Fichamento do Livro " A Matriz Africana no mundo"
Por: Bianca Larissa • 8/3/2017 • Trabalho acadêmico • 1.770 Palavras (8 Páginas) • 891 Visualizações
OBJETIVOS
A obra A matriz africana no mundo, precisamente no sexto capítulo apresenta como objetivo a formação dos movimentos e das lutas dos povos negros nas Américas contra a escravidão e a submissão aos colonizadores. Mostra também a formação das comunidades, dos quilombos e toda a resistência dos escravos. O capitulo também tem como objetivo mostrar a origem do pan-africanismo movimento liderados pelos negros contra a escravidão.
IDEIAS CENTRAIS
A obra traz vários pontos de partida para uma reflexão mais aprofundada sobre como se deu todo o movimento de libertação dos negros fazendo um contexto cronológico. Sua ideia central é relatar a luta e os movimentos de liberdade que surgiram durante o período de escravidão. Ressalta também a luta pelo direito e pela cultura africana nas Américas. Expõe as lutas organizadas no Brasil e cita as principais revoltas, como a Revolta de Maltês, e a formação do Quilombo dos Palmares. Essa obra serve como base central para a formação do professor, pois relata com riqueza, os fatos verídicos ocorridos durante o os séculos de escravidão. Além de retratar a cultura e a identidade dos povos negros.
RESUMO
O sexto capítulo, “Lutas Africanas no Mundo e nas Américas, da obra “A Matriz Africana no Mundo” de Eliza Larkim Nascimento se divide em quatro partes, onde retrata as lutas africanas pelo mundo. A primeira parte refere-se as lutas africanas na América Central e na América do Sul, mostrando alguns aspectos de sua tradição de resistência, mostra também a extensa história de lutas africanas no Brasil e seus movimentos (fenômeno quilombola, revolta de Malês, o abolicionismo negro, a Revolta dos alfaiates, a revolta da Chi- bata e assim por diante), ou seja, a tradição de luta afro-americana que posteriormente chamou-se de pan- africanismo. A segunda parte refere-se a luta a africana contra o escravismo e a dominação colonial em vários países, conjuntos de acontecimentos pouco conhecido no Brasil. Na terceira parte a texto expõe observações importantes sobre o papel da cultura africana no desenvolvimento do esforça de libertação. E a quarta e última parte refere-se ao a consolidação do movimento pan-africanismo, mostrando seus antecedentes e os aspectos do movimento. O texto mostra que durante o período colonial na maioria dos países latinos, até o começo do século XX, a população africana e seus descendentes excedia a europeia, e mesmo com processo de branqueamento no Chile, entre 1540 e 1620 havia mais negros do que branco, ficando claro que havia lutas dos africanos escravizados conta o poder escravista exercido pela colônia. Mostrando o contrário da imagem distorcida, que mostra o negro teria se adaptado bem à escravidão. Nesse sentido, a autora cita vários movimentos de lutas que acontecerem em diversos países contra a colonização. Dessa forma, o texto expões que os povos negros se organizavam de acordo com a sua comunidade e região, no Brasil, é conhecido como Quilombo. Por volta do século XVI, os escravistas enviaram milhares de africanos de Santo Domingo, Porto Rico e Cuba até o México, Honduras, Guatemala, Nova Granada (Colômbia) e Venezuela, para trabalhar nas minas de ouro, dando início a luta libertária. No México os cimarrones contavam com estruturas sociais, militares, políticas e agrárias desenvolvidas de acordo com modelos africanos. Em Cuba o movimento de luta era liderado pelos palenques, com sistemas de defesa muito articulado, muitas vezes, impenetráveis. Alguns palenques, conseguiram se estabelecer a constituírem centros urbanos importantes, existindo ainda hoje como cidades rurais relevantes. Na Venezuela, a força de liderança era o cumbe do rei Miguel, o Africano, que estabeleceu uma capital, organizou um exército e, até 1555, constituía uma comunidade próspera. O mesmo atacou com sucesso o povoado espanhol de Barquisimeto. Com outros cumbes da região, o movimento ficou tão forte que obrigou os espanhóis a assinar um tratado de paz em vez de se lançar numa guerra, garantindo também a liberdade à comunidade. Nesse cenário a autora mostra que a luta e a resistência ganhavam mais força, e ia se espalhando por vários países. Nesse clima de revolta e os europeus vendo seu território ameaçado, assinavam os tratados e depois acabam rompendo com os acordos. Porém, outras formas de lutas foram surgindo, como o caso das publicações sobre a cultura negra feitas na imprensa sendo destaque em jornais, essas publicações foram tão vigentes que formaram política ativas. Essas publicações também traziam protestos e denúncias do modo de como os negros sofriam perseguição. Por meio das lutas, e movimentos políticos algumas comunidades negras adquiriram, em parte um reconhecimento jurídico, por exemplo a luta de Chocó na Colômbia. Essa comunidade negra carecia de serviços básicos. Vale salientar que esses povos têm como ícone uma mulher. A rainha guerreira Nzinga, famosa por ser boa estrategista de guerra e formar um exército de “saldados-escravos” em Angola, enfrentou o poder militar dos portugueses e dos holandeses. Nascimento também cita outras mulheres que participaram ativamente de lutas contra o período escravista como, Madame Tinubu, da Nigéria, Kaiphire, do povo herero da Namibia.
No cenário de luta brasileiro, a luta pan-africana se destaque na comunidade de Palmares, comunidade formada por quilombos, que lutavam contra no colonialismo durante muito tempo, ganhou destaque em todo território nacional. Palmares foi uma comunidade fortemente articulada chegando a desenvolver uma estratégia militar fortemente elaborada, assemelhando-se as comunidades africanas. Nesse sentido, no século XIX o Brasil testemunhou uma série de revoltas, a amis conhecida delas foi a Revolta de Malês, em 1835, na Bahia, seguidas por outras revoltas como a Balaiada, no Maranhão, comandada com Manuel Balaio e Preto Cosme, Em Alagoas, os quilombos lançaram um movimento revolucionário chamado Guerra dos Cabanos, que deixou uma fama legendária na região e resistiu de 1832 até 1850, essas e outras revoltas marcaram a resistência dos quilombos no Brasil.
Nessa conjuntura, a autora relata que a cultura possui uma inspiração e força para esses acontecimentos (revoltas), além de servir como estrutura basilar para as comunidades. Desse modo, a sustentação das lutas era uma integração e uma unificação de várias culturas africanas. Sobre o pan-africanismo a autora fala que há uma ideia erronia de ver como uma palavra de ordem para a volta em massa dos africanos da diáspora à terra natal. Na verdade, o pan-africanismo significa a luta pela libertação dos povos africanos em todos os lugares onde se encontram. Desmentindo a versão comum
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