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A Revista Estudos Históricos

Por:   •  8/2/2023  •  Resenha  •  526 Palavras (3 Páginas)  •  60 Visualizações

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as Transformações da linguagem e advento da cultura modernista no Brasil, também encontrado na Revista Estudos Históricos, escrita pelo autor Nicolau Sevcenko (Os anos 20; v.6, nº 11, 1993). Sobre o trabalho, Sevcenko aborda o contexto das transformações de linguagem e sobre como esta ferramenta se projeta sobre a disseminação ao advento da cultura modernista no Brasil, em especial na cidade de São Paulo, em meados da década de 1920. A linguagem aqui consiste em um sistema de produção de significados e de interação comunicativa, que se amplia ao discurso da fala, em uma cultura que se apoia sobretudo no que é simbolicamente transferido à ação pura.

Neste escopo, Sevcenko, articula suas ideias ao apresentar fragmentos de uma documentação afim de atribuir e reconduzir a experiência da cultura como modo de manifestação do processo de mudança social. Tal documento refere-se a Semana de Arte Moderna, momento ao qual marcava a irrupção da cultura modernista do Brasil, se referindo a duas das mais destacadas personalidades da época. Uma delas era Monteiro Lobato, escritor e empresário, responsável pela revolução no mercado editorial que inaugurou a moderna indústria de livros no Brasil.  A outra figura de destaque era Paulo Prado, escritor e historiador, filho de Conselheiro Antônio Prado, patrocinador da Semana de Arte Moderna.

O artigo de Sevcenko, também destaca a participação de Fernando de Azevedo, pessoa idealizadora da reforma educacional em todo o estado de São Paulo, trabalho realizado sob o governo do presidente do estado Washington Luís ( do Partido Republicano Paulista). Com o sucesso do programa Washington Luís decidiu expandi-lo para ao restante do país, obtendo o controle do governo federal. Porém, não obtiveram êxito devido a crise do café de 1929 que destruiu o domínio paulista. Ainda assim, o presidente Getúlio Vargas, após o golpe de Estado de 1930, utilizaria os princípios e a experiência do professor Fernando de Azevedo.

A iniciativa dessas personalidades não eram, contudo, totalmente originais, pois procuravam acompanhar, no seu próprio interesse, as mudanças que haviam desencadeado com o advento da chamada Segunda Revolução Industrial, ou Revolução Científico-Tecnológica, a partir da década de 1870. Processo este que se apoiavam em avanços tecnológicos levando a utilização de novas fontes de energia, de petróleo, gás e eletricidade, resultando uma imensa escala de investimentos capitalistas, aos quais permitiria a implementação de modernos e complexos modelos industriais baseados na administração científica e em sua linha de montagem. Esse princípio de produção em massa se expandiu até assumir proporções globais, alcançando as mais remotas regiões, sob a ânsia por matérias primas e por novos mercados, dando origem às megalópoles do século XX. São Paulo, foi um exemplo de um subproduto das lavouras de café, como consequência, houve diversos movimentos de migração para o estado. Porém havia o óbice de que as autoridades deveriam fornecer  a essas pessoas infraestrutura básica, para se obter o mínimo de dignidade de vida possível.

No que concerne à coordenada dos fluxos urbanos, deveriam impor planos de zoneamento baseado nas funções das áreas (criação do código de trânsito, estabelecimento de regulamento de obras de segurança e higiene e fixar escalas de atividades), objetivando tornar a vida social na cidade estável, produtiva e acelerada.

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