TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Fichamento – Os três povos da república – José Murilo de Carvalho

Por:   •  24/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  588 Palavras (3 Páginas)  •  194 Visualizações

Página 1 de 3

Fichamento – Os três povos da república – José Murilo de Carvalho

O ano da proclamação da república 1889 até a revolta da vacina em 1904, nesse período de quinze anos foram marcados por “turbulência de assassinatos políticos, golpes de estado, revoluções populares, greves, rebelião militares, guerras civis”. Nesse emaranhado de conflitos, as alianças oligárquicas conseguiram apaziguar deixando de os povos de fora, por um curto período, até a revolta tenentista em 1922 (pg. 96)

“Oligarquias era uma combinação de proprietários rurais...representantes de setores médios urbanos” ...”donos do poder, permitiram alguma participação popular”

“Povo mesmo, no sentido de trabalhadores rurais e urbanos, operários, artesãos, pequenos proprietários, funcionários públicos de nível inferior, empregados” (pg. 97)

Os conflitos deram-se por não aceitarem de bom grado a proclamação da República, causando conflitos que CARVALHO aponta como período jacobino que durou até 1897...Revolta federalista no Rio Grande do Sul (1894/1895); Canudos, foi puramente movimento popular. A solução foi dada por Campos Sales por meio do sistema que batizou de política de estado. (pg. 98)

Pode-se dizer que havia três povos, ou três caras do povo, na primeira República:

1- Povo civil, a população em todas as dimensões de sua existência.

2- Povo que aparecia nos momentos legalmente determinados para manifestação política.

3- Povo de rua, povo ativo que agia por conta própria, direta e indiretamente motivados pela política.

CARVALHO aponta os fatos da mensuração desses povos diretamente ligados ao censo melhor realizado em 1920, no entanto toma como base o censo realizado pelo biólogo Louis Couty realizado em 1891 – CARVALHO cita a tabela I de Couty (1988, p.102), generalizando a população total onze milhões, sendo de 2.500.000 índios; 6.000.000 de agregados, caipiras, capangas, capoeiras, beberrões; 2.000.000 de comerciantes, funcionários, artesãos; 500.000 de proprietários de escravos. (pg. 98)

Couty chega à conclusão que: “o Brasil não tem povo”, querendo dizer com isso que o país não tinha povo político, como as nações “civilizadas”....ausência de povo político...sendo repita essa análise em 1916 por Gilberto Amado, no entanto, foca os dados do censo de 1920 voltados para a educação do povo como fator importante, uma vez que era impedimento de voto, conforme apontou na tabela II: População total 30.636.605 sendo de 7.493.357 pessoas alfabetizadas; 4.470.068 de homens alfabetizados; 1.000.000 de adultos brasileiros alfabetizados. CARVALHO afirma que “os cálculos de Gilberto Amado podem e devem ser aprofundados e corrigidos” (pg. 99)

...demograficamente, o Brasil na época era muito distinto do atual. Até mesmo o estado mais desenvolvido, São Paulo, era ainda predominantemente agrícola, sem falar no fato de que sua riqueza, e em boa parte a do país, provinha da economia cafeeira...Minas gerais salientava como o mais rural...era um país de grande predominância rural, mesmo em comparação com os vizinhos sul-americanos.

A tabela V, mostra o censo de 1920 em percentuais (%) voltados

...

Baixar como (para membros premium)  txt (4 Kb)   pdf (35.6 Kb)   docx (8.7 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com