A Descolonização Africana

Descolonização africana

Até antes da segunda guerra mundial (1939-1945) o continente africano era colônia de potencias europeias, a Europa pós segunda guerra ficou bastante debilitada no meio político e econômico. O enfraquecimento das nações europeias abriu espaço para movimentos de luta para a independência de colônias africanas. Alguns países concederam independência pacifica para as suas colônias, no entanto outros tiveram violentas guerras pela independência, como a Argélia.

A colônia francesa da Argélia obteve independência entre 1952 a 1956, quando ataques terroristas atingiram instalações francesas no pais e, a partir de 1956 a frente de libertação nacional argelina, motivada pela derrota francesa no Vietnã e pelo apoio da opinião pública internacional a sua causa, intensificaram suas ações.

A França estava indecisa em relação a independência de sua colônia assim, o comandante militar general Salan estabeleceu um comitê de segurança pública com o objetivo de garantir a Argélia francesa, Salan estava preparando um golpe em Paris, pressionando militarmente o governo da França e enviando tropas para Córsega, a iminente guerra civil levou ao poder o General De Gaulle que afastou os militares e, depois de consultar a população argelina em plebiscito, começou a negociar a independência da Argélia, até que em 1962 formou-se a Republica Democrática Argelina, com seu líder Ahmed Ben-Bella.

O congo, que já tinha passado de propriedade pessoal do rei Leopoldo II, para colônia belga, sofreu violentas manifestações populares que obrigou a Bélgica a conceder a independência ao congo, o que transformou o Congo em Estado livre do Congo em 1960, tendo como presidente o Joseph Kasavubu e como primeiro ministro Patrice Lumumba. Após a independência do Congo uma de suas províncias também se tornou independente a Katanga, O movimento de emancipação da Katanga levou a uma guerra civil no congo e Lumumba que não conseguiu ajuda das tropas das nações unidas nem apoio da união soviética foi demitido por kasavubu, que era aliado dos norte-americanos e belgas, e foi preso e assassinado por mercenários.

O processo de independência das colônias portuguesas demoraram um pouco mais para serem desencadeadas, por causada da ditadura portuguesa de Antônio de Oliveira Salazar iniciada em 1930 que manteve Portugal quarenta anos distante dos avanços econômicos, políticos e sociais do período. O movimento popular pela libertação de Angola (MPLA) foi fundado em 1956 por Agostinho Neto, iniciou o processo guerrilheiro contra o colonialismo salazarista, surgiram outras frentes de libertações como a frente nacional de libertação da angola (FNLA) e a união nacional pela independência total de angola (Unita). Mais foi somente em 1975 que angola conseguiu libertação, por causa da Revolução dos Cravos que derrotou a ditadura fascista e portuguesa. O norte da Angola foi ocupado pela FNLA, apoiada pelo Zaire, e do sul pela Unita apoiada pela África do sul e pelos estados unidos, assim o MPLA ocupou a capital, Luanda, e proclamou independência.

A luta contra as outras facções continuou, arrasando cada vez mais a economia nacional. O final da Guerra Fria estimulou a decisão de promover eleições pluripartidárias, no entanto José Savimbi da Unita não reconheceu a vitória de José Eduardo dos Santos, da MPLA