O papel do professor na formação de alunos atípicos

A figura do professor é indiscutivelmente um dos pilares fundamentais educação. Como mediador do conhecimento no processo de aprendizagem dos alunos, o professor desempenha um papel importante na formação de indivíduos tendo assim a responsabilidade de contribuir para a formação de cidadãos conscientes, éticos e responsáveis, capazes de participar ativamente da sociedade. Neste contexto, explorar o papel múltiplo e fundamental do professor na educação é necessário para compreender a importância de sua atuação na construção de uma educação inclusiva.

A proposta de uma educação inclusiva emerge como uma resposta aos diversos desafios de promover uma educação democrática e igualitária para todos os cidadãos. Durante anos, pessoas com espectro autista, TDAH, minorias étnicas, crianças com deficiências e outras características diversas enfrentaram obstáculos para poder acessar uma educação de qualidade, prejudicando suas oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento pleno.

Um objetivo fundamental do professor é garantir que todos os alunos tenham acesso a uma educação de qualidade, independentemente de suas características individuais, habilidades ou necessidades especiais. Sua influência vai além da simples transmissão de conteúdos, alcançando esferas emocionais e sociais, tornando-se uma figura inspiradora e referência na vida de muitos alunos.

Dessa forma, Libâneo (1998, p.29) afirma que o professor medeia à relação ativa do aluno com a matéria, inclusive com os conteúdos próprios de sua disciplina, mas considerando o conhecimento, a experiência e o significado que o aluno traz à sala de aula, seu potencial cognitivo, sua capacidade e interesse, seu procedimento de pensar, seu modo de trabalhar. Sendo assim, o conhecimento de mundo ou o conhecimento prévio do aluno tem de ser respeitado e ampliado.

Compreender e atender às especificidades das crianças atípicas não apenas promove seu desenvolvimento integral, mas também é um passo fundamental em direção a uma sociedade mais igualitária e respeitosa com a diversidade. A criança cujo desenvolvimento se há complicado por um defeito, não é simplesmente menos desenvolvido que seus coetâneos normais, é uma criança desenvolvida de outra forma. (VYGOSTSKY, 1989, P.3)