RESUMO INTERAÇÃO HOMEN NATUREZA
Por: EDNANICOLAS • 13/4/2016 • Resenha • 4.490 Palavras (18 Páginas) • 2.029 Visualizações
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Edna Sousa de Oliveira
Geografia Licenciatura – 8º Semestre
Geografia Física – Prof. Cleberson
RESUMO DO LIVRO: PROCESSOS INTERATIVOS HOMEM-MEIO AMBIENTE
DAVID DREW
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CUIABÁ, 2016
1-O AMBIENTE
1.1 CULTURA E AMBIENTE
O autor inicia seu texto apresentando a ideia de que o homem não é um ser racional, embora haja quem pense ao contrario e portando suas ações com relação ao nosso planeta variam de acordo com o tempo, regiões e costumes culturais. Um dos exemplos apresentados pelo autor, “homens primitivos”, revela uma relação entre a natureza e Deus, havendo desse modo um temor e respeito para com ela. Deste modo, podemos observar nos dias de hoje uma grande variedade de abordagens para a mudança ambiental, a qual vai de “faça tudo o que pode ser feito” até “volta à natureza “, isso se da pela influencia da tradição cultural no comportamento das pessoas com relação ao meio ambiente.
A fim de esclarecer a ideia das influências culturas no comportamento das pessoas com relação ao meio ambiente, Drew faz uma indicação à ideia cristã judaica, a qual afirma que o homem foi criado à imagem de deus, tendo assim o direito de dominar o mundo, noção essa também apresentada pelos gregos antigos.
Mais a diante, em seu texto David aborda sobre o progresso, o qual equivale ao controle da natureza, visto que a mesma serve como fatores de produção e matéria prima, ou seja, meios pelos os quais o homem se beneficia da natureza. O modelo marxista também segue a mesma linha de pensamento, pois segundo o autor o domínio da natureza ainda é um ideal, sendo bloqueados ainda apenas por condições sociais. David ainda afirma que inovações como a tecnologia industrial e agrária, obras vindas das civilizações ocidentais, foram as responsáveis pelas maiores transformações do meio ambiente. Porem em outras culturas houve reações diferentes com a relação a natureza, reações as quais tinham relação com símbolos do mundo espiritual por exemplo, característica estas de povos que possuem um desenvolvimento cultural influenciado por religiões locais.
Dentre as várias abordagens (de relação homem-natureza) apresentadas pelo autor, neste primeiro momento de seu trabalho, ele afirma que nenhuma está necessariamente certa ou errada, porem todas elas interferiram de alguma forma essa relação, umas abordagens de forma puramente acadêmicas e outras, mais contemporâneas, em situações críticas, uma vez que as mudanças se tornam irreversíveis. Dessa forma podemos afirmar, segundo Drew, que o homem não é mais simplesmente um elemento do ecossistema, se tornando cada vez mais afastado do meio biológico e físico que vivia.
1.2. O CONTROLE HUMANO SOBREA NATUREZA
1.2.1. DETERMINISMO, POSSIBILISMO E CONTROLE TOTAL
Ao início do segundo tópico da obra, o autor apresenta algumas teorias que argumentam sobre o controle humano sobre a natureza. Segundo o determinismo, por exemplo, as condições naturais dominam o comportamento da sociedade, para a qual só resta se conformar e prosperar, pois o homem não passa de produto da seleção natural. Já no possibilismo, o homem passa do ser passivo para um agente geográfico, o qual pode agir sobre o meio e modificá-lo, dente alguns limites, como o de espaço e de desenvolvimento. Porem fica inviável explicar as atividades do homem olhando apenas para os limites ambientais, para o determinismo ser totalmente válido, a localização de instalação de uma fábrica tinha que depender somente dos locais de matéria prima e energia, mas fatores de mercado, mão de obra, econômicos e sociais também influenciam nesta localização. No entanto, de acordo com David, não se pode dizer que o homem é independente da natureza, exemplificado pela má colheita de cereais da URSS e outros eventos noticiados por todo o mundo, o autor afirma que a obtenção de certo retorno tem relação proporcional ao grau de submissão ás condições da natureza.
1.2.3 O HOMEM DOMINANDO O CONTROLE
O autor traz o homem dominando o controle, destaca Phoenix, Arizona. Um contraste extremo com a adaptação ao meio semiárido dos pastores nômades pode ser encontrado na região quase desértica e semelhante do sudoeste dos Estados Unidos. A precipitação anual nessa região varia e a vegetação natural forma uma cobertura parcial de artemisia tridentada e suculenta, constitui um oásis com cerca de 400 quilometros quadrados de extensão naquilo que outrora foi quase deserto.
E as transformações naquele ambiente se deram graças a manipulados em uma grande escala de recursos hídricos, com os quais foram irrigadas amplas áreas de solos mal desenvolvidos.
Residências individuais, grandes áreas urbanas instalações permanentes na Antártica, fazendas avícolas, tudo são exemplos, em variadas escala, do excelente domínio do homem sobre o meio físico, ainda que sempre sustentado por recursos de fora, inclusive energia.
A importação de recursos para suprir as deficiências locais constitui a essência do mundo desenvolvido. Gera um grau de interdependência entre povos e países e responde pela complicada estrutura jurídica, social e econômica do mundo moderno. Que por sua vez, a existência da tal estrutura faculta a ampliação do domínio do meio ambiente, dependendo do nível de desenvolvimento tecnológico e econômico. Assim como no caso de Phoenix, o fato de o meio se haver tomado mais agradável atrai mais gente para o local, aumentando a procura de bens e serviços e provocando alterações no ambiente.
1.2.4- Vivendo com a natureza?
Padrões regionais de agricultura na Inglaterra. A marca das atividades agrícolas do homem na paisagem ser descrita no Capitulo 9, mas expomos aqui um breve apanhado das diferenças regionais de métodos agrícolas na Inglaterra, para apresentar um exemplo de equilíbrio entre o homem e o ambiente. A paisagem inglesa é típica do mundo desenvolvido, na medida em que apenas pouca coisa ainda não foi alterada pelo homem, embora o que mudou varie muito dentro de curtas distâncias. Pode se esperar que os padrões de exploração agrícola fossem fortemente influenciados pelo clima, solo, condições topográficas e talvez geológicas, e isso se torna evidente na figura 1.4 que ele traz no livro, onde notamos a diferença entre planícies e montanhas.
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