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O Capitalismo e Suas Crises

Por:   •  24/11/2021  •  Dissertação  •  933 Palavras (4 Páginas)  •  154 Visualizações

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As crises do capitalismo

A crise estrutural do capital deu-se por volta do ano de 1970. O capitalismo, que havia chegado ao ápice no fordismo e no keynesianismo, mostrou sinais claros de declínio, essas conclusões foram baseadas nas seguintes evidencias.

A primeira gota dessa tempestade foi a queda nas taxas de lucro, ocasionada pelo reajuste nos valores pagos pelas forças de trabalho dos funcionários. Esses benefícios foram adquiridos a partir de 1945 através das intensas lutas sociais. Essa melhoria na condição salarial dos trabalhadores provocou decréscimo nas taxas de lucro.

Outro elemento relevante na crise estrutural do capital foi o esgotamento no padrão taylorista – Fordistas nas linhas de produção, originada através da retração do consumo em virtude das altas taxas de desemprego. A autonomia do capital especulativo prevalecendo sobre o capital produtivo é considerado um sinal alerta da crise estrutural do capital no sistema produtivo para o autor Ricardo Antunes.

Empresas de grande estrutura fizeram fusão para manter a relevância comercial perante ao mercado mundial, passando a se tornar corporações concentrando grandes somas financeiras. A quebra do Estado de bem-estar social que proporcionava melhorias pelo estado, como forma de garantir condições sociais, políticas e econômicas a população, mas em decorrência da crise econômica de 1970, houve retração dos gastos públicos nas áreas sociais, mas os capitalistas obtiveram ajuda estatal para sustentar sua estrutura artificial em detrimento da população.

O fenômeno das privatizações ganhou força oriundo das desregulamentações do estado perante as esferas do processo produtivo, da força do trabalho e do mercado. A associação dessa série de erros ocasionou a quebra da falsa estabilidade promovida pelo capitalismo.

A reestruturação produtiva no processo do trabalho ocorreu como consequência do novo processo de reestruturação do capital com a finalidade de promover a recuperação do seu ciclo produtivo. Apesar do capitalismo ter problemáticas desde a crise de 70, citada anteriormente, a medida dos capitalistas procurou tratar de maneira superficial sem promover transformações na sua estrutura de funcionamento que ruiu durante a década de 70. Em virtude disso, houve a gradual transição do padrão Taylorista – Fordista para a acumulação flexibilizada.

A implementação do Toytotismo e da Acumulação flexível propagou-se no ocidente como parte do processo de reestruturação do capital que tinha entrado em crise na década de 70. Essa reorganização foi uma maneira de corrigir os erros que levaram o capitalismo ao declínio. A partir disso, o capitalismo conseguiu implementar seu processo de reestruturação com o objetivo de expandir seus tentáculos de dominação para atingir os valores sociais do trabalho.

Essa modificação do capital a partir da sua reestruturação teve seus alicerces nas transformações no seu processo produtivo. Baseado na constituição da acumulação flexível, na gestão organizacional, no avanço das tecnologias, nas concorrências intensas entre os grandes capitalistas e também na subjugação do trabalhador ao controlar as lutas sociais perante ao poder do capital. A respostas do capital a sua crise estrutural se deu dessa forma

O capital para manter sua hegemonia contra a classe trabalhadora, essa classe que, traz sustentabilidade ao sistema em si como força de mão de obra, o capitalismo parte para o controle de dominação social, fazendo isso através do culto do subjetivismo e aos valores do individualismo promovendo um embate com as forças de solidariedade e da atuação coletiva e social.

A maturação dominatória do capitalismo vem das profundas transformações econômicas, nas mudanças na área de produção e nos mercados, nas grandes mudanças sociais e culturais caracterizadas como pós-modernismo. Essa linha de processos levou facilmente a universalização do capitalismo, pois a estratégia adotava visou a modificação dos valores sociais.

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