ORIGENS DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO NO BRASIL
Por: Léon Denis • 13/3/2018 • Resenha • 732 Palavras (3 Páginas) • 673 Visualizações
O texto trata, como o próprio nome diz, das origens do pensamento geográfico no Brasil e como ele se deu, no espaço de 1870 a 1930 e as alterações que surgiram com o passar dos anos. Já no início é falado sobre o por que da escolha desse período histórico, que é um momento que os historiadores apontam como o marco do surgimento de um processo de modernização do país e foi nesse período que ocorreram alguns fatos como a abolição da escravidão, realce das diferenças socioeconômicas e, consequentemente, das classes sociais, a ascensão da república e alterações de mercado internacional envolvendo Brasil e outros países.
Observando em ordem cronológica o período dos anos 19 e 20 marcaram algumas redefinições da identidade nacional, e isso foi causado por uma pequena parcela da população que rejeitava o passado-presente do país e com a intencionalidade de colocar o brasil como uma nação “progressista” com tecnologias industriais. E foi a partir disso que as ideologias científicas apareceram na nação, estabelecendo uma divisão entre Brasil Colônia e Brasil “moderno”.
Neste período as ideologias, como darwinismo social, positivismo e outras, que foram difundidas com origem na Europa, debatiam entre mudança e evolução. No Brasil estes debates ficaram num espectro de mudanças, espalhando argumentos pseudocientíficos sobre o território e a população em relação aos diversos julgamentos morais impostos pela sociedade. Assim o pensamento geográfico pôde estudar o potencial e os limites da natureza, no contexto físico, social e político em relação as ideais do “progresso”, ainda neste sentido surge a questão da etnia europeia surgindo na composição da população, que é majoritariamente negra e mestiça, atuando assim como um elemento de “organização” socioespacial, que na verdade atuava como fator desorganizador.
A partir disso buscava-se estudar as relações entre o espaço e a sociedade, como por exemplo a relação do clima e relevo com o estilo de vida do homem e com seu desenvolvimento. E observado isto foi possível notar as possibilidades positivas que o país teve de se expandir através de ferrovias, portos e outros tipos, apesar disso havia pouco conhecimento sobre os aspectos naturais do Brasil. Para construir um pouco da história da geografia no Brasil houve a aplicação de um processo determinista e com isto é possível observar o desenvolvimento da Geografia nas nuances práticas e teóricas a partir de variadas perspectivas.
Em seguida se fala um pouco mais pragmaticamente sobre a estruturação da Geografia no Brasil e sua base teórica com José Veríssimo, Pasquale Petrone, Ab’saber, Caio Prado Júnior e Nelson Werneck Sodré, além, é claro, de alguns estrangeiros que escreveram sobre o Brasil.
É citada também, como uma das principais, a obra jornalística d’Os Sertões, que serve como uma referência geográfica, com bases deterministas, trazendo relações entre o povo sertanejo, quase que parado no tempo e a centralidade urbana, com muitas tecnologias e avanços sociais, mostrando como se desenvolve a relação de homem-meio. No livro, Euclides da Cunha, trata aspectos muito físicos e faz ligação com fenômenos mais humanos, como a geologia e paisagem com condições da ciência, fatores étnicos e regime alimentar. E através de toda essa descrição ele mostrava a dificuldade da “unificação”
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