Eugenia e Preconceito: Desenvolvido a partir do uso das TICS
Por: fabiolemesilva • 14/7/2016 • Trabalho acadêmico • 5.292 Palavras (22 Páginas) • 481 Visualizações
[pic 1]
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
Educação a Distância
Fabio Leme Da Silva
[pic 2]
Votorantim
2015
Curso de pós-graduação - UNOPAR
Educação a Distância
Fabio Leme Da Silva
PROJETO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Eugenia e preconceito:
Desenvolvido a partir do uso das TICS
Sumário
Resumo __________________________________________04
Justificativa________________________________________ 04
Desenvolvimento_________________________________05
Objetivos_______________________________12
Problematização_________________________13
Conteúdos curriculares___________________14
Processo de desenvolvimento_________________________15
Tempo para realização do projeto_____________________16
Recursos humanos e materiais______________________17
Avaliação_______________________________17
Conclusão ____________________________________________ 17
Bibliografia_________________________________18
Resumo
O presente trabalho segue o tema sobre a eugenia, com o auxilio das TICS como ferramentas auxiliares sendo dividido em três partes, a primeira explicando sobre sua origem e como a teoria da evolução das espécies foi aplicada pelo darwinismo social, e posteriormente pelo nazismo. A segunda parte aborda a chegada das teorias eugênicas para o Brasil, e como foi bem acolhida pela imprensa e intelectuais da época, também é tratado o mito da “democracia racial”, que teve o objetivo de amenizar as relações entre escravos e Senhores de escravos, ou seja, um país quase sem preconceitos. Na terceira parte, trataremos dos resquícios da eugenia em solo brasileiro, que se apresenta dentre outras formas com o forte crescimento dos grupos neonazistas.
Teremos os objetivos, problematização e conteúdos curriculares, para facilitar a organização do tema na forma de aulas, que se destinam ao ensino médio, sendo distribuídas em seis aulas para o 3° ano, com a utilização de vídeos, que serão melhor detalhadas no decorrer do trabalho.
Palavras chave
Eugenia - “democracia racial” – neonazismo
Justificativa
A dissertação proposta tem o intuito de abordar o tema da “democracia racial” no Brasil, que entendemos ser de profunda importância para compreender o rumo que nossa sociedade tomou, e como ainda podem ser vistos muitos resquícios de preconceitos, importados do continente europeu, e que por muito tempo tiveram aval de uma suposta ciência chamada de Eugênia.
Podemos dizer que o projeto abordara vários temas referentes às ciências humanas, levando a várias questões, que pretendemos resolver durante a dissertação como: De onde surgiram as primeiras formas de opressão a outras etnias, derivadas de uma suposta superioridade racial? De onde derivam as teorias pseudocientíficas, que afirmam existirem raças superiores e inferiores? Por que o livro Casa Grande e Senzala é considerado tão polêmico, na sua forma de abordar a escravidão? Como as teorias eugênicas chegaram ao Brasil? Por que o racismo foi negado no Brasil, usando como desculpa o racismo nos EUA? Como a ideologia nazista ainda pode estar viva em pleno século XXI?
No decorrer das aulas serão apresentados alguns vídeos, seguindo a prática pedagógica dos recursos tecnológicos, objetivando uma aproximação com os alunos:
O vídeo é sensorial, visual, linguagem falada, linguagem musical e escrita. Linguagens que interagem superpostas, interligadas, somadas, não-separadas. Daí a sua força. Somos atingidos por todos os sentidos e de todas as maneiras. O vídeo nos seduz, informa, entretém, projeta em outras realidades (no imaginário), em outros tempos e espaços
( Morán, p. 28, 1995).
Agora entrando no tema, decidimos dividi-los em tópicos, para uma mais fácil organização e compreensão do assunto, contendo um tópico final referente ao uso das TICS na educação, abaixo segue o primeiro tópico:
Desenvolvimento
Origens da Eugenia
Antes de iniciarmos exibiremos um vídeo aos alunos, como forma de avaliarmos seus conhecimentos prévios:
https://www.youtube.com/watch?v=RavrvVJU57k
Feminismo, aborto, eugenia e racismo
Iniciando o assunto, podemos dizer que os ideais eugênicos modernos estão ligados a antiguidade, nos casos de incestos nas antigas realezas, com o objetivo de preservar a linhagem pura, como nos faraós do antigo Egito, monarquias africanas e havaianas, realeza européia. Os padrões de beleza da Grécia antiga, o exemplo de força do exército espartano, ideais absorvidos pelos romanos e mais tarde pela Alemanha nazista. O estado de Esparta já adotava medidas de purificação, com um conselho de anciãos examinando os recém nascidos, observando a força e vigor dos bebes, os considerados fracos eram descartados, somente os fortes devem sobreviver.
Segundo Oliveira, um dos primeiros usos do termo raça remontam ao século XIII.
“Um caso inicial do emprego de ‘raça’ para fins de segregação e exclusão social, que já envolvia uma confluência natureza-cultura, é a doutrina católica da pureza do sangue, que data pelo menos do século XIII[...] Quando se introduziu a doutrina da pureza do sangue, destinava-se a segregar os cristãos dos não-cristãos, especificamente dos muçulmanos e dos judeus [...] No final do século XVIII, essa preocupação com as diferenças ‘raciais’ entre os seres humanos se transformou nas primeiras formulações daquilo que agora é convencionalmente conhecido como racismo científico”. (2003, p. 52).
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