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A Renascença Carolíngia

Por:   •  15/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  889 Palavras (4 Páginas)  •  233 Visualizações

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ATIVIDADE (PORTFÓLIO CICLO 2)

ALUNO: Vitor Rafael Moretto Garcia

CURSO: História

DISCIPLINA: História Medieval 1

TUTOR: Tiago Tadeu Contiero

Com o esfarelamento e a sequente queda do império romano do ocidente juntamente com as invasões dos povos germânicos em seu território que, deu-se o estabelecimento de tribos que antes eram seminômades e que viviam em aldeias rudimentares com aspectos econômicos de subsistência, e que vinham do norte das fronteiras do império. Esse deslocamento se deu muito provavelmente por dois fatores: pelas hordas dos hunos que vinham das estepes da Ásia causando grande terror por seus ataques violentos e pelo fator climático de temperaturas extremamente frias nas regiões da Sibéria e da Finlândia, causando a queda na produção agrícola. Fixando-se por toda a Europa esses povos com costumes tribais ditos bárbaros pelos romanos, passaram a ter um certo anseio por manter seus territórios conquistados muitas vezes pela força de armas ou com acordos com os donos das vilas agrícolas. Essas tribos se organizavam principalmente em uma classe guerreira dominante (clãs) onde o guerreiro mais forte tinha voz na assembleia dos guerreiros, além do mais era uma sociedade patriarcal familiar sem uma unidade política ou centralizada na mão de algum governante. Por esses fatores não tinham uma estrutura cívica e social organizada como era a do império romano, mas com o contato constante entre essas duas culturas tão distintas, a fusão cultural seria inevitável. Com o recrutamento de germânicos nas fileiras das legiões romanas e com o passar do tempo por volta do século III d.C. a organização de assembleia guerreira foi sendo substituída por um Conselho dos Nobres, juntamente com a adaptação do modelo romano no que diz respeito a vida econômica, hierarquia social e disciplina militar, porém, ainda com alguns aspectos rudimentares e pagãos. Dentre essas dezenas de povos germânicos vários reinos foram se formando entre eles se destacam: O reino dos Suevo, Franco, Visigodos, Ostrogodos, Vândalos, Burgúndios e os Alamanos. Essa estruturação e domínio territorial não perdurou por muito tempo visto que esses reinos lutavam entre si por disputas territoriais. Alguns se sobressaíram em conflitos bélicos e por ter um território, mas pacífico sobre seu domínio como no caso dos Francos.

Segundo Geary (2005)

 O reino da Nêustria equivalia à região central da Gália, abrangendo as cidades de Soissons, Paris, Tours e Rouen; o reino da Austrásia incluía as regiões a leste do rio Reno e as cidades de Champagne, Reims e Metz; enquanto o reino da Borgonha abrangia o antigo território burgúndio e tinha Orléans como sua principal cidade. O mesmo autor afirma que, desde o reinado de Clóvis (481- 511), as elites dessas regiões reconheceram-se como francas, independentemente de suas ascendências ou vínculos militares. Esse reconhecimento permitiu a integração entre elas por meio de arranjos matrimoniais e tratados de cooperação militar. 

Com a conversão ao cristianismo do rei Clóvis I iniciou-se entre os francos a grande introdução da Igreja Católica em seu meio, a partir disso muitas tribos francas foram induzidas a conversão pelos padres e bispos que enfatizavam a evangelização dos pagãos. Isso foi um preludio do que seria o reino Carolíngio com seu imperador Carlos Magno. A ideia de restauração do império “clássico” romano ocidental era forte, mas com uma moral diferente agora pois, as doutrinas que norteavam o “mundo” ocidental era a doutrina cristã imposta pela Igreja. Segundo Balard (2002, p. 46): Existiam dois movimentos ideológicos, um em torno de Carlos Magno e outro em torno do papado, que procuravam, de forma obscura ou consciente, não se sabe, guiar o rei dos francos em direção ao poder que Alcuíno qualificou em 778 de império". Neste novo cenário a figura do pontífice de Roma o papa exercia grande influencia no poder temporal visto que ser dito rei era algo divino e sua missão real era algo da mesma natureza, por meio deste, somente o papa poderia coroar um rei ou imperador como foi o caso de Carlos Magno no ano de 800 d.C. no dia 25 de dezembro, data da natividade de Jesus Cristo, pelo papa Leão III, na basílica de São Pedro. Esses fatos não foram atoa havia uma pretensão da Igreja em ter uma unidade política sob um único governante pois, assim seria muito mais fácil se propagar por toda a Europa com uma certa tranquilidade visto que era protegida pelo império, função essa designada a Carlos Magno nomeado protetor da Igreja em sua coroação. Não obstante o desejo de mostrar que o império romano do oriente não teria mais autoridade temporal sobre determinar quem seria o legitimo imperador romano era grande, consequentemente esse desejo se realizou com a quebra na dinastia sucessória visto que a mãe do futuro imperador Constantino V, assumiu o poder para si. No lado cultural o sagrado teve grande destaque no período carolíngio, as artes sacras, a arquitetura, a construção de mosteiros e igrejas foram amplamente difundidas, as leis chamadas de capitulares, elas foram publicadas em 789 e demonstram a influência dos preceitos religiosos nas leis civis. O temporal e o espiritual andaram lado a lado por séculos graças a essa fusão isso prova que a idade média não foi um período tão obscurantista.

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