As Ditaduras Militares na América Latina
Por: ElianaD • 19/11/2017 • Relatório de pesquisa • 1.841 Palavras (8 Páginas) • 541 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO
Curso: | Licenciatura em História |
Disciplina: | História da América II |
Aluno (a): | Eliana Dias |
Unidade: | Unidade V – As ditaduras militares na América Latina (1970-1980) |
Como ocorreram as ditaduras na América Latina:
Na segunda metade do séc. XX despontaram vários governos ditatoriais na América Latina. Essas formas de governo eram comandadas, geralmente, por militares que tomavam para si o controle do país através de golpes de estado. A situação no mundo nesta época era de Guerra Fria, então esses defensores da extrema direita governavam com o discurso de lutar contra os males do comunismo em seus respectivos países.
A Argentina passou por uma conjuntura similar a do Brasil em relação à existência de um governo militar ditatorial. A ditadura na Argentina teve início com um golpe militar no ano de 1966. O presidente Arturo Illia, que exercia legalmente o cargo dentro da constituição, foi deposto em 28 de junho daquele ano e a partir de então se sucederam uma série de governos militares até 1973.
Em semelhança ao Brasil, os promovedores da ditadura na Argentina, a determinavam como Revolução Argentina. Logo após a tomada de poder, o Estatuto da Revolução Argentina entrou em vigor no país que legalizou as atividades dos militares. O intuito dos golpistas era de continuar no poder por tempo indeterminado, enquanto fosse necessário para reparar todos os problemas argentinos.
Ao longo do período de governo militar, três indivíduos ocuparam o poder: o general Juan Carlos Onganía, o general Roberto Marcelo Levingston e o general Alejandro Augustín Lanusse. As crescentes manifestações populares causaram as eleições para novo presidente na Argentina em 1973. A população queria Perón no governo do país, porém o então presidente militar alterou as leis eleitorais da constituição impedindo sua candidatura. Impossibilitado de ser eleito, Perón e o povo passaram a defender a candidatura de Hector José Cámpora que saiu vitorioso no pleito.
O governo autoritário deixou marcas na Argentina mesmo após a ditadura, com a democracia poucos presidentes conseguiram concluir seus mandatos por causa da grande instabilidade econômica e social.
Nos anos 60, duas correntes dividiam o Chile: a frente popular, socialista e democrata; e as forças imperialistas internas e externas. O combate de ideias atingiu seu apogeu no final daquela década e, em 1970, o socialista Salvador Allende chegou à presidência.
Allende foi o primeiro presidente de orientação marxista eleito no Chile. Seu governo bateu de frente com os interesses dos Estados Unidos e das oligarquias de seu país. A insatisfação incitou as forças armadas chilenas a planejar um golpe de estado em agosto de 1973, liderados pelo vice-almirante José Merino e o general Gustavo Leigh. O comandante geral das forças armadas Carlos Prats, ainda em agosto, renunciou ao seu posto após manifestações de desprezo das esposas dos generais. Para seu lugar, foi indicado o general Augusto Pinochet, que era considerado um militar leal e apolítico. No entanto, com o desenrolar do golpe iniciado pela marinha, o general que deveria reprimi-lo passou a tomar parte ativa, aderindo aos comandantes rebelados. Pinochet liderou o golpe militar que terminou com o suicídio do presidente socialista, Salvador Allende, no Palácio de La Moneda e anunciou-se o novo presidente. Assim iniciou-se um terrível regime de repressão contra o povo chileno que durou mais de uma década.
O Chile deixava de ser a sociedade liberal que era desde 1930 para se tornar palco de uma repressão criminosa, com torturas e assassinatos. Foi o reinado do terror. Quem se opôs a junta de Pinochet foi perseguido e eliminado. O objetivo de Pinochet era juntar uma economia de livre iniciativa com um Estado autoritário, a partir disso, nem as ideias podiam circular livremente. Com outros ditadores do Cone Sul, em novembro de 1975, organizou a “Operação Condor” para eliminar os opositores além das fronteiras de seus respectivos países.
Durante seu governo Pinochet fechou o Parlamento, aboliu os partidos políticos e a Central Unitária dos Trabalhadores (CUT) e instaurou a censura de imprensa, os chilenos não só perderam os seus direitos como também os direitos adquiridos com as reformas de Allende e Pinochet, que justificou o golpe contra Allende apontando a nacionalização das minas de cobre, empreendeu essa própria nacionalização quando subiu ao poder.
Por mais de duzentos anos Cuba tentou a independência ou anexação aos EUA. Antes da Revolução cubana, a população vivia em extrema pobreza, as pessoas morriam de doenças que já existia cura e milhares eram analfabetas e estavam desempregadas. Em 1953 sob a ditadura de Fulgêncio Batista que chegou ao poder por um golpe militar, formou-se uma oposição ao ditador e Fidel Castro se destacou atacando um quartel de Moncada com um grupo de companheiros. Seu ataque fracassou e Fidel procurou exílio no México. Retornou a Cuba em 1956 para um novo confronto com Batista e novamente fracassou, refugiando-se dessa vez na Serra Maestra onde orquestrou um novo ataque.
O ataque de Fidel se manteve distante do capitalismo e do comunismo e é durante esse ataque que Che Guevara, médico da guerrilha, decide entrar em combate com toda coragem e crueldade com os inimigos, tornando-se rapidamente o homem de confiança de Fidel. Os revolucionários em 1959 ganharam uma batalha e Batista se exilou em São Domingos. A partir desse exílio Cuba se torna um país comunista governado por Fidel Castro.
Em 1962, Kenedy fez uma denúncia contra Cuba, dizendo que havia mísseis soviéticos e então foi ordenado o bloqueio naval de Cuba, com isso, Fidel passou a trabalhar pela inclusão na América Latina para acabar com o isolamento. Por causa do bloqueio econômico, Cuba se encontrava em situação crítica e em 1965 os revolucionários decidiram que: ou apelavam para soluções políticas e econômicas ou pregariam a revolução novamente. Che Guevara optou pela revolução, mas como a América Latina era seu único apoio e não havendo total decisão dos revolucionários, decidiram que era suicídio abrandar a revolução em Cuba.
No Peru o militarismo teve características bastante peculiares: assumindo o poder em 1968, o general Juan Velasco Alvarado deu inicio a uma política caracterizada por um discurso nacionalista e anti-imperialista e colocou em marcha a reforma agrária garantindo a uma parcela dos camponeses o acesso a terra, reivindicação secular da sociedade rural. Reformou a legislação social criando condições para a elevação do nível de consumo do país, fato que interessou tanto a burguesia internacional como à incipiente burguesia nacional.
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