRIO DE OEIRAS DO PARÁ
FACULDADE DE GEOGRAFIA
CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
TURMA: GEO-2014/INTENSIVO-OEIRAS DO PARÁ
PROFESSOR ROSIVANDERSON BAIA CORREA
JOSÉ AUGUSTO PEREIRA NEVES
HARVEY, D. Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1992. PARTE II, p. 117
Fichamento apresentado à Faculdade de Geografia, referente a obtenção de nota na disciplina Geografia Econômica, ministrada pelo Professor Rosivanderson Baia Correa, elaborado pelo discente José Augusto Pereira Neves.
OEIRAS DO PARÁ, 14 de Fevereiro de 2016
PARTE DOIS: A TRANSFORMAÇÃO POLITICO-ECONÔMICA DO CAPITALISMO DO SÉCULO XX.
O autor faz uma abordagem inicial, relatado que são abundantes os sinais e marcas de modificações radicais em processosde trabalho, hábitos de consumo, configurações geográficas e geopolíticas,poderes e práticas do Estado etc.[...] O período entre guerras se estabeleceram regras básicas domodo capitalista de produçãoque modelavam o desenvolvimento histórico-geográfico. (p. 117)
O autor fala de uma transição no regime de acumulação e no modo de regulamentação social e política a ele associado. No qual, regime de acumulação descreve a estabilização, por um longo período, da alocação do produto líquido entre consumo e acumulação; ele implica alguma correspondência entre a transformação tanto das condições de produção como das condições de reprodução de assalariados". O problema, no entanto, é fazer os comportamentos de todo tipo de indivíduos assumirem alguma modalidade de configuração que mantenha o regime de acumulação funcionando.(p. 117)
O autor relata que existem duas amplas áreas de dificuldade num sistema econômico capitalista que têm de ser negociadas com sucesso para que esse sistema permaneça viável. A realidade do sistema capitalista depende dos mercados de fixação de preços e da necessidade de exercer suficiente controle sobre o emprego da força de trabalho.(p. 117-118)
Onde o mercado de fixação de preços fornecem tipicamente inúmeros sinais com alto grau de descentralização que permitem que os produtores coordenem as decisões de produção com as necessidades, vontades e desejos dos consumidores. Segundo Adam Smitha celebrada "mão invisível" do mercado nunca bastou por si mesma para garantir um crescimento estável ao capitalismo [...] a regulamentação e a intervenção do Estado. (p. 118)
A segunda dificuldade a qual é citada pelo autor, consta que as sociedades capitalistas estão relacionadas com aconversão da capacidade de homens e mulheres de realizarem um trabalho ativonum processo produtivo cujos frutos possam ser apropriados pelos capitalistas. (p. 118)
No qual a produção de mercadorias em condições de trabalho assalariado põe boa parte do conhecimento, das decisões técnicas, bem como do aparelho disciplinar, fora do controle dapessoa que de fato faz o trabalho.[...] A socialização do trabalhador nas condições de produção capitalista envolve o controle social bem amplo das capacidades físicas e mentais.A educação, o treinamento, a persuasão, a mobilização de certos sentimentos sociaise propensões psicológicas, fomentados tanto pelo Estado como pelas entidades religiosas em detrimento pelo capitalismo. (p. 119)
[...] o longo período de expansão de pós-guerra,que se estendeu de 1945 a 1973, teve como base um conjunto de práticas de controledo trabalho, tecnologias, hábitos de consumo e configurações de poder político-econômico, e de que esse conjunto pode com razão ser chamado de fordista-keynesiano. (p. 119)
Em 1974, quando HenryFord introduziu seu dia de oito horas e cinco dólares como recompensa para os trabalhadores da linha automática de montagem de carros que ele estabelecera noano anterior em Dearbon, Michigan, em parte, obrigava os trabalhadores a adquirir disciplina necessária para operar o sistema de linha de montagens. [...] as inovações tecnológicas e organizacionais de Ford erammera extensão de tendênciasbem-estabelecidas. [...] Ford racionou velhastecnologias e uma detalhada divisão do trabalho preexistente, ao fazer otrabalho chegar ao trabalhador numa posição fixa, embora com isso conseguisse ganhos de produtividade.[...] O que havia de especial em Ford era a sua visão era seu reconhecimento explícitode que produção de massa significava consumo de massa [...], em síntese, um novo tipo desociedade democrática, racionalizada, modernista e populista.(p. 121)
Gramsciem seus Cadernos do Cárcereobservou que o americanismo e o fordismo, equivaliam "maior esforço coletivo até para criar, com velocidade sem precedentes, e comuma consciência de propósito sem igual na história, um novo tipo de trabalhadore um novo tipo de homem". Os novos métodos de trabalho "são inseparáveis deum modo específico de viver e de pensar e sentir a vida".(p. 121)
Ford acreditava que o novo tipo de sociedade poderia ser construído simplesmentecom a aplicação adequada ao poder corporativo. [...]sua crença no poder corporativo de regulamentação da economiacomo um todo que a sua empresa aumentou os salários no começo da GrandeDepressão na expectativa de que isso aumentasse a demanda efetiva, recuperasseo mercado e restaurasse a confiança da comunidade de negócios.Mas as leis coercitivasda competição se mostraram demasiado fortes que Ford foi forçado a demitir trabalhadores e também cortar salários.(p. 122)
O quase colapso do capitalismo na década de 30 fez com que as sociedades chegassem a uma nova concepção da forma e uso dos poderes do Estado – NewDeal de Roosevelt para salvar o capitalismo. [...] A estase democrática dos anos 20(embora vinculada a classe) tinha de ser superada, muitos concordavam, por umpouco de autoritarismo e intervencionismo estatais. [...] Num contexto confuso que o autor nos faz compreenderas tentativas altamente diversificadas em diferentes nações-Estado dechegar a arranjos políticos, institucionais e sociais que pudessem acomodar a crônicaincapacidade do capitalismo de regulamentar as condições essenciais de suaprópria reprodução. (p. 124)
.O problema da configuração e uso próprios dos poderes do Estado só foiresolvido depois de 1945. Isso levou o fordismo à maturidade como regime deacumulação plenamente acabado e distintivo.O fordismo se aliou firmemente aokeynesianismo, e o capitalismo se dedicou a um surto de expansões internacionalistasde alcance mundial que atraiu para a sua rede inúmeras nações descolonizadas.[...] O equilíbrio de poder, tenso, mas mesmo assim firme, que prevaleciaentre o trabalho organizado, o grande capital corporativo e a nação-Estado, e que formou a base de poder da expansão de pós-guerraresultou de anos de luta da classe operaria. (p. 125)
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