Fichamento de Obras em Geografia
Por: Jefferson Silva • 12/2/2022 • Trabalho acadêmico • 1.851 Palavras (8 Páginas) • 142 Visualizações
Discente: Rosineide Ribeiro Porto
Unidade I - Propostas Curriculares para o Ensino Médio e a produção das atividades curriculares
Qual a concepção do MEC para um estudo de Geografia? Você concorda? Discorda? Dê sua opinião
Ao longo do texto e das diretrizes estabelecidas como parâmetros curriculares nacionais, percebe-se uma maior atenção ao foco interdisciplinar da disciplina de Geografia, como uma área do saber que permite o olhar multidimensional com o foco nas demandas, nas urgências e premências que envolvem a vida e as interações dos seres vivos em nosso planeta.
Deste modo, é permissível inferir, com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs – BRASIL, 2012) no Art. 5º, que a Geografia enquanto disciplina deve ser ofertada em caráter disciplinar associando a teoria com a prática, oferecendo oportunidades reflexivas para que, frente aos desafios que a humanidade carrega há séculos como a desigualdade social, a pobreza, o acesso e as oportunidades no mercado de trabalho, a infraestrutura das cidades e o seu impacto na qualidade de vida das pessoas que residem nesse meio, a sustentabilidade e a agressão ambiental que traz como consequência o extermínio da fauna e da flora; possamos agir com criticidade, autonomia e a fim de intervir positivamente a fim de combate e até eliminar esses desafios, que são uma constância na vida de todos nós.
Essa resolução tem eco em normativas anteriores, como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs – BRASIL, 1997) no Art. 13, bem como nos documentos que norteiam a educação em nosso país e Estado, respectivamente a BNCC (BRASIL, 2017) e Currículo Paulista do Ensino Fundamental e Médio (SÃO PAULO, 2018; SÃO PAULO, 2020).
Essa forma de se pensar a Geografia é decorrente de uma série de reestruturações, de mudanças de olhares e perspectivas para o ensino e os saberes que envolvem essa área e cujo foco era, inicialmente, voltado para os saberes técnicos à guisa da geomorfologia, da geoestrutural e que envolvem o (re)conhecimento dos aspectos físicos e políticos do nosso território do nosso país passou, depois de inúmeras transformações, revoluções e disputas, inclusive ideológicas, a ter essa ambivalência.
No que tange a questão da competência, cabe aqui expor que, por competências, subentende-se que é a disposição de o aluno poder realizar, de maneira autônoma e com criticidade, por meio dos conteúdos específicos da componente curricular e de habilidades que foram fortalecidas e afloradas ao longo do processo de ensino/aprendizagem. Acredito que as competências apontadas ao longo desses documentos normativos são cruciais e devem, ainda que minimamente, serem desenvolvidas ao longo do percurso formativo do educando nos ciclos da Educação Básica, a fim de despertar uma formação integral.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Brasília, MEC/SEF, 1997.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho nacional de Educação. Conselho Pleno. Resolução nº 2, de 15 de junho de 2012. Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais. Diário Oficial de União, Brasília, DF. 18 jun. 2012. Seção I, 2012, 70p.
_______, Base Nacional Comum Curricular – BNCC, versão aprovada pelo CNE, novembro de 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wpcontent/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf. Acesso em: 09 nov. 2020.
SÃO PAULO (ESTADO) Secretaria da Educação. Currículo Paulista: Ensino Fundamental II: São Paulo, 2018.
______. Secretaria da Educação. Currículo Paulista: Ensino Médio: São Paulo, 2020.
Unidade II - Propostas Curriculares para o Ensino Médio e a produção das atividades curriculares
A partir do texto teórico da disciplina, bem como da vídeo aula desta unidade, dê sua opinião sobre: como construir um planejamento para as séries do Ensino Médio, com o objetivo de trabalhar a Ciência Geografia em sua integralidade, de forma crítica, preparando o educando para compreender e refletir sobre a sua realidade, bem como prepará-lo para avaliações formais, como o Exame Nacional do Ensino Médio.
O primeiro passo, com base no exposto nos meios dispostos para essa unidade e nas experiências enquanto docente, é (re)conhecer quais são os limites e potencialidades da turma a ser trabalhada e, daí, procurar os meios, os recursos disponíveis para o ensino das ciências geográficas na unidade escolar e, ainda, se estes são suficientes para cumprir tal demanda.
Seguido a isso, o professor elabora, com base naquilo que é previsto e determinado pelos documentos regulamentários, como o currículo oficial do Estado ou do município, um plano de ensino, plano de aula e roteiros de atividades que, pensando em uma perspectiva construtivista, que tem sido a estrutura teórica implícita nesses documentos, tem que possuir uma série de etapas para o processo de ensino/aprendizagem. Estes documentos que vão orientar a dinâmica de trabalho do docente têm de possuir os elementos de identificação (nome do professor, campo para o(s) nome(s) do(s) aluno(s), disciplina, série e classe, habilidades e conteúdos em foco, a descrição do que se espera, a justificativa, o conjunto metodológico que será empregado, os objetivos, entre outros).
Por sua vez, estas etapas partem da sondagem e da sensibilização, passando pela problematização e aprofundamento, a etapa da investigação e, assim, finalizando nas etapas de avaliação e de síntese das aprendizagens. Para cada uma dessas etapas deve haver uma série de métodos, procedimentos, técnicas, estratégias e recursos a serem empregados a fim de que o processo obtenha êxito na demanda e que devem ser milimetricamente planejados de acordo com as possibilidades, limites e potencialidades da turma e nos recursos disponíveis para tal pensando, até mesmo, em mais de uma possibilidade de execução das etapas.
Cabe aqui destacar que o papel do professor é o de mediar o processo de ensino/aprendizagem e, nesse sentido, é imprescindível pensar em propostas e etapas que coloquem o aluno como sujeito ativo do seu saber e, por isso, é necessário pensar em propostas de agrupamentos produtivos para algumas dessas etapas e colocar o aluno em uma condição de desafio, incomodado frente aos problemas lançados e que por meio dos saberes geográficos conseguirão encontrar soluções práticas para suprir um incomodo, um desafio ou até mesmo uma penúria que é presentificada na vida dos alunos, uma educação menor (DELEUZE, 1977).
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