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A Língua Brasileira de Sinais

Por:   •  29/9/2020  •  Resenha  •  714 Palavras (3 Páginas)  •  121 Visualizações

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CLARETIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO

Aluno: Wagner Luis dos Santos Ferreira

RA: 8057039

Tutor: Profa. Cristiane Regina Tozzo

Curso: História - Licenciatura

Disciplina: Língua Brasileira de Sinais

        É completamente correto afirmar que a educação dos surdos sempre foi dominada por uma posição autoritária dos ouvintes, a começar pela imposição do oralismo, que é uma abordagem educacional que pretende integrar a criança surda se utilizando da alfabetização através do ensino da língua oral nacional, tendo como objetivo a reabilitação da criança , visando uma suposta normalidade, visto que a surdez, nessa abordagem, é vista somente como um defeito, o seja, o surdo é apenas um ouvinte defeituoso que pode ser “concertado” através da oralidade, essa abordagem também nega ao surdo a interação com seus pares através da língua de sinais, considerada como uma forma inferior de comunicação (PEDROSO, ROCHA, 2013).

        A educação oralista é notavelmente precária na educação, alfabetização e desenvolvimento do surdo, levando  resultados insatisfatórios e ao reforço de preconceitos e julgamentos dos surdos (PEDROSO, ROCHA, 2013).

        Após muitas críticas a oralidade, surge a chamada comunicação total, que se define como uma:

Filosofia de trabalho, voltada ao atendimento e à educação de pessoas surdas. Diferentemente do oralismo, […] entende o surdo como pessoa, e não como alguém portador de uma patologia médica, e entende a surdez como um fenômeno com significações sociais.(PEDROSO, ROCHA, 2013, p. 42)

        Ou seja, humaniza o surdo e o compreende em sua totalidade ao invés de diminuí-lo a sua deficiência, porém segundo Pedroso e Rocha (2013, p. 42) esse sistema apesar e avançar a priorização da comunicação, reforça a ênfase na língua majoritária, os autores também reforçam que apesar da contemplação ao uso de sinais, este “ocorre na estrutura da língua portuguesa, e não na estrutura da língua de sinais, [...]denominado português sinalizado, […]  permanece a ênfase na língua majoritária e na sua estrutura gramatical.” (PEDROSO, ROCHA, 2013, p. 42). Esse português sinalizado porém não traz melhorias significativas na educação dos surdos, atrapalhando o desenvolvimento pela não compreensão do surdo da estrutura gramatical, desconhecida por ele, porém permitindo o uso de sinais, antes proibido, agora apropriado pelos surdos, levando ao bilinguismo (PEDROSO, ROCHA, 2013, p. 43).

        O bilinguismo defende o uso da língua de sinais como primeira língua dos surdos, sendo aprendida com o contato do surdo com outros surdos adultos usuários dessa língua, sendo a língua oficial do país, a segunda, objetivando inserir ambas no contexto escolar, propondo a orientação da escola direcionada pelas questões sociais, políticas e culturais d comunidade surda, sendo considerada a abordagem com mais condições de propiciar ao surdo as condições de realizar seu potencial (PEDROSO, ROCHA, 2013, p. 44).

        A abordagem também propõe que a língua de sinais e a falada não podem ser produzidas simultaneamente, assim o surdo deve primeiro aprender a língua e sinais para somente depois aprender a língua majoritária escrita, garantindo para a criança surda o desenvolvimento cognitivo e linguístico de forma parecida com o de crianças ouvintes da mesma faixa etária (PEDROSO, ROCHA, 2013, p.45), ou seja, ela oferece a oportunidade da criança surda de se integrar ao contexto escolar e social.

        Porém, a implementação dessa língua não é simples, pois o “bilinguismo relacionado ao surdo envolve línguas de modalidades diferentes: uma visual-espacial e outra oral-auditiva (PEDROSO, ROCHA, 2013, p. 45-6). Vale comentar que a criança surda filha de pais surdos que utilizam a língua de sinais tem o desenvolvimento totalmente compatível com uma criança ouvinte, ou seja, a surdez não afeta o desenvolvimento cognitivo e linguístico da criança (PEDROSO, ROCHA, 2013).

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