Capitalismo: Uma História de Amor

Capitalismo: Uma história de amor

O documentário de Michael Moore é claro em sua crítica ao capitalismo conteporâneo, no filme ele entrevista muitos pessoas, buscando entender esse capitalismo, entrevistando tanto cidadãos quanto empresários e jornalistas. Um dos motivos dessa crítica é a forma em que dão mais importância ao dinheiro do cidadão, do que o seu bem estar, um dos motivos é uma família que está prestes a perder a sua casa pois não conseguiram pagar sua hipotéca, então a sua casa voltará para os empresários que praticamente são os donos daquela casa, então a família será despejada por causa da falta de dinheiro.

Infelizmente, muitos desses problemas são ocasionados pela falta de diálogo entre as partes, e a fome de dinheiro de grandes empresários, favorecendo apenas um grupo seleto, segundo Moore o capitalismo corrompeu a ideia de liberdade que é pregada pelos Estados Unidos, visando gerar lucros para esse tal grupo seleto.

Essa ideia transmitida pelo filme é algo que corrompe a democracia, os cidadãos acambam presos a dívidas e empréstimos, e se não conseguem pagar, perdem tudo pela falta de dinheiro e a sede de dinheiro das grandes corporações. O filme trabalha bem essa questão do individualismo do capitalismo, as grandes empresas pensam em si mesmas e crescer internacionalmente e esquecem do seu lado interno, que são os seus cidadãos, essa vontade de crescer acaba sugando o seu lado interno, deixando seus cidadão cada vez mais endividados e sem condições de pagar o que adiquiriu.

Acho interessante ressaltar que os cidadãos também tem sua parcela de responsabilidade (claro, muitos não tem escolha e precisam adquirir certos bens) são induzidos por essas grandes empresas a adquirir seus produtos, através de propagandas ou necessidades mesmo, e ao adquirir esse produto ou um empréstimo, você tem que prestar contas sobre o que você comprou ou solicitou ao banco, as muitos cidadãos pelo excesso de dívidas, não conseguem pagar o que obteve, e então as empresas cobram juros que crescem cada vez mais visando o seu lucro, e o cidadão se endivida mais e mais.

Mas será que Moore está tentando pregar o socialismo nos Estados Unidos? Acho que não ele é bem enfático no que ele deseja mostrar no filme, ele mostra que as grandes empresas e corporações, visam apenas o lucro, não se importam com o que ocasiona isso, cobram hipotécas cada vez mais caras, juros cada vez mais altos, visando lucrar o máximo possivel. Infelizmente o capitalismo gereou essa competição, principalmente nas grandes empresas de Wall Street, tentar ganhar mais que o outro, não se preocupando em construir nada ou contribuir com alguma coisa, apenas o lucro para ser maior que o outro importa.

Essa monstruosidade das grandes empresas faz com que Moore em seu filme critique o capitalismo, não só por falir a cidade em que ele morava, mas também por explorar muitos cidadãos que não tem condições de pagar essas grandes dívidas geradas por esses empresários, isso faz com que Moore não pregue o socialismo, mas sim a democracia, o diálogo, para que todos tenham iguais condições, para poderem viver em paz sem a preocupação em não conseguir pagar a hipotéca da sua casa, uma sociedade que não visa apenas o lucro para competir com outras empresas, mas uma sociadade que se preocupa com seus cidadãos e o seu bem estar.