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Rede social e Economia solidária

Por:   •  26/7/2017  •  Artigo  •  3.164 Palavras (13 Páginas)  •  292 Visualizações

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REDE SOCIAL E ECONOMIA SOLIDÁRIA: A AÇÃO DA ASCOOB E SUAS IMPLICAÇÕES SOCIOESPACIAIS NO ESTADO DA BAHIA

Cleisla Caroline R.S. de Freitas[1]

cleisladefreitas@gmail.com

Rafael Dias¹

rafaeldias11@live.com

Vanessa Barbosa[2]

vanessa.124@hotmail.com

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo a compreensão acerca da cooperativa que surge como uma forma de organização de melhor distribuição de renda e autogestão frente ao capitalismo exploratório. As associações tem sido um dos principais meios de articulação em rede para produzir sob a forma de cooperativa, fortalecendo a agricultura familiar, fomentando o microcrédito e promovendo a educação dos membros. É dessa forma que a Associação das Cooperativas de Apoio a Economia Familiar (ASCOOB) é caracterizada, priorizando o aprofundamento da educação cooperativa e financeira. Os estudos partiram de investigações bibliográficas, assim como a partir da pesquisa de campo com a aplicação de uma entrevista na ASCOOB de Feira de Santana- BA. A ASCOOB vem unindo formas a movimentos sociais do Estado da Bahia e formando parcerias com bancos e cooperativas de primeiro grau para promover o fortalecimento da economia familiar rural, executando oficinas, cursos e cultivando princípios de uma sociedade igualitária e democrática. Assim, partindo do estudo realizado verifica-se que a ASCOOB é uma alternativa contra os efeitos perversos do capitalismo, pois demonstra inúmeras possibilidades de agregação de renda, que geram melhorias nas condições de vida dos agricultores pela a oportunidade do aumento na renda.

Palavras-chave:  Redes sociais; ASCOOB; Cooperativa; Economia Solidária

INTRODUÇÃO

Este artigo estrutura-se a partir da necessidade de abordagem das redes sociais e a economia solidária enfocando sobre a importância da Associação das Cooperativas de Apoio Economia Familiar (ASCOOB) e suas implicações socioespacias no estado da Bahia. Dessa forma, desenvolvemos o estudo com a pretensão de analisar a implantação e o desenvolvimento das cooperativas de crédito associadas à ASCOOB na Bahia, realizando um estudo em relação a ação dos agentes que influenciaram na implantação das cooperativas de crédito a partir de uma contextualização histórica sobre as cooperativas de crédito e o seu surgimento na Bahia.

O estudo direciona-se a perspectiva de economia solidária e sua articulação com o conceito de redes sociais. Com enfoque no microcrédito para a agricultura familiar, tal tema faz-se pertinente para apontar os ganhos sociais alcançados da relação produtor rural/cooperativas. A inclusão social através de serviços educativos e financeiros de modo a alcançar a auto sustentação, gera ganhos para a população de um modo geral, diminuindo as diferenças socioeconômicas ampliando as oportunidades e promovendo o bem-estar.

A necessidade de ampliação de discussões sobre o tema e esclarecimento sobre a importância das cooperativas de crédito para o desenvolvimento social da população assistida fundamenta a escolha do tema. Dada à importância de tal tema, entende-se necessário levar cada vez mais ao conhecimento para comunidade acadêmica, já que a pesquisa desenvolve uma a contribuição social gerada da articulação dos agentes sob a forma de redes social.

Verifica-se, pois, uma baixa quantidade de trabalhos desenvolvidos sobre economia solidária, especialmente as cooperativas de crédito ligadas a Geografia das redes, em vista disto, a pesquisa tem uma relevância impar a ser desenvolvida, já que abrange um recorte regional da Bahia, pois a mesma possui uma configuração singular a ser pesquisada. Sendo que está situado no sul da Região Nordeste, fazendo limites com oito outros estados brasileiros, dentre os estados nordestinos, a Bahia representa a maior extensão territorial, a maior população, e o maior número de municípios.

Sendo assim, possui aspectos determinantes, já que contribue para compreender o desenvolvimento da atividade rural, já que é sede de um importante polo e possui inter-relação com a atuação do Estado. Posto isto, o trabalho objetiva-se em avaliar a ação dos agentes que influenciaram na implantação da cooperativa de crédito e caracterizar a ASCOOB e sua atuação na Bahia e identificar as relações entre a dinâmica econômica e solidária, vinculado ao microcrédito aos produtores rurais.

METODOLOGIA

Este trabalho está baseado em um estudo cujo cerne é o materialismo histórico e dialético, que está apoiado na análise da produção do espaço. Como sua linha de pesquisa, tem como pressuposto metodológico à compreensão de que é o sujeito e sua relação com o meio, em uma dinâmica de busca e compreensão da realidade frente aos problemas e interesses que envolvem as relações de poder perante os problemas que são apresentados na sociedade e na sua relação com o meio.

Sendo assim, escolhe-se o materialismo histórico e dialético como método de interpretação, pois esse consiste em investigar acontecimentos, processos e instituições que estão apoiadas na análise da produção do espaço. Tem-se a relação do sujeito com a natureza que permite verificar as influências na sociedade atual e suas implicações.

A pesquisa bibliográfica foi necessária para elaboração do texto, na qual foram utilizados fontes e autores que pesquisaram sobre economia solidária e redes. Também foi fundamental a realização de uma pesquisa documental, para levantamento de dados, feita em órgãos, bem como sites oficiais, em uma busca em arquivos com o intuito de investigar a ação dos agentes relacionados à ASCOOB, fomos a campo conhecer os agentes sociais, dialogando com eles a partir de uma entrevista para resoluções de questões que possam gerar pontos para análise minuciosa da pesquisa.

Os levantamentos de base cartográfica também foram realizados para elaboração de mapas a fim de mostrar a espacialidade das Cooperativas de crédito ASCOOB no estado da Bahia.

SURGIMENTO DA ECONOMIA SOLIDÁRIA E SUA IMPORTÂNCIA PARA A SOCIEDADE

A economia solidária surge como reação ao empobrecimento de artesãos provocado pelo capitalismo industrial na Grã-Bretanha, segundo Singer (2002). No contexto da Revolução Industrial na Europa Ocidental dos séculos XVIII e XIX, numa conjuntura de substituição da força de trabalho humano pelas primeiras máquinas a vapor nas fábricas, ocasionando uma reestruturação das relações de produção.

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