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Resenha Crítica de Capítulos do Livro: Geografia, Escola e Construção de Conhecimentos.

Por:   •  5/1/2022  •  Abstract  •  681 Palavras (3 Páginas)  •  387 Visualizações

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FICHAMENTO I

O presente fichamento refere-se a um corte epistemológico da obra intitulada: A Evolução do Capitalismo, do autor britânico Maurice Hebert Dobb. Mais exatamente ao seu primeiro capítulo, nomeado O Capitalismo, que corresponde as primeiras 21 páginas do livro.

A ideia central norteadora da discussão do capítulo é relativa a consideração do Capitalismo como um sistema econômico historicamente estabelecido.

Em um primeiro momento do capítulo, o autor discorre sobre o conceito de Capitalismo.

Inicialmente mostrando que apesar da concepção sobre Capitalismo como um sistema econômico ter sofrido uma série de ataques por parte de correntes de historiadores e economistas que não viam nele características próprias estabelecidas temporalmente, é tomando o Capitalismo como categoria histórica, que o autor baseia suas reflexões.

Buscando a definição mais coerente de Capitalismo, Dobb ressalta os vários usos que essa palavra pode carregar, dependendo da intenção estabelecida pelo seu utilizador. Dentre as mais correntes significações dadas ao termo, o autor seleciona três das mais utilizadas na literatura, para diferencia-las.

A primeira delas seria o Capitalismo como resultado de um “espírito burguês” de prudência e racionalidade, nutrido antes do empreendimento capitalista e que gerou uma atitude lógica e sistemática, objetivando o lucro. A segunda concepção, estaria relacionada à pertinência das trocas econômicas comerciais com mercados distantes visando o lucro, como ferramenta de introdução do sistema capitalista.

Para Dobb, todas as duas visões anteriores estariam estruturalmente equivocadas, pois não caracterizariam o Capitalismo como uma categoria histórica. Por exemplo, é fácil recordar da existência de sociedades como as da Antiguidade, que já estabeleciam relações comerciais sofisticadas com outros povos visando o lucro, o que colocaria o Capitalismo como presente na maior parte da história da humanidade.

A última das concepções apresentadas pelo autor, e a que ele utiliza como fundamento de sua obra, é a proposta por Marx, ao tratar o Capitalismo como um sistema econômico que define a propriedade dos meios de produção e as relações sociais entre os homens.

Em um segundo momento do capítulo, Dobb trata de como se caracterizaram os sistemas econômicos ao longo do tempo, e sobre o conceito de classe.

Segundo o autor, apesar de não existirem linhas históricas bem definidas entre os sistemas econômicos, todos eles trazem elementos únicos e relativamente homogêneos, que caracterizam aquele determinado período histórico.

A transição entre os sistemas econômicos se daria por meio de revoluções sociais, notabilizadas como abruptas mudanças no curso dos acontecimentos históricos. Essas são produtos de se ter atingido certo nível de desenvolvimento e organização social que resultam em uma mudança no equilíbrio dos elementos constitutivos de uma sociedade, o que leva ao questionamento da hegemonia política da classe dominante e a ascensão de uma nova classe dominante, que estabelece um novo sistema econômico.

Dessa forma, para o autor, a história constitui-se como uma sucessão de sistemas de classe, cada uma extraindo renda ao seu modo. Essas classes

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