Índia e África do Sul: economia e industrialização.
Por: Nathan Christian • 15/5/2016 • Trabalho acadêmico • 7.092 Palavras (29 Páginas) • 888 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
2 ÍNDIA
A Índia, legalmente conhecida como a República da Índia (Bhārat Gaṇarājya, em hindu (romanizado)), é uma das nações localizadas na Ásia, especificamente em sua parte sul (ou meridional), junto com países como Afeganistão, Bangladesh, Nepal e Sri Lanka. Na contagem populacional, é o segundo país e o primeiro entre as democracias; além de ser o sétimo maior país em relação à área. Suas fronteiras incluem o Paquistão, a oeste, a China, o Nepal e o Butão ao norte e Myanmar ao leste. O Sri Lanka e as Maldivas, que são países insulares, também estão próximos a Índia.
Conhecido por ser o local de origem da Civilização do Vale do Indo, ser o ponto de diversas rotas de comércio durante toda a história e de sua participação na formação de impérios, o território, que hoje é designado como subcontinente indiano, é visto como um dos mais ricos, tanto comercial quanto culturalmente, historicamente. Religiões conhecidas e importantes do mundo de hoje nasceram ali – o jainismo, o hinduísmo, o budismo e o sikhismo – , além de terem auxiliado sua formação como nação o zoroastrismo, o judaísmo, o islamismo e o cristianismo, que alcançaram a área no primeiro milênio de nossa área. Tendo constituído a Companhia Britânica das Índias Orientais durante o século XVIII, foi, portanto, uma das colônias do vasto Império Britânico no século seguinte, alcançando sua autonomia em 1947, através do princípio da não-violência proposto por Gandhi.
A república é formada por vinte e oito estados, contando com, além disso, seis territórios da federação e mais outro, território nacional, que é a capital, Nova Deli (Déli ou Délhi), adotando como forma de governo a democracia parlamentar. Seu PIB nominal está entre os dez maiores do mundo e entre os três na medição do PIB por Paridade de Poder de Compra. Boa parte da responsabilidade para o crescimento econômico se deve as reformas realizadas a partir de 1991, mesmo que o país ainda sofra com a pobreza, analfabetismo, subnutrição e doenças.
Como aspectos evidentes da sociedade indiana estão o seu pluralismo, as grandes variedades de línguas e dialetos e a diversidade étnica, fora a sua imensa biodiversidade, responsável pela preservação de animais silvestres e seus habitats.
2.1 Economia
Algumas das características gerais quanto ao PIB e poder de compra já foram apresentados. Além disso, a Índia está entre as três economias mais desenvolvidas de seu continente, estando à frente países como o Japão e a República Popular da China.
Quanto aos principais produtos agrícolas indianos, observa-se o tabaco, o chá, o algodão, o trigo, a juta, o milho e a cana-de-açúcar. O país utiliza as plantations, ou seja, extensos territórios utilizados para realizar monoculturas, com o objetivo de exportar produtos, desde quando os ingleses dominaram a área e fizeram dela uma colônia. Apenas o Brasil supera a Índia quanto a quantidade de gado em relação ao mundo todo. Junto com a China, a Coreia do Sul e o Brasil, a Índia lidera o grupo G-21 (composto pelos países com uma economia em desenvolvimento).
Apesar de ter um dos maiores PIBs do mundo, a sua renda per capita é relativamente baixa, uma vez que possui uma grande população: em 2005, sua posição era uma das piores entre todos os países do mundo (135 de 182). A maior parte de sua população tem como base econômica a agricultura para garantir a sua sobrevivência.
Os setores secundário e terciário têm crescido exponencialmente durante as últimas décadas, dominando a economia da Índia e sobrepondo-se sobre a agricultura – que prevalecia sobre os demais setores -, alcançando, respectivamente, 26% e 55% do PIB indiano em 2011. Uma parcela de 40% da população vive sob a linha da pobreza, mesmo que a Índia tenha uma classe média ascendente, conforme os dados revelados nas últimas pesquisas, com cerca de 300 milhões de pessoas.
O seu desenvolvimento econômico ocupa uma das maiores posições entre todos os países do mundo – são cerca de 10% ao ano -, que, entretanto, detém uma infraestrutura decadente, uma severa burocracia, elevadas taxas de juro e diversos problemas sociais – incluindo a pobreza do campo, o analfabetismo latente, a permanência do sistema de castas, o índice de corrupção, o sistema de clientelismo ainda existente -, gerando como conseqüência uma economia cheia de barreiras, impossibilitando o alcance de sua potência total no mercado mundial.
2.1.1 Setores econômicos
2.1.1.1 Indústria e serviços
A indústria indiana é responsável por quase um terço do Produto Interno Bruto (PIB) e por 22% dos empregos no país (2013). A Índia ocupa o 12º lugar na questão da produção fabril. A CIA World Factbook é a divulgadora dessas informações. Esse setor alterou-se profundamente a partir das reformas impostas de 1991 até então, quebrando as barreiras de importação – elevando a concorrência, agora também externa -, privatizando empresas públicas, aprimorou a infraestrutura e aumentou a fabricação de produtos de consumo rápido. Nessa época, o setor privado do país sofreu com uma forte concorrência – tanto interna como externa -, disputando com as problemáticas importações chinesas, relevantemente mais baratas que as outras, em geral. Deste ponto em diante, foi necessária uma reforma que levasse a redução dos custos e inovação na forma de organização e gerenciamento (logística), utilizando-se de mão de obra barata e tecnologia de ponta. Consequentemente, houve uma demanda menor de empregos, inclusive no setor agrícola, que antes requeria uma grande quantidade maior de funcionários.
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