APRESENTAÇÃO ESCRITA DO LIVRO “OS ANDARILHOS DO BEM” DE CARLO GINZBURG
Por: felipe_jcrn2018 • 5/7/2018 • Trabalho acadêmico • 983 Palavras (4 Páginas) • 745 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE- UFRN
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS,LETRAS E ARTES – CCHLA
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA – DEHIS
DISCIPLINA : HISTÓRIA DA CULTURA
APRESENTAÇÃO ESCRITA DO LIVRO “OS ANDARILHOS DO BEM” DE CARLO GINZBURG
DOCENTE :
PROF.DRA. FLÁVIA DE SÁ PEDREIRA
Discentes :
FELIPE GERSON DA SILVA
JOSERLANDIO CALADO DE FREITAS
NATAL, JUNHO DE 2018
Biografia do Autor
Carlo Ginzburg nascido em Turim em 15 de abril de 1930, é um historiados e antropólogo italiano. Filho do professor e tradutor Leone Ginzburg e da romancista Natalia Ginzburg. Estudou na Escola Normal Superior de Pisa, e em seguida no Instituto Warburg em Londres; ensinou história moderna na Universidade de Bolonha e em seguida nas universidades de Yale, Harvard, Princeton, além da Universidade da Califórnia em Los Angeles. A partir de 2006, ele ocupa a cadeira de história cultural europeia na Escola Normal Superior de Pisa.
Dentre suas obras publicadas estão: Os Andarilhos do Bem, O queijo e os vermes de 1976, História noturna 1991, Mitos, Emblemas e Sinais 1989, Olhos de madeira 2001.Teve suas obras traduzidas em mais de 15 línguas. É um dos fundadores da microhistória e ganha destaque mundial com a sua "circularidade cultural" e metodológica.
Introdução
Carlo Ginzburg retrata em “Os Andarilhos do Bem” uma comunidade chamada Benandanti da região do Friuli no Nordeste da Itália na fronteira com Veneza no final do século XVI e início do século XVII.
Ginzburg se baseia em sua pesquisa nos inquéritos abertos pelo Tribunal do Santo Ofício.
Os Benandanti
Os Benandanti segundo a pesquisa de Ginzburg eram indivíduos da comunidade considerados especiais e possuidores de dons mágicos por terem nascidos empelicados (Envoltos pela membrana amniótica).
A membrana a qual o bebê havia nascido era entregue a sua mãe para ser ressecada e benzida por padres e para que fossem rezadas missas com o intuito de abençoá-la, quanto mais bênçãos, maior era a proteção sobre o Benandanti que a usava como um amuleto no pescoço.
O chamado à missão
Aos 20 anos o Benandanti (homem ou mulher) era convidado a se juntar aos outros em um exército para lutar contra as bruxas e feiticeiros (maliandanti).
A Batalha: espiritual e temporal
As lutas ocorriam no mundo espiritual e no mundo temporal.No mundo espiritual os Benandanti usavam folhas de oliveira ou ramos de erva-doce,enquanto os maliandanti usavam caules de sorgo.A vitória nas batalhas traria aos Benandanti boas colheitas já a derrota traria penúrias e escassez.
No mundo temporal os Benandanti apontavam nas comunidades quem eram os maliandanti e os denunciava ao Santo Ofício.Isso causava conflitos porque a grande maioria dos apontados como maliandanti eram pessoas importantes que ensinavam por exemplo como curar doenças e fazer remédios.Além disso os Benandanti também competiam para curar os doentes como os chamados por eles de maliandanti já faziam,tudo mediante pagamento,se não houvesse pagamento não havia nenhum ação em favor do enfermo.
Outros grupos que faziam viagens espirituais
Ginzburg fala de outros grupos que faziam viagens espirituais assim como os Benandanti: Curandeiras que saiam em grupos à noite, A procissão dos mortos no dia 2 de novembro, o Exército Furioso e Procissões comandadas por deusas.
Havia ainda um grupo originário da Lituânia segundo Ginzburg chamado de “Os Lobisomens do Bem” e sua história é análoga a dos Benandanti. Saiam nas noites de quinta-feira, três vezes por ano para guerrearem contras as forças do mal no inferno, só que ao invés de bruxas e feiticeiros, eram demônios.
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