O USO DE OFICINAS PEDAGÓGICAS E A DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS NATIVAS: AFIM DE CONSCIENTIZAR E ENALTECER A IMPORTÂNCIA DO BIOMA CAATINGA NO MUNICIPIO DE SÃO RAFAEL - RN

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE CAMPUS AVANÇADO DE ASSÚ DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

EDMAR FERNANDES BARBOSA JÚNIOR

HELLEN KETHELLY DA SILVA

O USO DE OFICINAS PEDAGÓGICAS E A DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS NATIVAS: AFIM DE CONSCIENTIZAR E ENALTECER A IMPORTÂNCIA DO BIOMA CAATINGA NO MUNICIPIO DE SÃO RAFAEL - RN

ASSÚ – RN

2021

1 Introdução

O bioma caatinga durante muito tempo, foi visto apenas como um lugar de seca, e de extrema pobreza, como sempre é retratado em livros, revistas e filmes. Assim, levando ao surgimento da ideia errônea de que a caatinga é apenas constituída por plantas mortas e chão rachado. Essa característica se dá, pois, a mesma está inserida no clima semiárido, marcado pela baixa umidade e pouco volume pluviométrico, tendo temperaturas relativamente altas. Dentre os demais biomas, é o mais notável, já que existe

unicamente em território brasileiro, predominantemente na região nordeste. Atualmente, ela abriga a maior biodiversidade de plantas e animais inseridos no

contexto do clima semiárido do mundo. Muitas de suas espécies estão ameaçadas de extinção, um exemplo é a arara-azul. Mas para além de uma rica biodiversidade, a mesma também é constituída por uma repleta diversidade cultural, cerca de 60 povos indígenas habitam a região na atualidade. Suas espécies vegetais possuem uma grande importância econômica, se destacando pela grande diversidade de usos, como fonte de óleos, ceras, látex, fibras, com potencial alimentício, madeireiro, forrageiro (SAMPAIO et al., 2005). A falta de conhecimentos e de informações verídicas sobre o bioma caatinga fez com que ele fosse sempre visto e tratado de maneira errônea. No entanto, apesar de suas riquezas e exclusividades, a Caatinga é um dos biomas mais degradados do país. Nesse caso, o uso insustentável dos seus recursos naturais provoca alterações ambientais e transformações negativas na biodiversidade, influenciando na rápida perda de espécies únicas,

eliminando   processos ecológicos   chaves,   acelerando,   portanto,   o   processo   de desertificação   em   vários   setores   da   região   (TABARELLI;   SILVA,   2003). Um dos fatores mais prejudiciais e preocupantes na atualidade, é o desmatamento

desenfreado. Estima-se que 80% da vegetação encontra-se completamente modificada, devido ao extrativismo e a agropecuária, apresentando-se a maioria dessas áreas em estádios iniciais ou intermediários de sucessão ecológica (ARAÚJO FILHO, 1996). Além disso, muitos outros problemas originam-se em virtude do processo ilegal de desarborização. Favorecendo, além da perda da biodiversidade, o processo de desertificação, erosão, salinização e perda de fertilidade do solo, assoreamento e declínio

da	qualidade	das		fontes	hídricas	(DRUMOND et	al.,	2000).
	Com  o	intuito	de	amenizar	tais  adversidades,  o  presente  trabalho  tem
como objetivo geral: traçar	um projetor de conscientização e preservação do bioma
caatinga,  para	alunos	do  ensino	fundamental	e  médio,  da	Escola	estadual

professora claudeci pinheiro torres. Onde no período de 3 anos, serão oferecidas diversas oficinas pedagógicas, com a finalidade de diminuir os impactos ambientais decorrentes do desmatamento na caatinga. Tendo em vista a problemática do que o assola, vimos a necessidade da criação do projeto, semana caatinga, que visa a reconstrução de ideias e saberes de alunos do ensino fundamental e médio, com informações concretas e verídicas,

deixando            de            lado            o            velho            achismo. A desinformação dos jovens na atualidade, é realmente preocupante, no qual grande parte dos que vivem na região nordeste, conhecem mais sobre outros biomas do

que o bioma em que estão inseridos. Essa falta de informações verídicas sobre o bioma caatinga fez com que a sociedade não desse o devido valor ao mesmo, essa desvalorização está dando resultado, a perda de vegetação remanescente e a desertificação cresce cada dia mais.

Sendo assim, a aplicação do projeto “semana caatinga” vai ajudar a sociedade com a conscientização da nova geração, ajudando-os a entender a importância de tal bioma e a maneira correta de usufruir de tantos recursos naturais de forma consciente. Dando a universidades mais informações sobre o bioma caatinga que é tão pouco estudado e auxiliando também na formação de futuros professores pesquisadores. Tendo jovens bem informados certamente daqui a alguns anos muito mais jovens teriam interesse em dedicar seus esforços em projetos nos diversos sentidos da caatinga, como o turismo,

gastronomia        e        entre        outros.

Segundo Hernandez (1998) em seu livro Transgressão e Mudança na Educação, a organização do projeto de trabalho faz o aluno aprender a conceitualizar o processo seguido, esboçar as relações estabelecidas, ser consciente dos procedimentos utilizados, avançar no desenvolvimento da conceitualização mediante a interpretação da informação

e        a compreensão da relação de cada aluno com os temas tratados. Assim como disse Nelson Mandela “A educação é a arma mais poderosa que você

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