Fichamento " Os dois pólos epistemológicos da modernidade"
Por: Bruna Monteiro • 2/5/2015 • Trabalho acadêmico • 1.260 Palavras (6 Páginas) • 486 Visualizações
Referências Bibliográficas
GOMES, P.C.C. Os dois polos epistemológicos da modernidade. In: ______. Geografia e Modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010. Pp. 19-47.
“(...) A implosão deste conjunto [Pruitt-Igoe] significou também o desmoronamento de uma série de proposições que davam sustentação a este tipo de programa arquitetônico [modernismo] (...) a justificativa de uma forma se baseava em sua performance funcional e a expressão deste ‘purismo’ racionalista se traduziu pela predominância de linhas retas, dos largos horizontes, desprovidos de qualquer ornamentação inútil ou injustificável.” (pp. 19-20)
“(...) o pós-modernismo nega o universalismo, a generalização, qualidades e procedimentos básicos no modernismo. (...)” (p. 21)
“(...) Nas artes gráficas e no design pós-modernismo (...) os resultados incorporam, muitas vezes, uma dimensão deliberada anárquica. (...) Eles pressupunham o papel mediador da razão e da lógica na representação das significações e dos conteúdos, enquanto na proposta pós-moderna as significações devem ser fluídas, mutantes e permanentemente reatualizadas. (...)” (p. 21)
“ (...) Feyerabend, que porpõe uma teoria cientifica anarquista. (...) que prefere reproduzir um saber sem surpresas, fundado na ordem e na lei. Para ele, as grandes inovações teóricas são muito mais fruto do acaso do que da ordem. (...) O mito e a razão devem, pois, manter relações de reciprocidade no seio de uma epistemologia anarquista.” (p. 23)
“ (...) A razão se transformou em instituição no final do século XVIII, ela se transformou em ciência, constituída por modelos experimentais, segundo os principais galileanos. (...) A razão é a fonte de toda generalização, da norma , do direito e da verdade. (...)” (p. 25)
“ (...) se percebe desde já o desenho de uma outra corrente de pensamento, dita neomoderna ou hipermoderna, que se contrapõe às manifestações pós-moderna. Na geografia, o hipermodernismo nos é apresentado por A. Pred, (...) Pred afirma ver a denominação de ‘pós-modernismo’ como inexata, acrítica. Decepcionante, e, por conseguinte, ‘o rótulo de uma época politicamente perigosa no mundo contemporâneo’. (...)” (p. 27)
“ (...) O discurso do saber é sem dúvida a interface que atravessa o conjunto de discussão da modernidade. (...) o discurso geográfico procura, na modernidade, ser um discurso científico e moderno.(...)” (p. 28)
“ (...) Para que se possa falar de uma sistema centrado na tradição, é preciso que ao mesmo tempo exista um outro sistema que marque em relação a ele sua oposição, definido por aquilo que não é tradicional, (...) pois, dois sistemas que se opõem, mas que estruturam uma mesma ordem. (...)” (p. 29)
“ (...) as noções de novo e de tradição exprimem aqui uma forma diferente de conceber a ciência, de atribuir valor aos fatos, o que implica uma atitude diversa em relação à metodologia científica e em relação aos seus critérios de justificação.” ( p.29)
“ (...) Todas as comunidades humanas são afeitas a uma atitude racional, ou seja, o pensamento humano possui uma tendência maior a se conduzir segundo uma lógica coerente, um bom senso generalizado e um pragmatismo da ação. (...)” (p. 30)
“ (...) o raciocnalismo possui uma concepção do movimento, seja do movimento histórico ou científico, como uma alternância entre momentos de estabilidade e momentos de crise. A crise é o anúncio de uma modificação, é também o signo da confrontação entre dois níveis de compreensão, o antigo e o novo. (...)” (p. 30)
“ (...) Na maior parte destas ‘contracorrentes’, a razão humana não é considerada como matriz da uniformidade pressuposta pelos racionalistas. A razão humana não é universal, ou pelo menos ela não possui sempre a mesma natureza, as mesmas manifestações e a mesma forma. A razão concebida pelos racionalistas é um valor e a atribuição desse valor é interpretada como produto de uma fé na razão. (...)” (p. 32)
“ (...) Em um lugar de explicar, a partir da construção de um sistema abstrato de racional, a ciência deveria compreender o sentido das coisas. (...) O sentimento, a empatia, a identidade são instrumentos epistemológicos tão mportantes quando o raciocínio lógico. A diferença fundamental é que este último reduz os fatos e limita a observação a um programa preestabelecido.” (p. 33)
“ (...) O saber é um função da sensibilidade da interpretação, e não propriamente da forma para se conseguir isso.” (p. 33)
“ (...) a subjetividade é um elemento incontornável na aquisição do conhecimento. A aceitação da subjetividade se insurge basicamente contra a uniformidade pretendida pela racionalidade (...)” (p. 34)
“ (...) A valorização do sentido, da expressão, do único, do espontânea, da subjetividade e da multiplicidade de vias analíticas implica do fatode que estas correntes utilizam elementos de análise diferentes daqueles previstos pelo racionalismo. (...)” (p. 34)
“ (...) Gusdorf também identifica como traço marcante do desenvolviomento das ciências sociais na modernidade uma dualidade fundamental: ‘Marcada pela oposição
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