O Fichamento a CASA E RUA
Por: vinhotao • 11/6/2019 • Trabalho acadêmico • 682 Palavras (3 Páginas) • 286 Visualizações
TÓPICOS:
1-Pg 13. Por trás do formalismo óbvio, há sempre a regra de ouro da hospitalidade, que se traduz pura e simplesmente no respeito pela pessoa da visita e na satisfação de tê-la sob nosso teto, querendo conversar conosco.
2-Pg 16. E nós já sabemos que no caso do Brasil temos uma casa complicada, onde estilos aparentemente singulares e até mesmo mutuamente exclusivos parecem conviver em íntima relação.
3-Pg 17. Quando digo então que “casa” e “rua” são categorias sociológicas para os brasileiros, estou afirmando que, entre nós, estas palavras não designam simplesmente espaços geográficos ou coisas físicas comensuráveis, mas acima de tudo entidades morais, esferas de ação social, províncias éticas dotadas de positividade, domínios culturais institucionalizados e, por causa disso, capazes de despertar emoções, reações, leis, orações, músicas e imagens esteticamente emolduradas e inspiradas.
4-Pg 20. Mas é óbvio que o oposto é igualmente corriqueiro e conhecido. Pois quem não sofreu uma proibição (ou uma negação) direta e inapelável com base numa lei, com a justificativa de que “por mais que o caso fosse justo”, a lei, afinal de contas, “tinha de ser rigorosamente cumprida”?
5-Pg 24. Do mesmo modo, parece impossível continuar operando com um sistema político onde os acordos pessoais ultrapassam sempre (e no momento mais preciso) as lealdades ideológicas e o sistema econômico funciona com duas lógicas.
6-Pg 24. Mas o fato é que temos eixos de classificação diferenciados que podem estar, e certamente estão – conforme sugiro neste livro quando discuto a questão da cidadania e do espaço da nossa sociedade –, associados a certas categorias de pessoas e segmentos sociais.
7-Pg 25. Por tudo isso, não será mesmo exótico que esta sociedade seja tão fortemente motivada e tematizada pelas relações e pelas possibilidades de inventar pontes entre esses espaços. Essa, gostaria de indicar, é a tese central dos ensaios aqui reunidos.
8-Pg 28. Descobrir essas conexões é ter de estudar a sociedade brasileira de modo aberto, sendo capaz de captá-la em seu movimento. E o seu movimento é sempre no sentido da relação e da conexão.
9-Pg 33. O espaço é como o ar que se respira. Sabemos que sem ar morremos, mas não vemos nem sentimos a atmosfera que nos nutre de força vida. Para sentir o ar é preciso situar-se, meter-se numa certa perspectiva.
10-Pg 37. Mas nada pode ser tão simples assim, porque é preciso explicar de que modo as separações são feitas e como são legitimadas e aceitas pela comunidade como um todo. Não posso entrar aqui na discussão da propriedade privada e suas origens, tópico que faria o deleite do evolucionistas antigos e contemporâneos, mas posso dizer que tanto o tempo-ou a temporalidade – quanto o espaço são invenções sociais.
11-Pg 41. Assim é que cada sociedade ordena aquele conjunto de vivências que é socialmente provado e deve ser sempre lembrado como parte e parcela do seu patrimônio.
12-Pg 45. Mas é importante constatar como o momento extraordinário nos transforma em seres exemplarmente coletivos: ou somos dupla ou somos torcida, partido, publico, multidão.
13-Pg 51. Realmente, se entrevistarmos um brasileiro comum em casa, ele pode falar da moralidade sexual, dos seus negócios, de religião ou
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