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O consumidor de alimentos orgânicos de Belo Horizonte – MG

Por:   •  27/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.211 Palavras (5 Páginas)  •  393 Visualizações

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O  consumidor de alimentos orgânicos de Belo Horizonte – MG

O consumidor é responsável pelo grande aumento de produtos orgânicos no Brasil e no mundo. No que se relaciona aos consumidores, verificaram-se algumas diferenças significativas entre o perfil dos mesmos.

De acordo com Pimentel (2005), o consumidor de produtos orgânicos é um consumidor consciente e que exerce, por meio de seu consumo, sua condição de cidadão. O consumidor de produto orgânico se desapega dos alimentos convencionais, buscando inovação na qualidade de vida.

 Os alimentos orgânicos estão cada vez mais ganhando espaço devido ao estilo comportamental que os indivíduos vêm tendo frente à agricultura industrial. O referencial adotado passa pela qualificação do valor nutritivo e não pela aparência dos produtos alimentares, o que expressa uma postura diferenciada deste grupo consumidor, tornando-se um ponto significativo para se analisar o quanto esses consumidores se diferenciam do padrão de consumo convencional e o quanto contribuem para a valorização da produção orgânica e mesmo da manutenção da sustentabilidade ambiental e equidade social. Nesse sentido Momesso destaca:

Na cadeia de alimentos orgânicos, o consumidor final é, sem dúvida, a peça chave desta cadeia. Não havendo demanda, não há aumento de produção, não há investimentos por parte do poder público, não há interesse em melhorar a tecnologia e assim por diante.

( MOMESSO 2006, p.54 )

As principais razões que explicam o aumento da produção orgânica são o valor nutricional, o sabor diferenciado de certos produtos, aliadas as técnicas que ajudam a preservação do meio ambiente, o que possibilita a inferência de que esse tipo de atividade constitui uma forma de produção ecologicamente sustentável, socialmente justa e economicamente viável em suas escalas de produção. Também pode-se ressaltar a relevância da produção de alimentos orgânicos para à saúde do agricultor.

De acordo com Pimentel (2005), a produção de alimentos orgânicos concorre para a proteção do meio ambiente, pois, ao contrário da produção convencional, não implica na contaminação de lençóis freáticos ou na redução da diversidade local, dentre outros aspectos relacionados à preservação.

Todavia, Costa faz fortes críticas à exploração deste fator na sociedade atual, afirmando que:

Virou lugar-comum falar em sustentabilidade e estimular mudanças nas atividades de compras dos indivíduos e cobrar destes uma maior responsabilização e contribuição individual para com as questões sociais e ecológicas. ( COSTA 2009, p.6 )

Oliveira (2004) destaca três características socioeconômicas que exemplificam o perfil típico dos consumidores de alimentos orgânicos no mundo:

(a) mora em áreas urbanas – normalmente vive em grandes cidades;

(b) tem um perfil exigente – geralmente exige alto nível de qualidade dos alimentos que consome, assim como gosta de conhecer a procedência do alimento e os métodos utilizados na sua produção;

(c) pertence às classes sociais com maior nível de instrução (classes média e alta) e, de forma geral, tem maior poder aquisitivo em relação à média da população.

No Brasil não é diferente e pode-se observar características similares.

Nessa etapa do trabalho foram feitas várias pesquisas de campo, no período dos meses de setembro e outubro  de 2013, onde foram visitados, área de produção, supermercado, loja e feiras. Esses variados  meios de comunicação irão  atingir o consumidor de forma distinta.

Os consumidores foram escolhidos aleatoriamente de modo a garantir a representatividade da amostra.

De maneira em geral os consumidores observados possuíam características como; idade entre 30 e 50 anos, geralmente do sexo feminino, nível de instrução elevado, provém da classe média e tem hábitos de consumo diversificados.

Na área de produção, a fazenda A, dispõe de um site onde o consumidor cadastrado escolhe seus produtos pela internet, e o serviço de delivery faz a entrega em domicílio com rotas e dias da semana definidos. Geralmente são pessoas adultas que moram em área de classe média à alta.

Na feira A, O perfil dos compradores é bem definido; as pessoas pelo seu modo de vestir e agir, são tranquilas, com modos suaves, do estilo que chamamos de “ hippies “, de estilo despojado.

Na  feira B, pode-se notar que as pessoas buscavam por alimento fresco e de qualidade, localizada num bairro de classe alta.

De acordo com a produtora I, homens exigem o selo de certificação de produtos orgânicos, já mulheres priorizam a estética dos alimentos (cor, textura, tamanho), apesar de se importarem também com a certificação.

O perfil econômico dos clientes se encaixa na classe a, pois de acordo com a produtora de Capim Branco, não há demanda por promoções nem questionamentos sobre o custo dos orgânicos.

Uma consumidora relatou que apesar de ser produtora de alimentos não orgânicos, faz questão de somente consumir produtos orgânicos, justamente por vivenciar a  cultura de alimentos não orgânicos e saber da procedência dos mesmos e seus riscos, tanto para consumidores como produtores.

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