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Geografia E Modernidade

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Por:   •  16/5/2014  •  513 Palavras (3 Páginas)  •  424 Visualizações

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Geografia e Modernidade

Paulo Cesar da Costa Gomes

Durante a construção da geografia bem como um o próprio perfil de geógrafo a cada momento de sua evolução foram surgindo novos debates, da mesma maneira ocorreu na contemporaneidade na passagem do período medieval para a modernidade. O tema “modernidade” é bastante complexo, partindo dos conceitos originados por alguns geógrafos o autor discorre sobre alguns dos principais pensadores para se compreender como se deu este período da geografia.

O termo modernidade surge com os primeiros geógrafos modernos fundamentais como Ritter e Humboldt, sendo Ritter mais histórico, enquanto Humboldt mais naturalista, fundamentados no racionalismo e no romantismo mas ambos com embasamento no humanismo.

Segundo Gomes (2007) a modernidade representa um dos momentos mais recentes da história e da geografia, no qual a modernidade fazer referência ao estilo, costume de vida ou organização social que surgiram na Europa a partir do século e que se tornaram influentes mundialmente no qual contribuíram nas ciências com novos debates e discussões.

Portanto modernidade se fez presente e parte nos diversos âmbitos da vida social assumindo diferentes formas com uma dinâmica espaço-temporal muito complexa, podemos então dizer que é neste processo de reconfiguração do valor social que a ciência veio ocupar papel de destaque no discurso destas novas significâncias de “modernidade”.

Gomes (2007) apresenta uma hipótese de que a modernidade possui em sua base a premissa uma dualidade entre o novo e tradicional no qual não podemos esquecer que o tradicional também apresentou mudanças assim como o novo, portanto o novo não apresenta apenas mudanças, mas também há em suas abordagens o tradicional, constituindo desta maneira os grandes momentos da geografia clássica e a geografia moderna, estabelecendo em cada um desses períodos a estrutura da dualidade o aspecto característico da modernidade demonstrada de diferentes formas.

Na conjuntura de seu livro o autor retrata também que a modernidade está organizada sob a forma de um duplo caráter, no qual se apresenta de um lado o território da razão, das instituições do saber metódico e normativo e do outras distintas contracorrentes, que contestam o poder da razão, os modelos e métodos da ciência institucionalizada e o espírito universalizante.

Nas extremidades epistemológica podemos observar como se deu a concepção a universalidade da razão que estabelece o pensamento como um julgamento racional lógico sobre a realidade, e a ciência é quem compõe as regras e os princípios deste julgamento organizando-os sistematicamente e contrariando esta concepção, se originou as conta correntes antiracionalistas contestando o poder da razão, os modelos e métodos da ciência institucionalizada o espírito universalizante. (GOMES, 2007, p. 30-32).

Estas correntes epistemológicas (a razão e a anti-razão ) despontaram durante o Século das Luzes e ambas confrontam o movimento do modernismo tendo como sua preocupação a evolução da ciência e sua respectiva implicação na Geografia.

Estas trajetórias proporcionaram uma influência mundial em nosso período contemporâneo estabelecendo, portanto a evolução do pensamento geográfico, no qual o pensamento

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