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O Neocolonialismo

Por:   •  26/5/2015  •  Relatório de pesquisa  •  484 Palavras (2 Páginas)  •  276 Visualizações

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Neocolonialismo

A industrialização européia marcou um intenso processo de expansão econômica, o crescimento dos parques industriais e o acúmulo de capitais fizeram com que as grandes potências da Europa buscassem a ampliação de seus mercados e procurassem maiores quantidades matérias-primas á menor custo. Foi nesse contexto que, a partir do século XIX, essas nações buscaram explorar regiões na África e na Ásia.

Gradativamente, os governos europeus intervieram politicamente nessas regiões com o interesse de atender a demanda de seus grandes conglomerados industriais. Distinto do colonialismo do século XVI, essa nova modalidade de exploração pretendia fazer das áreas dominadas grandes mercados de consumo de seus bens industrializados e, ao mesmo tempo, pólos de fornecimento de matéria-prima. Além disso, o grande crescimento da população européia fez da dominação afro-asiática uma alternativa frente ao excedente populacional da Europa que, no século XIX, abrigava mais de 400 milhões de pessoas. Apesar de contar com grandes áreas de dominação, o controle das regiões alvo da prática neocolonial impulsionou um forte acirramento entre as potencias européias. Os monopólios comerciais almejados pelas grandes potências industriais fizeram do século XIX um período marcado por fortes tensões políticas. Em conseqüência á disputa dos países europeus, o século XX abriu as portas para o primeiro conflito mundial da era contemporânea. Somados aos interesses de ordem político econômica, a prática imperialista também buscou suas bases de sustentação ideológica, a teoria do Darwinismo social, de Herbert Spencer, pregava que a Europa era o ápice do desenvolvimento das sociedades humanas, que a África e a Ásia eram um grande conjunto de sociedades “infantis” e “primitivas”. Influenciado pelo mesmo pensamento, o escritor britânico Rudyard Kipling defendia que o repasse dos “desenvolvidos” conceitos da cultura européia aos afro-asiáticos representava o “fardo do homem branco” no mundo.

Com relação á África, podemos citar a Conferência de Berlim (1884-1885), na qual discutiu-se a divisão territorial no continente africano. Pode-se destacar nessa região a dominação britânica, garantindo o monopólio sobre o Canal de Suez, ao norte da África. Ligando os mares Vermelho e Mediterrâneo atendendo as demandas econômicas do Império-Britânico.

Resistindo historicamente ao processo de ocupação, desde o século XVI, o Japão conseguiu impedir por séculos a dominação de seus territórios. Somente na segunda metade do século XIX, que as tropas militares estadunidenses conseguiram forçar a abertura econômica japonesa. Com a entrada dos valores e conceitos da cultura ocidental no Japão, ocorreu uma reforma político-econômica que industrializou a economia e as instituições do país. Tal fato ficou conhecido como a Revolução Meiji

Várias guerras e conflitos foram frutos do neocolonialismo. Entre elas, podemos inclusive destacar a Primeira e a Segunda Guerra Mundial. Por fim, percebemos que a solução obtida pelas nações industriais frente à questão de sua superprodução econômica teve conseqüências desastrosas. O imperialismo foi responsável por uma total desestruturação das culturas africanas e asiáticas. Na atualidade vemos que as guerras civis e os problemas sócio-econômicos dessas regiões dominadas têm grande relação com a ação imperialista.      

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