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PODER DOS MARES MAHAN

Por:   •  11/4/2019  •  Resenha  •  2.136 Palavras (9 Páginas)  •  269 Visualizações

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Curso: Licenciatura Plena em Geografia

Disciplina: Geopolítica

Docente: Tiago Veloso

Discente: Emerson Monteiro Pereira / Matrícula: 20180834120

Texto: A disputa dos mares entre Holanda e Inglaterra : A construção do poder naval segundo a perspectiva de Mahan.

Por: Rodolfo Carvalho Tellechea;Thaísa Bravo-Velenzuela e Silva e Yesa Portela Ormond¹

Referência: Revista de Geopolítica, Natal - RN, v. 3, nº 2, p. 239 – 247, jul./dez. 2012.

RESUMO.

  • Introdução:

O texto trabalha de forma bem geral em sua introdução as ideias de Beaud, e a marcha para o capitalismo, cita alguns fatores que corroboram para esse contexto  como a expansão comercial por meio das grandes navegações, sendo assim a hegemonia mundial dava-se através do controle das rotas comercias, entretanto o autor deixa claro que tal hegemonia não era apenas comercial, era também militar . Adiante , o texto vem tomar como base as para analisar as disputas entre Inglaterra e Holanda as analises geopolíticas de A. T. Mahan , que destacava o poder marítimo como a mola para o poder hegemônico mundial.

Para tanto , antes, é preciso destacar que Alfred Taylor Mahan vem ser um dos  principais teóricos da geopolítica,cidadão norte-americano, ele buscou beneficiar projeção de poder norte-americano, sendo assim, ele foca sua análise no poder naval da história,e o efeito do poder naval sobre o curso da história, concluindo que o fator determinante para a ascensão e queda dos impérios era o controle do mar ou a falta do mesmo . Ou seja, Mahan conclui que as guerras são ganhas a partir do domínio  das rotas comerciais marítimas no que o texto vem chamar de estrangulamento econômico , assim sendo, o controle do comércio mundial mediante o domínio do mar  vem a ser a função primordial das marinhas, para formular sua  teoria o texto explica que Mahan utiliza outros teóricos, um deles é Jomini de onde Mahan extrai o “principio da concentração” isto é, a frota deve se concentrada em um ponto estratégico, visto que o poder de fogo concentrado da frota é o meio principal pelo qual o poder naval se afirma. Outro ponto de destaque no texto, fala de Mahan e seu “cristianismo militante”, em que o domínio deveria dar-se culturalmente para que fosse efetivo.

  • O conflito entre as potências marítimas Inglaterra e Holanda entre os séculos XV e XVIII .

O período entre 1652 a 1654; de 1665 a 1667; e de 1672 a 1674, é onde ocorrem as guerras anglo-holandesas  colocando a Inglaterra em evidencia emergencial como potência mundial hegemônica. Segundo o historiador James Rees Jones,a  Inglaterra tinha claro interesse de domínio do comércio europeu, já a Holanda tinha como objetivo  proteger e conservar o seu comércio do qual inteiramente independente e essa foi a mola que conduziu as guerras nesse período.o autor destaca que  historicamente os pioneiros da expansão marítima europeia foram Espanha e Portugal, que viram seus poderio declinar enquanto observavam outras potencias entrar no cenário do poder naval , França, Inglaterra e Holanda utilizam de suas condições políticas , econômicas e geografias para atingir o êxito nessa corrida , o autor também destaca que por se envolver em longos conflitos como a Guerra dos Cem Anos (1337-1453)  e a Guerra das Duas Rosas (1455-1485) a Inglaterra obtém seu desenvolvimento de forma tardia.

Por sua vez, Em 1648, as sete províncias do norte dos Países Baixos  formaram a República das Províncias Unidas após longa guerra contra a Espanha afim de buscar sua independência , nasce para a historia o Tratado de Westfália que oficializa o processo de independência, a unificação política repercutiu na estrutura econômica da Holandesa, que teve sua expansão facilitada devido a crise que enfrentou o antigo centro comercial da Antuérpia e pelo declínio dos portos bálticos, devido todo esse contexto e com a  criação da Companhia das Índias Orientais (1602) a Holanda apresentou-se no cenário com um desenvolvimento extraordinário ainda no inicio do século XVII, segundo o texto. Porém , tomando as ideias de Piet Emmer (n.d.) a Holanda não desempenhou um papel de grande sucesso no Ocidente, quando comparamos com outras grandes potências expansionistas europeias, seja fosse por pressões da Inglaterra ou pela má administração de suas posses. Sendo assim sua maior importância e desenvolvimento econômico ocorre na Ásia, prevalecendo do monopólio comercial por volta de dois séculos , grande parte desse monopólio se justificou pela falta de ação efetivava de competidores. Com isso, a atenção dos europeus voltava-se, para o chamado “Novo Mundo”, já que o caminho para a exploração da Ásia era controlado pela Holanda, esse domínio holandês na rota asiática , justificou inclusive a expansão das sua frotas marítimas, já que a mesma estava ligada à criação de companhias comerciais, que possibilitaram a obtenção de lucros à República dos Países Baixos, segundo o autor a frota holandesa chegou a empregar sozinha, em 1614, mais marinheiros que as frotas espanhola, inglesa e escocesa reunidas. A exploração dessa rota comercial gerou para riquezas que fizeram dela Holanda um importante centro financeiro mundial,em especial, com o Banco de Amsterdã, no meio desse caminho a Holanda não viveu somente de sucessos em tudo que fazia , Holanda pode ser visto nos investimentos feitos pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais para a exploração no Novo Mundo viveu um marcado fracasso, entretanto o marcado continuava a se expandir , a  presença das companhias batavas na  América do Sul, de  domínio da Guiana Holandesa (atual Suriname), corroborava a poder do mercado holandês também na America do sul de certa forma, tais expressividade era oficializada pelo Tratado de Breda, este por sua vez modificou o Ato de Navegação de Cromwell, beneficiando os holandeses, haja vista que anteriormente, somente as embarcações inglesas ou do próprio Estado de origem poderiam importar mercadorias, o que dificultou durante muito tempo a ação da Holanda no comércio internacional.

O poder inglês , segundo o autor,  pode ser considerado como decorrente da associação entre Monarquia e Burguesia, permitindo crescimento sem precedentes da burguesia, deste modo a Inglaterra, no início do século XVII, voltou suas atenções à exploração colonial, investindo fortemente na força naval. Segundo Thomas Mun, já não se tratava de acumular riquezas , e sim de fazer com que sua circulação ocorresse para que se conseguisse tirar vantagem da mesma. Em 1600, é autorizada a criação da Companhia das Índias Orientais pela Rainha Elizabeth, tal ato foi responsável pelo sucesso inglês em várias partes do mundo, Piet Emmer, aponta no texto razões que fizeram a Inglaterra conseguir sobressair-se em relação à Holanda. O primeiro ponto definido por Piet Emmer, foi que ao estabelecer suas colônias, a Inglaterra conseguiu um desenvolvimento mais rápido que o obtido por outras potências; o segundo ponto é,o fato da Inglaterra ser pioneira na Revolução Industrial, fato de grande expressão na historia e de importância sem igual naquele contexto. Para Emmer (n.d.) o poderio naval no oceano Atlântico era imprescindível  e esse fator fez com que a Holanda  fosse massacrada literalmente por outras potências emergentes, nesse caso principalmente pela Inglaterra. É certo que por um grande período  Holanda e Inglaterra se equiparavam-se militarmente, fato que mudou com a construção do poder naval no Atlântico, aqui a Inglaterra confirma sua  supremacia, enquanto que a  Holanda perdia seu posto. Tal acontecimento seria inevitável segundo Norbert Elias, pois na visão dele o contexto de competição pelo qual a Europa passou , propiciava  que caso uma potência não subisse, acabaria decaindo, era necessário agrupar em suas mãos o maior poder excedente possível caso contrario perderia protagonismo, nesse caso a Inglaterra passou a reunir diversos fatores que favoreceram sua ascensão.

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